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A origem da Maçonaria

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Por:   •  28/2/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.871 Palavras (12 Páginas)  •  351 Visualizações

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A  palavra Maçonaria  é  de origem francesa (Maçonnerie) e seu membro é chamado de Maçon, Maçom, ou pela forma aportuguesada mação. No Brasil, o Maçom é  chamado  também de "livre-pensador".

Maçom quer dizer pedreiro, membro da Maçonaria, chamado também  de pedreiro-livre, do francês franc-maçon ou do inglês free-mason, nome dado  aos  construtores  e  artesãos  que não eram subordinados aos feudos.

A origem da Maçonaria é, sem dúvida, a corporação de ofício da Idade Média, tanto que é ela, em seu estudo histórico, dividida em Maçonaria Operativa e Maçonaria Especulativa.

A Maçonaria Operativa, oriunda remotamente dos colégios de artesãos romanos, floresceu na Idade Média junto às grandes Catedrais, preservando a Arte da  Construção.   Já  nessa época,  por motivos profissionais,  procuravam guardar em segredo suas  atividades  artesanais, criando sinais de reconhecimento entre si. Os maçons operativos se reuniam em "Lojas", que faziam às vezes de depósito, junto às construções, aparecendo o termo "Loja" a partir do século XIII.

A Maçonaria Especulativa começa a emergir a partir da decadência das grandes  construções da Idade Média, quando, então,  começam a ser  aceitos  nas  corporações  de  ofício,  não apenas profissionais, não apenas elementos aptos na arte de construir,  mas  hermetistas,    filósofos, cientistas e outros pensadores.  Provavelmente,   o  primeiro maçom aceito ( John Boswell )  o foi em 1600, na Loja da Capela de Santa Maria em Edimburgo, Escócia.  A partir do século  XVII, recrudesceu e proliferou as Lojas dos Maçons Aceitos.

Já no início do século XVIII era grande o número de Lojas compostas apenas pelos  Maçons Aceitos, quando se reuniram quatro delas,  em Londres,  formando a primeira Grande Loja, aos 24 de junho de 1717; ficando esta data institucionalizada como a da fundação da Maçonaria Moderna, da forma que hoje a entendemos. Foi    justamente  o  ingresso  dos  Maçons  Aceitos, muitos deles egressos de grupos hermetistas e filosóficos,  o  que  dá  a  impressão a  muitos da milenaridade da Maçonaria, posto que eles trouxeram para seu seio motivos de diversas correntes  filosóficas,  herméticas,  religiosas,  enfim,  de todo caráter do pensamento humano cuja origem é efetivamente milenar.

Os objetivos da Maçonaria podem ser conhecidos por  qualquer   pessoa,  basta  ler   os seus princípios, constantes da Constituição do Grande Oriente  do  Brasil,  regularmente  inscrita em Cartório de Registro Público.

Vejamos o que ela diz:

"A Maçonaria é uma  instituição  essencialmente  iniciática,  filosófica,  filantrópica,  progressista e evolucionista. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna  pelo  aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do  cumprimento  inflexível  do dever, da prática desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade.  Seus fins supremos são: LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE."

Iniciática porque exige para  o  ingresso determinados rituais,  que  dão  ao  candidato  o conteúdo de sua mística, não de seu possível misticismo, que não existe.

Filosófica porque pesquisa as causas primeiras, procurando a essência  do  Homem,  da Natureza, do Universo e seu relacionamento.

Filantrópica porque como "amiga do homem", procura auxiliá-lo,  não apenas no sentido da ajuda física, beneficente, mas, principalmente, na ajuda à sua formação moral,  intelectual  e social. "Ensina a pescar".

Progressista porque não aceita a estagnação do homem neste planeta. 

Evolucionista porque,   não aceitando dogmas,  não opõe obstáculo à busca da Verdade, não reconhecendo limites para sua pesquisa, a não ser a da Razão, na pesquisa  científica  e  filo-sófica.

Afirma que o intelecto se sobrepõe aos interesses materiais. As coisas que se referem a Mente se sobrepõe ao Corpo. A Energia impulsiona a Matéria.

Quando afirma que seus fins supremos são, Liberdade, Igualdade e Fraternidade, as coloca em um tripé de mesmo valor, posto que a Liberdade deve ser total, mas com os limites que não permitam a libertinagem ou a exploração de um homem por outro; por outro lado a  Igualdade é essencial entre Irmãos, e os homens o são. Igualdade de direitos e obrigações,  mas  sem que  se  chegue ao extremo de tolher  a Liberdade do Homem nas suas iniciativas próprias. E, a única forma de manter o equilíbrio entre os dois primeiros termos,  Liberdade  e  Igualdade,   necessário se faz outra base do tripé, pois caso contrário o edifício social não se mantém, é a  Fraternidade que une todos  os Homens,  não  permitindo as distorções morais e sociais que podem acontecer na exacerbação dos dois primeiros termos.

Além disso, diz ainda a referida Constituição, que a  Maçonaria  "condena  a  exploração do homem, os privilégios e as regalias, enaltecendo porém, o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à  Pátria  e  à  Humanidade; afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade  do  espírito maçônico;  combate  a  ignorância,  a superstição e a tirania; proclama que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um; defende a plena liberdade de expressão de pensamento, como direito fundamental do  ser  humano,  admitida  a  correlata responsabilidade; reconhece o trabalho como dever social e  direito  inalienável;  julga-o  dignificante e nobre sob quaisquer de suas formas; considera Irmãos todos os Maçons, quaisquer  que sejam suas raças, nacionalidades,  convicções  ou  crenças;  sustenta  que  os  Maçons  têm  os seguintes deveres essenciais: amor à família, fidelidade e devotamento à Pátria e  obediência  à lei; determina que os Maçons estendam e liberalizem os laços fraternais que os unem a todos os homens pela superfície da terra; recomenda a divulgação de sua doutrina pelo  exemplo  e  pela palavra, e combate, terminantemente, o recurso à  força  e  à  violência  para  a  consecução  de quaisquer objetivos; adota sinais e emblemas de elevada  significação  simbólica  que  são  utilizados em suas oficinas  de trabalho e servem para que os Maçons se reconheçam e se auxiliam onde se encontrem."

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