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Caso Concreto De História

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Por:   •  23/4/2013  •  1.810 Palavras (8 Páginas)  •  603 Visualizações

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Estrutura do Conteúdo

Compreensão da Proclamação da República como um golpe de natureza civil e militar.

Neste ítem inicial da aula devem ser retomados as principais questões que marcaram a crise do Segundo Reinado e que resultaram na Queda da Monarquia. É importante enfatizar que a implantação da República não "pegou" a sociedade de surpresa, especialmente a população do Rio de Janeiro. A afirmação de Aristides Lobo de que o povo assistiu bestificado a Proclamação da República, não procede. Pode-se afirmar que o regime republicano se instalou com o consentimento de significativas parcelas da sociedade brasileira.

Identificação de uma nova elite política na República.

Nesse ponto é importante analisar que, concomitantemente à decadência das elites escravistas, passam a ocupar o espaço de liderança do processo político os militares de alta patente e, principalmente, a nova elite cafeeira paulista, favorável à utilização de mão de obra assalariada para execução do trabalho nas lavouras de café. Se, por um lado, o projeto de centralidade e unidade do poder está presente no ideal militar, os ideais descentralizadores que irão influenciar na assunção de uma república federativa é capitaneado por uma nova elite agroexportadora, a nova burguesia do café, que, mesmo conservadora, encontrava-se mais afinada às concepções capitalistas do mundo moderno.

Apresentação das características sociais, econômicas e mentais que formam o quadro em que se aplicará o direito do período

Mesmo que se tenha em mente que o período apresenta fases distintas, o interesse neste ponto é enfocar, sinteticamente, fatores sociais, econômicos, políticos e mentais da sociedade brasileira no período, que ajudam a traçar um quadro do período. Neste sentido, temas como descrição do predominante modelo agroexportador (principalmente o café), imigração europeia, ideias anarco-sindicalistas em um contexto de débil processo de industrialização devem ser suscitados, ainda que de forma não aprofundada.

O novo Código Penal no âmbito de uma sociedade recém-saída do sistema escravagista

Faz-se importante nesse ponto relacionar o surgimento de um novo Código Penal com a nova realidade social que se descortina, principalmente, com a Abolição da Escravatura. Nesta via, é interessante que sejam analisadas as suas características, com especial destaque para aquelas normas passíveis de maior crítica, como por exemplo, a que estabelece a possibilidade de se criminalizar condutas de crianças de nove anos.

O republicanismo federativo aplicado na Constituição de 1891

Este ponto do programa tem por propósito analisar o tipo de Estado que se constrói a partir da Constituição de 1891, principalmente no que se refere à assunção pelo, então denominado, Estados Unidos do Brasil, de um tipo de republicanismo federativo que tem no modelo americano sua inspiração e em Rui Barbosa seu principal mentor. Importante, nesse sentido, fazer com que o discente compreenda que, apesar da adesão a este modelo, a tradição centralista brasileira de exercício do poder não conseguiu, a partir deste modelo de organização descentralizada do poder, nem mesmo se aproximar do paradigma a que supostamente objetivava, ou seja, aquele aplicado nos Estados Unidos da América.

A estrutura de organização do Estado brasileiro e o sistema de participação política estabelecida pela Carta de 1891

Neste momento, é importante abordar a assunção de um modelo de tripartição de poderes, superando o modelo imperial que, além dos tradicionais poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), reconhecia o Poder Moderador como um poder superior. Outra questão fundamental é tratar a questão das regras eleitorais que acabavam por incentivar a existência de "currais eleitorais" e a prática do "voto de cabresto", em uma "democracia" que estabelecia o voto universal (mesmo que o significado do termo, na época, não abrangesse a participação das mulheres no processo eleitoral), porém aberto. Outro ponto de grande importância a ser analisado é a separação de direito havida entre Estado e Igreja, que, lenta e progressivamente, vai se transformando em separação de fato.

Os direitos fundamentais estabelecidos pela Constituição de 1891.

Trata-se, nesse ponto, de identificar quais os direitos estabelecidos como fundamentais em uma Constituição liberal que abole a pena de morte, constitucionaliza o habeas corpus, mas não salvaguarda nenhum direito social, inclusive o único estabelecido pela Carta de 1824, o direito à educação primária, por temor de que a massa de ex-escravos passasse a possuir direito à cidadania.

A nova ordem jurídica civilista estabelecida pelo Código Civil de 1916

O tema a ser tratado reflete um importante momento da história do Direito pátrio, que é o surgimento do nosso primeiro Código Civil, produzido por Clóvis Beviláqua, revogando, definitivamente, as Ordenações Filipinas. Importante ressaltar que, anterior a este Código, foram feitas alguns esboços como tentativa de implantar uma legislação civil no país, sendo o de Teixeira de Freitas considerado não apenas o de maior notoriedade, mas também reconhecido como de grande tecnicidade, não só por juristas pátrios, mas também estrangeiros. De qualquer forma, o Código Civil de 1916 acabou por bem retratar os anseios e a mentalidade de uma época.

Bibliografia Sugerida:

1. ANGELOZZI, Gilberto. História do Direito no Brasil. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2009 Capítulo 6

2. Outras indicações (lembrar aos alunos que, eventualmente, as obras abaixo não estarão disponíveis na biblioteca):

3. CASTRO, Flávia Lages. História do Direito Geral e Brasil. 6.ed. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2008. Capítulo XVI.

4. LOPES, José Reinaldo de Lima; QUEIROZ, Rafael Mafei Rabelo; ACCA, Thiago dos Santos. Curso de História do Direito. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009. Capítulo VIII.

5. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 13.ed. São Paulo: EDUSP, 2008. Capítulo

Aplicação Prática Teórica

Tendo por fim cooperar no desenvolvimento das aulas, apresentamos os exercícios que contribuirão para o processo de construção e avaliação dos conhecimentos ministrados na semana.

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