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Técnicas Do Manejo Da Cria Na Pecuária Leiteira

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Por:   •  25/4/2013  •  2.125 Palavras (9 Páginas)  •  845 Visualizações

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Introdução:

O trabalho tem como objetivo trazer informações úteis em relação às técnicas de manejo de bezerras, dentro do âmbito da bovinocultura de leite. Este tema tem um grande valor, já que o mercado está aquecido para a atividade de venda de bezerros, e assim se faz necessário conhecimento de técnicas que levem a uma rentabilidade ótima no ramo.

A pecuária leiteira está em forte ascensão a nível nacional, com investidores do mundo todo buscando as características climáticas que favoreçam a produção a pasto, e mão-de-obra de baixo custo. Pecuaristas com noção de mercado futuro estão com boas expectativas em relação à produção de cria e recria de boa genética e qualidade para suprir a demanda que existirá. Para isso, há necessidade de se consolidar boas técnicas de manejo sobre a cria na pecuária leiteira, aumentando-se assim o valor do animal a ser vendido e garantindo também um animal de alta qualidade genética, nutricional e sanitária.

Dentro desta perspectiva, estudos testam as melhores técnicas para se manejar a cria, e partir destes testes, criam-se índices a serem seguidos como referência. Estes índices indicam as produções, ou ganhos de pesos, ou perdas ideais para se ter a melhor produtividade, e assim uma melhor rentabilidade na atividade. Cabe aos produtores e técnicos responsáveis, ter esses números em mãos, e adaptá-los e moldá-los às suas condições de campo, visando sempre estar o mais próximo possível dos índices.

Revisão de literatura:

Em se falando de cria, o manejo inicia-se antes mesmo do seu nascimento. Recomenda-se o tratamento da vaca gestante, e um manejo de conforto para tal. Praticas como manter o animal em local arejado, com conforto térmico, assim como uma dieta balanceada e similar a que ela irá ter após o parto, mas com uma diferença, sendo esta dieta aniônica (Lizieire- 2005), irão diminuir o estresse da vaca. Recomenda-se também, a secagem do úbere (órgão produtor e armazenador do leite), aos sessenta dias antes do nascimento do bezerro, esta pratica visa reconstituição, e descanso para o órgão, e assim posteriormente ter quando em plena atividade, ter uma produção de qualidade. Mas, além da produção de leite em si, este manejo atua na produção do colostro (primeiro leite produzido pela vaca). Este alimento tem concentrações maiores de gordura, vitaminas, proteínas e alem disso, tem imunoglobulinas. Estas imunoglobulinas são responsáveis pela primeira defesa imunológica do bezerro, ou seja, segundo (Logan et al- 1981), a proteção imunológica do neo-natal, provem, principalmente, do colostro, sua primeira alimentação. Na mesma pesquisa, comprova a influência da secagem do úbere da vaca e a relação do tempo de secagem com a quantidade de imunoglobulinas produzidas no colostro. Chega-se, com esses estudos, a uma recomendação, um índice de quarenta e dois a sessenta dias antes do parto para se fazer a secagem, para melhor qualidade de colostro. Outra pratica bastante efetiva é a aplicação de vacinas contra raiva e clostridiose. Estas vacinas deverão ser aplicadas aos sessenta dias antes do parto, e há de se fazer uma aplicação de reforço trinta dias após a primeira aplicação. Esse procedimento tem como alvo não somente a proteção da mãe, mas tem como objetivo principal, a proteção do bezerro. Ou seja, aplicam-se as vacinas na vaca gestante, com alvo no feto, para este, estar protegido em sua primeira fase de vida. Uma recomendação de manejo em si, para facilitar na lida diária com os animais, é ambientá-los em lotes ou piquetes de fácil acesso, e proximidade para o peão, para que ele possa visualizar sempre o local, e tomar alguma medida de socorro ou urgência caso necessário.

Os cuidados ao parto são vistos em conjunto com os do pré-parto. Logo que se vem fazendo um manejo progressivo de alimentação, conforto e sanitário, que culminam no parto. Há de se atentar para a limpeza do “piquete maternidade”, sendo este um local preferencialmente próximo e de fácil acesso a quem irá manejar os animais, além de ser bem drenado e arejado. Normalmente, as vacas conseguem parir sozinhas, e o peão necessita intervir apenas se o bezerro está nascendo em posição errada, ou se ela se sentar. Um parto dura, em media, geralmente de uma a duas horas. Recomenda-se, o encarregado ter em mãos uma planilha, onde há informações sobre os animais que habitualmente tem partos distócitos. Via de regra, as vacas que não tiveram um bom acompanhamento durante o pré-parto, potencialmente terão complicações na hora do parto, dá-se aí a importância destas praticas. Segundo Rusev & Tomova - 1981, citados por Campos – 1985, não há influência para o desenvolvimento do bezerro, o tempo que ele fica com a mãe, após o parto, mas Rajalá e Castrem – 1995, mostram que se diminui exponencialmente a capacidade de absorção de imunoglobulina pelo bezerro, a cada hora que passa, alem de que após vinte e quatro horas, não haverá mais receptores de imunoglobulinas, logo, não haverá absorção desta. Por isso recomenda-se deixar o neonatal com a mãe durante as primeiras horas, com função de alimentação, e se observado dificuldade de alimentação, é necessário que o peão intervenha e forneça o colostro até as duas primeiras horas de vida. Recomenda-se que nesse tempo o animal beba 10% do seu peso vivo.

Após o nascimento e a observação da primeira alimentação, recomenda-se um manejo para controle logístico da fazenda. Neste momento, se inicia um controle zootécnico dos recém nascidos, facilitando as medidas administrativas e operacionais da fazenda. Recomenda-se a pesagem, e catalogação do animal em caderneta de anotações, assim sabe-se a filiação, a raça, o gral sanguíneo, a genética, e o potencial esperado e a ser explorado por animal. Assim, cada animal terá sua ficha, sua inscrição, para futuro manejo. Nesta ficha, alem dos dados já comentados, anota-se também o peso, e uma identificação para cada animal. Usualmente coloca-se um brinco com o um numero que se refere ao ano, mês e qual nascimento do mês. Assim, com esse cadastro se tem controle de ganho de peso, quanto está ingerindo, vacinações etc. Logo após esses procedimentos, faz-se a cura do umbigo, com iodo(5-10%), para evitar contaminação, e já se faz a primeira vermifugação do animal.

Levam-se os animais para o bezerreiro. São vários tipos, cada um é recomendado para o nível tecnológico e o manejo adequado da propriedade. Mas há uma relação entre os três. Todos visam conforto para os bezerros. Esse conforto é encontrado em ambiente

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