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Campeonato Mundial 1994

Artigo: Campeonato Mundial 1994. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/8/2014  •  Artigo  •  1.036 Palavras (5 Páginas)  •  224 Visualizações

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Copa de 1994

Os Estados Unidos sediaram a 15ª edição da Copa do Mundo da FIFA com grande sucesso e atraíram o maior número de espectadores da história do evento. O campeão foi o Brasil, que não comemorava o título mundial desde 1970. A final decepcionou um pouco ao terminar em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação e ser decidida nos pênaltis, mas as partidas que antecederam a decisão não tiveram escassez de gols nem de emoções.

Em meio a inúmeros encontros dramáticos, foram marcados 141 gols, a maior marca desde 1982. A Bulgária, que não tinha vencido nenhuma das 16 partidas disputadas em edições anteriores da Copa do Mundo da FIFA, foi a maior surpresa ao derrotar a Alemanha para chegar às semifinais. Já o argentino Diego Maradona foi flagrado no antidoping e eliminado do torneio, mesmo destino da sua seleção após a derrota por 3 a 2 para a Romênia de Gheorghe Hagi.

O evento também foi marcado por uma tragédia: o assassinato do zagueiro colombiano Andrés Escobar depois do retorno ao seu país. Ele havia feito um gol contra no jogo diante dos Estados Unidos, resultado que eliminara a Colômbia. Os americanos se classificaram para enfrentar o Brasil nas oitavas-de-final e perderam no detalhe por 1 a 0.

Estádios lotados

O futebol nos Estados Unidos nunca foi tão apreciado quanto o basquete, o beisebol ou o futebol americano. Por isso, a escolha do país para sediar a Copa do Mundo da FIFA surpreendeu muita gente. O presidente da FIFA, João Havelange, tomou a decisão de levar o evento aos EUA para superar a última fronteira do futebol, e o sucesso foi confirmado com um recorde de 3.587.538 espectadores.

Outro marco do torneio foram os 147 países que participaram das eliminatórias. Alguns dos favoritos europeus ficaram pelo caminho, entre eles a então campeã continental Dinamarca, a Inglaterra e a França, eliminada pela Bulgária com um gol no último segundo da última partida. E as surpresas continuaram na fase de grupos, com uma vitória valendo três pontos pela primeira vez. A Itália perdeu para a Irlanda por 1 a 0 na estreia e só chegou às oitavas-de-final como uma das melhores terceiras colocadas.

Assim como ninguém esperava a eliminação colombiana, a classificação da Arábia Saudita à segunda fase parecia muito improvável, mas os árabes conseguiram duas vitórias e foram em frente. O atacante Saeed Owairan marcou aquele que talvez tenha sido o gol mais bonito do torneio, driblando vários jogadores antes de converter contra a Bélgica. O russo Oleg Salenko também não fez por menos, estabelecendo um novo marco ao fazer cinco gols na vitória por 6 a 1 sobre Camarões. O gol de honra dos camaroneses representou um recorde pessoal para Roger Milla, o atleta mais velho a ter balançado a rede na história da Copa do Mundo da FIFA, com 42 anos, um mês e oito dias.

O rabo de cavalo

Outra seleção africana, a Nigéria, esteve a 90 segundos da vitória sobre a Itália nas oitavas-de-final, mas Roberto Baggio conseguiu salvar o resultado quando os italianos tinham apenas dez homens em campo. Os campeões africanos haviam vencido o seu grupo e estavam prestes a surpreender o mundo, mas Baggio empatou e depois fez o gol da vitória na prorrogação. Com um chamativo rabo de cavalo, o camisa dez italiano estava na melhor fase da sua carreira. Ao marcar um gol no finalzinho da partida contra a Espanha, ele garantiu a chegada dos italianos à semifinal, na qual fez mais dois para derrubar a Bulgária. Os búlgaros tinham o ídolo Hristo Stoichkov e haviam derrotado simplesmente a Alemanha, que defendia o título mundial conquistado quatro anos antes.

Stoichkov dividiu a artilharia da competição com Salenko. Romário ficou um gol atrás, mas levou para casa um prêmio bem mais importante. Ele e Bebeto escreveram o nome na súmula ao marcarem dois dos gols brasileiros na emocionante vitória por 3 a 2 sobre a Holanda nas quartas-de-final. O jogo teve a famosa comemoração de Bebeto embalando um bebê imaginário e o inesquecível gol de falta do criticado lateral Branco para definir a partida. Romário também fez o único gol da semifinal contra os suecos, que tiveram o seu melhor resultado desde 1958 com a medalha de bronze.

Brasil e Itália repetiram em Pasadena o clímax de 1970. Vinte e quatro anos antes, as duas seleções brigavam para ver quem seria o primeiro tricampeão mundial. Sob o forte sol americano, nasceria o primeiro tetracampeão. Pela primeira vez o destino do troféu foi decidido nos pênaltis, e o mesmo destino foi cruel com Roberto Baggio. Depois de levar a Itália nas costas até o último momento, ele chutou por cima o pênalti que deu o título ao Brasil. Com a perna direita enfaixada para proteger o tendão lesionado, o camisa dez italiano ficou estático ao ver a bola subir, enquanto os brasileiros corriam para comemorar a tão esperada quarta conquista mundial.

Comandado em campo pelo capitão Dunga, o Brasil pode não ter tido toda a magia de seleções anteriores, mas o plantel de Carlos Alberto Parreira se preparou de forma correta e teve uma ótima dupla de ataque com Romário e Bebeto. Com os dois perfeitamente entrosados, Parreira pôde se dar ao luxo de deixar no banco um jovem de 17 anos chamado Ronaldo. Afinal, ele ainda teria a sua chance.

Campeão

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