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A Escrita da história e a construção da sociedade

Por:   •  1/3/2018  •  Trabalho acadêmico  •  895 Palavras (4 Páginas)  •  148 Visualizações

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Introdução

A escrita da história e a construção da sociedade são, em sua maioria, originados por intermédio de documentações formuladas por instituições, grupos familiares, ou até mesmo documentos pertencentes a uma só pessoa. Tais documentações são fontes abundantes de informações brutas que ao passo que são lapidadas geram bastante conhecimento, pois o documento é um elemento autônomo do que lhe cerca, logo vai além do que se pode observar em uma primeira análise, pois, a medida em que é investigado e questionado ele apresenta informações que estão intrínsecas. A documentação material nos permite claramente realizar este procedimento, por meio da mesma podemos adquirir dados relacionados aos hábitos, costumes, organização social, tradição religiosa, modificações sociais. O presente trabalho tem como motivação contribuir para a compreensão da história do bairro de Bebedouro, que atualmente passa por um período de esquecimento referente as políticas públicas e a sua identidade histórico-cultural.

Análise Documental

[pic 1]

Autor Desconhecido: Porto de Bebedouro; Bairro de Bebedouro, Maceió, Alagoas; 1908.

O bairro é conhecido assim, pois na segunda década do século XIX, aproximadamente, a área por ser banhada por três riachos e pela Lagoa Mundaú servia como um local de descanso, para os viajantes, aos poucos Bebedouro foi tornando uma das principais rotas que levavam ao Distrito de Maceió. O território de Bebedouro era um extenso sítio no qual se avistava uma capela dedicada a Santo Antônio de Pádua construída pelo português Antônio Marinho Aguiar. Por volta da segunda metade do século XIX, Jacintho José Nunes Leite, português, empreendedor, comerciante, idealizador e audacioso, que habitou em Maceió escolheu aquele território como sua moradia, com passar do tempo o mesmo tornou-se um dos maiores nomes da história do bairro de Bebedouro.

Inicialmente ao verificarmos o documento material utilizado podemos compreender que o autor se preocupou em arquitetar uma melhor posição para sua foto, pois encontramos aspectos básicos e primordiais daquela localidade. Mesmo com as limitações na qualidade de imagem da época, é possível compreender de modo prévio o que está sendo retratado. Ao aprofundarmos mais percebemos como esta localidade vive um momento de modernização, principalmente no setor comercial, em segundo plano enxerga-se uma estação ferroviária que contrasta com o pequeno porto existente apresentado no primeiro plano. Dentro deste período de modernização apresentado no documento, encontramos uma população predominante elitizada e uma população pobre e que sobrevive do sustento retirado da Lagoa Mundaú.

Antes mesmo da afirmação de Maceió como capital, por meio da lei estadual na primeira década do século XX, Bebedouro encontra-se em grande crescimento urbano, o mesmo contava com a linha férrea a qual ligava-o a outros distritos os da cidade pelo uso de bondes eletrificados, com um maior número de casas e moradores que representavam uma parcela da elite maceioense. Entretanto este desenvolvimento comunitário, é marcado por uma forte característica, a falta de urbanização e higienização.

O mesmo já foi reduto para os viajantes, ou membros da elite maceioense, além de ser habitado por grandes personalidades da história alagoana o bairro possuía um porto onde as relações comerciais ocorriam fortemente, porém não se limitava em oferecer comercio e habitação, os bebedourenses contavam com as mais animadas e pomposas festas, que pertenciam ao calendário e fora dele. Tendo como principal influenciador Bonifácio Magalhães da Silveira, homem envolvido com os movimentos abolicionistas e republicanos, e atuante nos setores militar de Alagoas e administrativo de Maceió, o Major Bonifácio era estimado por muitos moradores daquele tempo, pois, era um propagador da cultura nordestina, das artes cênicas, e organizador e provedor das três principais festas do ano, dentre os bailes e arrasta-pés aos finais de semana.

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