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Criação De Personagem

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Por:   •  9/11/2014  •  Seminário  •  2.319 Palavras (10 Páginas)  •  140 Visualizações

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Nossa história começa numa aldeia esquecida pelo mundo, o tipo de lugar que nunca produziu nenhum herói nem é conhecida por nada. A história que está prestes a ler não irá mudar a fama desse lugar, pois quando ela foi escrita a vila já não existia mais.

A vila de Yuan Chu era localizada em alguma parte litorânea do extremo leste do continente. O povoado não tinha muito contato com outras vilas, pois conseguia tirar de suas terras tudo que era necessário para a sobrevivência. Cada aldeão tinha sua função determinada pelo ancião da vila para que tudo flua com a maior harmonia possível.

Hao He era filho de um pescador e de uma costureira. Viviam confortáveis numa cabana simples perto do mar e sempre que podiam passavam as tardes juntos na praia. Hao, estava prestes a completar 7 anos de idade, e mal sabia ele que além de seu aniversário aquele dia marcaria uma data que o motivaria pelo resto de sua vida.

O jantar de seu aniversário já estava quase no final e sua mãe havia ido até a cozinha buscar um bolo de banana preparado especialmente para esse dia. Hao e seu pai sentiram cheiro de queimado no ambiente, pensaram que o bolo havia queimado, quando perceberam gritos vindos de fora. Ao sair de sua cabana Hao e seu pai perceberam que a vila estava sendo atacada por dragões. O caos tomava conta de todas as terras da aldeia, enquanto alguns eram queimados, outros eram levados pelas criaturas. A destruição alcançava até onde os olhos de Hao não enxergavam mais. Olhando em volta o garoto via como os guerreiros caíam um após o outro, derrotados pelos números esmagadores do inimigo, via aqueles que não conseguiam lutar, entre eles seus pais, tentar socorrer os feridos, e viu também a cena que alterou completamente seu destino.

Seu pai carregava um balde com água até a cabana vizinha à sua enquanto sua mãe tratava dos ferimentos dos moradores. Num momento de distração o pai de Hao se deixa surpreender por um dragão relativamente pequeno e com ar jovial, uma criatura que de algum jeito fazia com que Hao visse a si mesmo em uma forma inumana. Aquela massa possuía uma cor verde cintilante que era a única coisa que a distinguia das sombras da noite ou do vermelho do fogo que queimava em todo o seu redor. O dragão atinge o pescador com uma investida de cabeça, derrubando-o no chão e então avista a mãe do menino, indefesa e horrorizada pelo monstro. O assassino de jade então concentra seu tiro contra a mulher paralisada de medo, mas é interrompido por um ato desesperado do pescador, que pula em sua cabeça e abraça a boca do dragão, segurando-a fechada. O dragão tentando se libertar agita a cabeça e arremessa o homem ao chão. Hao vê a serpente avançando sobre seu pai e consegue somente ouvir seus gritos de agonia enquanto o dragão mastiga suas pernas, somente para imobilizá-lo e poder tomar seu tempo enquanto come o resto de seu corpo com mais calma. Após deixar apenas manchas de sangue na terra ele se volta à mulher novamente, mas parece ansioso para ir embora, então ele decide leva-la em suas garras para alimentá-lo mais tarde.

Hao perdeu todos os sentidos após testemunhar sua família ser destruída em instantes, por um momento pensou em correr na direção do inimigo para que pudesse ficar com seus pais, mas o medo e o instinto primitivo de sobrevivência tiveram uma influência maior sobre ele do que sua própria força de vontade, fazendo com que ele corresse para a praia onde um dia fora um porto seguro para ele. No caminho até a praia o menino avistou aos céus uma forma se movendo, primeiramente ele pensou ser uma massa de nuvens, mas pelo jeito que seu movia ele percebeu que era um dragão colossal parecendo uma serpente que poderia envolver o mundo com seu corpo. Por um momento vendo aquela figura quase divina ele se sentiu maravilhado, mas sabendo que se tratava do mesmo tipo de monstro que havia levado sua família o terror o dominou novamente e ele correu o mais rápido que podia em direção ao mar. Escondeu-se sob o cais com seu corpo praticamente submerso, e lá ele esperou.

Ao amanhecer ele saiu de seu esconderijo e correu até a vila com esperança, uma esperança infantil de que tudo aquilo poderia ser desfeito num passe de mágica ou que tenha sido apenas um sonho bizarro. Chegando à aldeia ele mal reconheceu sua cabana , que havia se transformado numa pilha de cinzas. O menino procurou e chamou pelo dia inteiro, mas não havia uma alma viva naquela terra. Um sentimento de tristeza debilitante tomou conta de sua mente e ele sentiu que nada mais o faria feliz como antes, com isso em mente ele caminhou floresta adentro em direção às montanhas. Caminhou até não conseguir caminhar mais, e quando chegou ao fim de suas forças ele caiu e perdeu a consciência à beira de um riacho.

Naquela montanha residiam monges que viajavam até o riacho para conseguir água e peixes. Vendo o menino a sua doutrina não os permitiria deixa-lo a mercê da morte, eles o levaram até o templo e o trataram. Ao acordar, Hao, percebeu que estava em um lugar desconhecido, mas estranhamente acolhedor, ele sentia o seu corpo dolorido e não conseguia se levantar. Um monge veio até ele e lhe contou como o tinham achado, o menino não teve reação, mas o monge o alimentara e tratara e parecia confiável o suficiente.

Depois de recuperado ele vagou pelo templo e percebeu que os monges que o acolheram seguiam uma doutrina marcial. Intrigado pela arte o menino perguntou ao monge se ele poderia ser incluído no treino, o monge de bom coração aceitou, mas desconhecia os sentimentos de vingança que Hao começou a nutrir perante os dragões.

Dez anos depois.

Hao terminou seu treinamento e partiu em direção ao seu destino. A cena horrível do dragão estraçalhando sua família havia sido entalhada em sua mente e ele não descansaria enquanto o assassino de jade respirasse. Com a força e destreza ensinadas pelos monges ele conseguiria cumprir sua missão, atributos estes que o tornaram um exímio lutador e extremamente proficiente em técnicas de sobrevivência. Ele rumou à capital do comércio Yewu.

Ao chegar à encosta da montanha o jovem apreciou a paisagem onde se encontrava e sentiu que deveria visitar o local onde fora resgatado para agradecer a sorte que tivera e começar a jornada com ela a seu favor. Localizou-se na floresta e rumou ao riacho onde quase morreu. Avistou seu destino e notou que era bem mais tranquilo e belo do que lembrava da ultima vez que esteve lá, ajoelhou-se para tomar um pouco de água, mas antes que pudesse fazê-lo notou no reflexo da superfície que não estava sozinho.

Das copas das árvores saltaram ladrões esperando em emboscada por monges que costumam descer o rio, para que pudessem descobrir onde se encontra o templo. Hao foi rodeado por inimigos num instante,

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