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A Modernização Autoritaria

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Por:   •  8/12/2014  •  Seminário  •  707 Palavras (3 Páginas)  •  174 Visualizações

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As elites republicanas desejavam reformar o Brasil, segundo modelos apresentados pelos países industrializados, principalmente da Europa. A cidade símbolo do país era a capital federal, o Rio de Janeiro, que apresentava o centro dominado por casarões coloniais, que haviam sido, muitos deles, transformados em imensos cortiços. Doenças como febre amarela, peste bubônica, cólera e varíola estavam fora de controle. Durante o verão, muitos navios que vinham da Europa não paravam no Rio de Janeiro por causa das doenças.

O cafeicultor paulista Rodrigues Alves, sucedeu de Campos Sales na presidência da República em um momento favorável. Com a economia saneada havia recursos para investimentos públicos. Rodrigues Alves resolveu investir em melhoramentos no porto do Rio de Janeiro e em saneamento. Porém, o plano era complexo. Para executá-lo, o presidente deu plenos poderes ao prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, que gerenciou a reforma do porto e do centro da capital. O planejamento previa avenidas largas cortando o centro. Para isso, centenas de casarões foram demolidos a golpes de marreta e a população foi obrigada a abandonar os cortiços rapidamente. A população estava assustada e descontente com as demolições, que foram apelidadas de “bota a baixo”. Uma parcela dos desalojados foi engrossar a população das favelas nos morros vizinhos ou em locais distantes do centro da cidade.

Para combater as doenças que assolavam a capital, o presidente contratou o médico sanitarista Oswaldo Cruz. Cruz havia desenvolvido vacinas contra a peste bubônica e a varíola. O governo federal deu plenos poderes ao sanitarista. Oswaldo Cruz combater a peste bubônica com um grupo de 50 agentes sanitaristas que aplicavam raticida e orientavam a população a recolher o lixo. Havia também funcionários responsáveis pela compra de ratos mortos. Em pouco tempo, as epidemias de peste bubônica desapareceram da capital federal. Com o objetivo de combater a febre amarela, que atingia a cidade nos meses de verão, Oswaldo Cruz organizou as “brigadas mata-mosquitos” para pulverizar inseticida em todas as casas e despejar petróleo em águas paradas para matar a larva do mosquito transmissor da febre amarela. Grupos de oposição protestavam contra a invasão das brigadas nas residências, mas os protestos não tiveram eco na população diante dos resultados positivos. Em 1903 houve 469 mortes por febre amarela, em 1904, apenas 39. Resolvido os problemas de epidemias, pestes e febre amarela, restava à varíola, doença grave que ocorria principalmente no inverno.

A pedido de Oswaldo Cruz, em outubro de 1904, o Congresso Nacional aprovou uma vacinação obrigatória da população contra a varíola. A vacina contra a varíola existia desde o século XVIII e originalmente era produzida a partir de vírus retirados da vaca, o que deu origem ao nome vacina. Porém, apesar de relativa eficaz, no inicio do século XX, a vacina ainda era vista com desconfiança por grande parte da população. No Rio de Janeiro de 1904, os políticos e a imprensa de oposição ao governo, iniciaram uma campanha acirrada contra a medida. Afirmavam que a obrigatoriedade era uma violência contra a liberdade e que a vacina provocava a varíola, ao invés de imunizar contra ela. O povo do Rio de Janeiro cansado das arbitrariedades, o aumento do custo de vida, o desemprego traduziu a sua insatisfação em uma revolta.

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