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Desenhando o Oriente: A representação de personagens asiáticos em quadrinhos ocidentais na Era de Ouro até a atualidade

Por:   •  19/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.155 Palavras (5 Páginas)  •  162 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS






BRUNO DE OLIVEIRA SANTOS 135.271

MATEUS MASAKICHI YAMAGUCHI 135.276




TRABALHO FINAL DE ÁSIA

DESENHANDO O ORIENTE: A REPRESENTAÇÃO DE PERSONAGENS ASIÁTICOS EM QUADRINHOS OCIDENTAIS NA ERA DE OURO ATÉ A ATUALIDADE








Guarulhos

2019

Justificativa (Blog):

A coletânea de imagens selecionadas para o trabalho final de Ásia da Universidade Federal de São Paulo no ano de 2019, tem como objetivo demonstrar as representações das histórias em quadrinhos sobre os personagens asiáticos.  Onde pode ser percebido diversos aspectos da representação do estereótipo dos asiáticos, além da clara percepção propagandística a favor de uma narrativa ocidental. Através de personagens das duas maiores editoras de quadrinhos, será visto as transformações na abordagem, aparência e construção de personagens com origem asiática. Vistos como antagonistas durante a Era de Ouro, os orientais começaram aos poucos a aparecer dentro deste cenário, onde atualmente condiz com uma diversidade cultural e pelo alcance de um público maior. Atualmente, super-heróis como a Miss Marvel (Kamala Khan), Shang-Chi e Kenan Kong buscam incessantemente a fuga dos estereótipos que constituíram as páginas dos quadrinhos no passado.

Justificativa Acadêmica:

        Os quadrinhos são um importante meio de comunicação em massa, difundidos principalmente ao longo do século XX e XXI, exercendo uma grande ligação não somente com quem os consomem, mas, proporcionando-nos uma visão ampla sobre quem os escreve. Dentro dessa premissa de que falar do “outro” nos informa mais sobre nós mesmo, do que sobre aquele em que focamos nossa análise, o trabalho elucida como as representações do Oriente foram construídas, e como ocorreu esse processo de objetificação a favor do discurso ocidental.

        Sem dúvidas uma importante maneira de observar esse modo de objetificação do “outro”, seria a análise de como os Estados Unidos utiliza os vilões dos quadrinhos para apontar seus inimigos em períodos de conflito (Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria, Guerra ao Terror e etc.), ou somente como utiliza esse meio como uma forma de enaltecer seus heróis como símbolos patrióticos, pensando esse fenômeno comunicativo e sua influência sobre os valores sociais e culturais em quais são propagados. Portanto, uma forma de compreender como essa propaganda ideológica exerce influência sobre o receptor da mensagem, criando uma visão estereotipada e preconceituosa em muitos momentos sobre os orientais em diversas HQs ainda no início da Era de Ouro (década de 1930, prosseguindo até final de 1940), e percebida até a Era Moderna dos quadrinhos (contemporaneamente) será abordada pelo levantamento de fontes imagéticas proposto aqui.

        

        As imagens selecionadas pelo trabalho, dessa maneira, buscam a carga simbólica que estavam implícitas na representação dos personagens, pela cor utilizada, ou pela sua característica física e intelectual, em diversas vezes o principal meio de satirizar os países com quem os heróis ou vilões estão coligados, pois eles são vistos como uma representação de seu país. Essa forma de representação ganhou importância principalmente no final da década de 1930, com a segunda guerra mundial, atendendo também aos anseios dos milhares de consumidores desse material.

        Com base em personagens aclamados pelo público ao longo dos anos, como o Capitão América, da Marvel Comics e o Super-Homem da DC Comics, é possível observar o quão o antagonista nestas histórias tem importância fundamental na narrativa e na proposta difundida por seus autores. A representação de valores e virtudes dos heróis na Era de Ouro equivale aos valores de uma determinada sociedade ou cultura, a medida que o vilão representa o inverso. Com o início da Segunda Guerra Mundial, a difusão de uma propaganda ideológica cresceu concomitantemente com a criação de novos personagens.

Devido a alta popularidade dos super-heróis, e os quadrinhos sendo uma ferramenta de propaganda neste período, personagens orientais não existiam de forma recorrente nestas histórias. Quando eram representados, os personagens asiáticos eram os principais antagonistas da narrativa, sempre elaborando planos perversos, ou com aparência monstruosa e animalesca, como no caso do vilão Meet the Fang em Capitain America Comic #6 de 1941, ou o árabe Zolar em Action Comics #30 de 1940. De fato, a inserção de um personagem de origem asiática não sendo um antagonista e tendo recorrência nas histórias viria apenas em 1941, com o personagem Chop-Chop em Military Comics #3, no entanto o personagem serviu de alívio cômico, carregando uma gama de estereótipos encontrados em inúmeros vilões efêmeros.

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