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A PERCEPÇÃO DAS MÃES SOLTEIRAS DE PARNAÍBA SOBRE A FAMÍLIA E SOCIEDADE NO PERÍODO DE 1980 A 2010

Por:   •  20/7/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.591 Palavras (7 Páginas)  •  171 Visualizações

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  1. INTRODUÇAO

O presente trabalho procura levantar alguns pontos de reflexão sobre a percepção das mães solteiras de Parnaíba sobre a família e a sociedade nos anos 1980 a 2010. É de grande importância discutir questões tão candentes e atuais, sobre o comportamento da sociedade em relação às famílias chefiadas por mulheres que não tem, por algum motivo, a presença de uma figura masculina.

 Educar, vestir e alimentar uma criança não é uma tarefa muito fácil para os pais, avalie para uma mãe que faz esse papel sozinha. Com isso será elaborado uma pesquisa social avaliando as mudanças ocorridas durante essas três décadas onde relate a vida dessas mulheres através de discursos das mesmas que com muita coragem conseguiram e conseguem pregar esse papel analisando suas dificuldades, qual motivo as levaram a passar por isso, as que tiveram apoio de suas famílias e aquelas que não tiveram e qual a visão da sociedade em relação a essa situação e como ela é considerada.

Podemos encontrar mães sozinhas na criação de seus filhos por diversos motivos. Porque são mães solteiras, divorciadas ou viúvas. Caminhos distintos, casos diferentes, mas a responsabilidade dobrada que cai sobre todas é a mesma. Elas têm em comum a missão de sustentar e educar o filho, podendo enfrentar tipos diversos de dificuldades.

As famílias chefiadas por mães solteiras podem ser chamadas de famílias uniparentais ou monoparentais. Essas denominações tem sido para designar famílias de um só progenitor de acordo com o motivo que veio a ser mãe solteira.

Conforme dados de pesquisas atualizadas do Instituto Data Popular, existe mais de vinte milhões de mães solteiras no Brasil. É um assunto importante que já vem sendo pesquisado a tempos na história da sociedade.

As mãe solteiras sempre existiram na história da humanidade. Durante muito tempo foram discriminadas pela Sociedade e pela Igreja. Um exemplo histórico é o Código Napoleônico de 1804 que proibia a investigação da paternidade, com o objetivo de proteger a estabilidade da família legitima.

Na metade do século passado, tanto no Brasil quanto na Europa, mães solteiras foram desprezadas pela opinião pública e, por meio da legislação foram impedidas de participar da sociedade e da vida pública.

Então a partir de 1941, o Brasil passou a legislar com maior justiça acerca desse tema, foram elaboradas leis que se pôs a favor dessas mulheres ajudando-as conquistar seu espaço sem tanta discriminação permitindo o reconhecimento de filiação das mães solteiras. A Igreja Católica, atualmente já não se recusa mais a batizar filhos de mães solteiras, portanto a ressalva do padre é de que antes ele deve conscientizar a mãe para educação cristã do filho. Cada vez mais as mulheres vão chegando mais longe em suas trilhas por independência e liberdade. Atualmente as mães solteiras já não enfrentam a discriminação aberta dos tempos antigos, pois se tornou hoje, até algo comum na sociedade.

        

  1. JUSTIFICATIVA

O presente trabalho surge da necessidade de se fazer uma analise de como a sociedade parnaibana acolhe uma família chefiada por mãe solteira nos anos de 1980 à 2010, bem como, a visão que essas mulheres tem em relação a família e a sociedade, ressaltando as dificuldades encontradas por elas e como estruturaram sua família e educaram seus filhos sem o apoio de uma figura paterna.

Essa pesquisa justifica-se também pela viabilidade e convivência com o tema a ser estudado, pela acessibilidade as fontes orais (história oral) e pelo interesse de transformar esses discursos em História. Embora todos reconheçam essa nova configuração de família, ainda há uma resistência na sociedade.

  1. OBJETIVOS

        Objetivo Geral:

Analisar, no quadro das configurações familiares contemporâneas, lançando um olhar dirigido às mães solteiras na sociedade parnaibana entre 1980 à 2010.

        Objetivos Específicos:

  • Apresentar os discursos das mesmas com relação à sua situação e problemas;
  • Identificar como essas mulheres percebem o olhar da sociedade em relação a sua situação;
  • Descrever quais as mudanças de ordem legal.

 

  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Falar em família sobre seus aspectos e configurações nas últimas décadas pode trazer para história um resultado de mudanças nas formas e concepções de viver e sobreviver de uma sociedade e condicionantes de novas possibilidades e estilos de vida das diferentes camadas sociais (Berquó, 2010, pág. 413).

Os motivos que levam uma mãe ser solteira podem vir ser por vários acontecimentos, então pode ser assimilado nesse paragrafo, para Berquó (2010, pág.413) argumenta que:

“Oportunidades e fatalidades que se sucedem ao longo do ciclo vital das pessoas modelam suas biografias, e as situações em que ocorrem refletem-se nas configurações familiares, quando examinadas em um momento dado. A situação de uma mulher morando sozinha com um filho, por exemplo, pode ser efeito de vários acontecimentos. Casou-se, teve um filho só ou apenas um sobreviveu, depois separou-se ou ficou viúva e ainda não voltou a casar-se ou nunca o fará”.

Pode-se dizer que, do ponto de vista demográfico e estatístico, mudanças e permanências vêm marcando a estrutura familiar brasileira nas últimas décadas (Berquó, 2010). Tendo aumentado na sociedade brasileira, que se constatou a partir dos anos 60, quando se sistematizaram os estudos do censo, as famílias monoparentais apresentam aspectos muito especiais. Em uma análise ao estado conjugal das mulheres-chefes das famílias monoparentais, constata-se que em 1995 a maioria delas, 49%, eram separadas ou divorciadas, o que não ocorria em décadas passadas, sobretudo nos anos 70,quando as viúvas predominavam esse tipo de família.

Algumas dessas mães não se sentem bem ao serem chamadas pelo termo de “mãe solteira”, no entanto Fonseca (1997, pág.535) em seus estudos rejeita o termo mãe solteira,  fazendo julgar assim: “A mãe sozinha estava entre dois fogos: por um lado pressões econômicas e políticas que impunham a busca de um (novo) marido; por outro, a condenação pela opinião pública de qualquer mulher que tivesse mais de um homem na vida”. Também Lagenest (1990) ressaltou que “mãe solteira” teria conotação pejorativa, pois remeteria a violação de valores morais e religiosos.

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