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ATILA O HUNO

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Por:   •  19/10/2013  •  3.686 Palavras (15 Páginas)  •  294 Visualizações

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Átila, o Huno (406 – 453), também conhecido como Praga de Deus ou Flagelo de Deus,1 2 foi o último e mais poderoso rei dos hunos. Governou o maior império europeu de seu tempo desde 434 até sua morte. Suas possessões se estendiam da Europa Central até o mar Negro, e desde o Danúbio até o Báltico. Durante seu reinado foi um dos maiores inimigos dos impérios romanos Oriental e Ocidental: invadiu duas vezes os Bálcãs, esteve a ponto de tomar a cidade de Roma e chegou a sitiar Constantinopla na segunda ocasião. Marchou através da França até chegar a Orleães, antes que o obrigassem a retroceder na batalha dos Campos Cataláunicos (Châlons-sur-Marne) e, em 452, conseguiu fazer o imperador Valentiniano III fugir de sua capital, Ravena.

Ainda que seu império tenha morrido com ele e não tenha deixado nenhuma herança notável, tornou-se uma figura lendária da história da Europa. Em grande parte da Europa Ocidental é lembrado como o paradigma da crueldade e da rapina. Alguns historiadores, por outro lado, retrataram-no como um rei grande e nobre, e três sagas escandinavas o incluem entre seus personagens principais.

Índice [esconder]

1 Origens

2 O trono compartilhado

3 Rei único

4 Átila no Ocidente

5 Invasão da Itália e morte de Átila

6 Nome, aparência e carácter de Átila

7 A herança de Átila

8 Referências

9 Bibliografia

9.1 Fontes primárias

9.2 Em espanhol

9.3 Em inglês

9.4 Em francês

9.5 Em húngaro

10 Ligações externas

Origens[editar]

Os hunos europeus parecem ter sido um ramo ocidental dos Xiongnu, grupo proto-mongol ou proto-túrquico de tribos nômades do nordeste da China e da Ásia Central. Estes povos conseguiram superar militarmente seus rivais (muitos deles de refinada cultura e civilização) por sua predisposição para a guerra, sua assombrosa mobilidade e suas armas específicas, tais como o arco huno.

Átila nasceu em torno de ano 406 3 . Quanto a sua infância, se desconhece qualquer dado. A suposição de que a desde pouca idade já era um chefe capaz e um guerreiro é razoável, porém não existe forma de constatá-la.

O trono compartilhado[editar]

Até 432, os hunos unificaram-se sob o rei Rua, Ruga ou Rugila. Em 434 morreu Rua, deixando a seus sobrinhos Átila e Bleda, filhos de seu irmão Mundzuk, o comando de todas as tribos hunas. Naquele momento, os hunos encontravam-se em plena negociação com os embaixadores de Teodósio II a respeito da entrega de várias tribos renegadas que se haviam refugiado no seio do Império Romano do Oriente. No ano seguinte, Átila e Bleda tiveram um encontro com a legação imperial em Margus (atualmente Požarevac, na Sérvia) e, sentados todos na garupa dos cavalos à maneira huna, negociaram um tratado. Os romanos concordaram não somente em devolver as tribos fugitivas (que haviam sido um auxílio mais que bem-vindo contra os vândalos), mas também em duplicar o tributo anteriormente pago pelo Império Romano, de 350 libras romanas de ouro (quase 160 kg) 3 , abrir os mercados aos comerciantes hunos e pagar um resgate de oito soldos por cada romano prisioneiro dos hunos. Estes, satisfeitos com o tratado, levantaram seus acampamentos e partiram até o interior do continente, talvez com o propósito de consolidar e fortalecer seu império. Teodósio utilizou esta oportunidade para reforçar os muros de Constantinopla, construindo as primeiras muralhas marítimas da cidade, e para levantar linhas defensivas na fronteira ao longo do Danúbio.

O império huno se estendia desde as estepes da Ásia Central até a atual Alemanha, e desde o Danúbio até o Báltico. A estrela mostra a localização aproximada da capital do império de Átila. Não se sabe com certeza onde a capital foi realmente localizada.

Os hunos permaneceram fora da vista dos romanos durante os cinco anos seguintes. Durante este tempo levaram a cabo uma invasão ao Império Parta. Porém, uma contra-ofensiva parta na Armênia terminou com a derrota de Átila e Bleda, que renunciaram a seus planos de conquista. Em 440, reapareceram nas fronteiras do Império Romano do Oriente, atacando os mercadores da margem norte do Danúbio, aos quais protegia o tratado vigente. Átila e Bleda ameaçaram com a guerra aberta, sustentando que os romanos haviam faltado aos seus compromissos e que o bispo de Margus (próxima à atual Belgrado) havia cruzado o Danúbio para saquear e profanar as tumbas reais hunas da margem norte do Danúbio. Cruzaram então este rio e arrasaram as cidades e fortes ilírios ao longo da margem, entre eles – segundo Prisco – Viminacium (atual Kostolac, na Sérvia), que era uma cidade dos mésios na Ilíria. Seu avanço começou em Margus, já que quando os romanos debateram a possibilidade de entregar o bispo acusado de profanação, este fugiu em segredo para os bárbaros e lhes entregou a cidade.

Teodósio havia desguarnecido as defesas ribeirinhas como conseqüência da captura de Cartago pelo vândalo Genserico em 440 e a invasão da Armênia pelo sassânida Yazdegerd II em 441. Isto deixou a Átila e Bleda o caminho aberto através da Ilíria e dos Bálcãs, que se apressaram a invadir no mesmo ano de 441. O exército huno, tendo saqueado Margus e Viminacium, tomou Sigindunum (a moderna Belgrado) e Sirmio (atual Sremska Mitrovica, na província sérvia da Voivodina), antes de parar as operações. Continuou então uma trégua ao longo de 442, momento que Teodósio aproveitou para trazer suas tropas da África e dispor de uma grande emissão de moeda para financiar a guerra contra os hunos. Feitos estes preparativos, considerou que podia permitir-se rechaçar as exigências dos reis bárbaros.

A resposta de Átila e Bleda foi retomar a campanha (443). Golpeando ao longo do Danúbio, tomaram os centros militares de Ratiara e sitiaram com êxito Naisso (atual Nis) mediante o emprego de aríetes e torres de assalto rodantes (sofisticações militares que eram novas entre os hunos). Mais tarde, pressionando ao longo do rio Nišava, tomaram Sérdica (Sófia), Filipópolis (Plovdiv) e Arcadiópolis. Enfrentaram e destruíram tropas romanas próximo a Constantinopla e somente se detiveram pela falta do material adequado de assédio capaz de abrir

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