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Desafio De Aprendizagem Da Disciplina De Historia Da Educação E Da Pedagogia

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Por:   •  21/4/2014  •  2.031 Palavras (9 Páginas)  •  513 Visualizações

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a laicizar o ensino, mas a solução tornou-se mais negativa que positiva, pois a expulsão da Companhia de Jesus trouxe enormes prejuízos, tanto para os aldeamentos, como para a educação e ensino na colônia. Com base nas informações colhidas, ficou nítido que os “professores” da época colonial não tinham as mínimas informações de métodos pedagógicos para poder passar seus conhecimentos aos seus discípulos. Os padres Jesuítas, bem como outros “educadores”, tinham em mente que os africanos e os amarelos (índios) não possuíam uma inteligência fértil como os filhos dos burgueses que moravam no Brasil na época.

Havia muita discriminação, um exemplo era os métodos aplicados pelos “professores”, formas grotescas (castigos duro como: chibatadas, palmatórias, amarrar ao tronco quem não “aprendesse” como os instrutores queriam etc), aos nativos e aos negros. Mas como sempre, houve quem lutasse por uma melhora nas condições arcaicas da época. O Estado, como de costume, sempre se omitia quanto às reivindicações dos verdadeiros educadores, entre eles, Benjamim Constant e José Carlos de Alambary Luz. Não resta dúvida que o papel dos jesuítas, na colonização do Brasil, ocupou um lugar de destaque, em se tratando de missões cristãs. Estava embutido nessas missões o papel de educador.

IMPÉRIO: (1822-1889)

A educação neste período foi influenciada pelas transformações desencadeadas a partir da Revolução Frances (1789) e da Revolução Industrial iniciada na Inglaterra, que contribuíram para o avanço do capitalismo para outros países. Para suprir as carências oriundas do período jesuítico e pombalino foram criadas várias instituições de ensino superior (Academia Real da Marinha, Academia Real Militar, Academia Médico-cirúrgica da Bahia e do Rio de Janeiro), com a finalidade estritamente utilitária, de caráter profissional, visando formar os quadros exigidos por essa situação. A coroa portuguesa priorizou uma educação que atendesse aos interesses da elite dirigente em detrimento do ensino público nos níveis primário e secundário. O papel esperado da escola e do professor seria o de encaminhar o “povo” para a civilização, fazendo com que este pudesse, aos poucos, assimilar os preceitos de uma sociedade ordenada. O governo imperial atribuía às províncias a responsabilidade direta pelo ensino primário e secundário, por meio das leis e decretos que vão sendo criados e aprovados, sem que seja aplicado, pois não existiam escolas e poucos eram os professores dispostos a se submeter à pedagogia moralista. Ficava evidenciada a contradição da letra da lei que propugnava a educação primária para todos, mas na prática não se concretizava porque o Estado no século XIX organizou uma escola institucionalizada elitista, centralizada e autoritária; uma escola fundamental para construir e difundir os valores e as práticas que refletiram os interesses de um grupo que por estar no poder dava a direção política e econômica para toda a sociedade.

O dualismo educacional que ocorrera nesse período era marcante: as meninas da elite recebiam educação sobre tarefas domésticas e as meninas das camadas mais pobres só recebiam a educação informal de mãe para filha. No final do Império, o quadro geral era de poucas instituições escolares, com apenas alguns liceus nas capitais, colégios privados bem instalados nas principais cidades, cursos normais em quantidade insatisfatórias para as necessidades do país, alguns cursos superiores garantiam o projeto de formação (médicos, advogados, de políticos e jornalistas). Havia um grande abismo entre a maioria da população brasileira que, quando muito, tinham uma casa e uma escola, com uma professora leiga para ensinar os pobres brasileiros excluídos do interesse do governo Imperial.

PRIMEIRA REPÚBLICA: (1889-1930)

Neste período, não diferente dos demais, a educação cabia à tarefa de auxiliar a formação de novos comportamentos, disseminando novos padrões morais e intelectuais, visando à construção de uma unidade nacional em torno do projeto republicano. No sentido de retirar o Brasil do atraso educacional, promovendo o seu desenvolvimento e progresso industrial, os liberais republicanos encontram resposta na ideologia positivista criada pelo filósofo francês Augusto Comte (1798-1857), surgida na Europa com o objetivo de exaltar o progresso das ciências experimentais e propor uma reforma conservadora e autoritária, ao mesmo tempo inovadora. A ideologia positivista entendia que a mãe devia ser o primeiro agente a educar os futuros cidadãos, ensinando hábitos de boa conduta e higiene.

Durante o período de 1889 a 1925 várias reformas foram promovidas com o objetivo de melhor estruturar o ensino primário e secundário, sem mexer com os privilégios do ensino superior, e sem criar uma sólida estrutura para o ensino primário destinado às camadas populares. As educações positivistas foi extremamente conservadora e racionaria, manteve o controle ideológico sobre a sociedade, por meio de inspeções e autorizações. Foi inserida no currículo a disciplina Educação Moral Cívica para o ensino primário e secundário, e a escola existia para fornecer pessoal à política e à administração. Em síntese, podemos dizer que a educação brasileira, no período estudado, nunca foi prioridade dos governantes. O sistema educacional brasileiro desde o período jesuítico até a Primeira República se materializou dualista. E o que significa ser dualista? Significa dizer que sempre existiu uma escola para os pobres e uma escola voltada para a formação dos dirigentes.

SEGUNDA REPÚBLICA: (1930-1936)

Os historiadores atestam que a década de 1920, marcada pelo confronto de ideias entre correntes divergentes, influenciadas pelos movimentos europeus, que culminou com a crise econômica mundial de 1929, repercutiria diretamente sobre as forças produtoras rurais que perderam do governo os subsídios que garantiam a produção. A Revolução de 1930 foi o momento histórico para a entrada do Brasil no processo de industrialização de economia, pois a acumulação de capital, do período anterior, permitiu com que o mesmo pudesse investir no mercado interno e na produção industrial. Essa nova realidade brasileira passou a exigir uma mão-de-obra especializada e, para tal, era preciso investir na educação escolar daqueles que seriam os trabalhadores. Sendo assim, em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública e, em 1931, o governo provisório organiza o Ensino Secundário e as Universidades por intermédio de vários decretos que ficaram conhecidos como Reforma Francisco Campos

Pode-se afirmar que a reforma orquestrada pelo então

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