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Construção De Um Deliquente

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Por:   •  20/8/2014  •  1.747 Palavras (7 Páginas)  •  165 Visualizações

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Construção de um delinquente

O filme “última parada 174” retrata a história de dois meninos negros um chamado Alessandro e outro Sandro. O primeiro menino a aparecer é o Alessandro, este que tem uma mãe dependente de drogas ilícitas, e ainda bebê é levado por um traficante, por motivo de dívida não paga, Alessandro é criado como filho de traficante em uma comunidade, no meio de drogas e armas, instruído a ser criminoso.

O outro menino que tem sua história contada no filme é o Sandro. Sandro, ainda pequeno perde sua mãe, com quem ele vivia, ela era dona de um bar na comunidade e foi morta por assaltantes a facadas, Sandro ao chegar no bar de sua mãe e vê-la caída no chão com muito sangue em sua volta, chega a deitar-se sobre o seu cadáver, entretanto é levado por sua tia. Não consegue ser alfabetizado, esse fato o atormenta em diversas partes do filme e desperta nele um sentimento de inferioridade e incapacidade típicos de meninos de rua, marginalizados pela população em geral e revoltados com a sua condição, porém sem perspectiva de mudança.

Na casa de sua tia, Sandro é frequentemente repreendido pelo marido da mesma, por isso ele não se sente bem em ficar na referida casa e decide fugir com destino a Copacabana, local onde sua mãe falava que iria comprar um quiosque e que lá ambos seriam felizes. Sandro foge, e quando chega na cidade, sem dinheiro, o menino fica andando pelas ruas, até chegar a uma praça, na qual tinha várias outras crianças cheirando cola, os novos amigos lhe oferecem a droga em troca das poucas moedas que ele tinha e ele aceita, a partir deste momento Sandro passa a fazer parte deste grupo de meninos de rua, realizando assaltos e consumindo drogas, vivendo na rua. Um perfeito retrato da formação de uma mente marginalizada, amadurecida longe de uma estrutura familiar e à mercê da própria sorte.

Noite de 23 de julho de 1993, cidade do Rio de Janeiro, Sandro e os outros meninos são vítimas de uma das maiores chacinas do país. Estavam dormindo em frente à igreja da Candelária, quando um grupo de homens chegou atirando contra os meninos, alguns escaparam, dentre eles Sandro, que fingiu estar morto, estes atiradores supostamente ali estavam a mando dos comerciantes da redondeza que se sentiam incomodados com a presença daqueles meninos próximos ao seu local de trabalho, assaltando seus clientes e causando confusões. O fato presenciado por Sandro ficou conhecido como a “chacina da Candelária”, os sobreviventes foram levados por Walquíria, uma mulher responsável por uma ONG destinada a proteção dos meninos de rua para uma casa na comunidade, onde eles ficariam a salvo.

Antes do acontecimento, a relação entre Sandro e Alessandro não era amigável. Este último vendia drogas para o primeiro que por falta de recursos alimentava uma dívida que seria paga com sua vida, se não fosse acontecimentos posteriores. Após esta chacina, Alessandro foi preso acusado de ser o mentor de tal crime, visto que na hora que a polícia chegou ao local, o mesmo se encontrava no local onde o massacre ocorreu. Sandro foi levado a um abrigo improvisado pela Walquíria, entretanto lá ele rouba o dinheiro que se encontrava na bolsa de sua protetora e fugiu com o objetivo de comprar drogas, pois neste momento o vício falou mais alto, porém quando andava pela comunidade com a droga foi pego em uma batida policial e levado para ao mesmo ambiente de reclusão que Alessandro.

Os dois meninos se aproximam no centro de reabilitação de menores, foi lá também que o Sandro recebeu a visita de sua suposta mãe, ela pode vê-lo em uma entrevista na televisão e reconheceu como sendo seu filho, pois o Sandro se identificava como Alessandro, mas especificamente “Alê”, ambos eram chamados pelo mesmo nome. O menino Sandro mesmo sabendo que ela não seria sua mãe assim aceitou e não contou a verdade para ela com interesse de fazê-la tirá-lo daquele local. Na verdade está mulher era a mãe do Alessandro, fato que só ficará bem claro para ambos no final do filme.

O Sandro juntamente com o Alessandro e outros adolescentes conseguem fugir do centro, após sair de lá tornam-se muito amigos e passam a cometer assaltos juntos. Em um dos “trabalhos”, Alessandro pede que o Sandro mate a vitima, este não obedece fazendo com que o Alessandro fique furioso e o mande embora da comunidade na qual eles passaram a morar após a fuga da prisão. Após isto, eles se afastam e o Sandro vai em busca de sua suposta mãe, com interesse ter um abrigo onde se esconder.

Inicialmente, Sandro tenta se adaptar na casa da suposta mãe, leva uma prostituta a qual trata como namorada para conhece-la e promete trabalhar para ganhar dinheiro. Ele que trabalhar como cantor de happer, mas se revolta quando Walquíria diz que não é tão fácil ter sucesso. Ele não foi acostumado a ter uma família, logo ele não se acostuma com a nova vida de ter um lar e assalta o companheiro de sua mãe, que também é pastor, levando o dinheiro dele e uma arma. O dinheiro fruto deste assalto é utilizado para a aquisição de drogas, ele tenta trocar também a arma em drogas, porém os traficantes não aceitam por considerar a arma como inutilizável.

Sandro segue viagem em um ônibus na cidade do Rio de Janeiro, quando ao escorar a cabeça sobre o banco de sua frente aparece a arma que está em sua cintura e um senhor que está ao seu lado a vê. Este senhor desce do ônibus e avisa a polícia que no referido ônibus se encontra um rapaz portando uma arma, em seguida a polícia sai em perseguição ao ônibus, e quando o Sandro percebe fica agitado e daí tem início o famoso sequestro do ônibus 174.

Por cerca de quatro horas o ônibus permanece sob o domínio de Sandro que portando uma arma, considerada inútil para os traficantes, amedronta a todos no veículo. O sequestrador não dispara em nenhuma de suas vítimas, repete várias vezes que não tem o objetivo de machucar ninguém. Entretanto o desfecho dessa história não é nada bom, ao descer do ônibus com uma refém e fazê-la de escudo, Sandro faz com que um policial atire na inocente, que morre no hospital. O criminoso também morre nas mãos da polícia e a cena final do filme é justamente Marisa, sua falsa mãe,

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