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Fichamento: ALMEIDA, Maria Regina Celestino De. Os índios Na História Do Brasil.

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Por:   •  15/1/2015  •  538 Palavras (3 Páginas)  •  2.718 Visualizações

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Ensino de História Indígena – Profª Antônia Terra de Calazans Fernandes

Fichamento: ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os índios na história do Brasil.

Aluno: Guilherme Augusto Gomes Martins NUSP: 7199694

No capítulo sobre a “política indigenista de Pombal e políticas indígenas”, Maria Regina Celestino de Almeida discursa sobre um dos períodos de maior vigor da política indigenista assimilacionista. Durante o regime pombalino, amplas reformas foram realizadas no âmbito das políticas indigenistas. Em relação aos períodos anteriores, as práticas de assimilação cultural ativa foram muito mais marcadas: as aldeias foram transformadas em vilas portuguesas, enquanto os indígenas foram transformados em vassalos do Rei.

Neste interim, os índios foram divididos entre “bravos” e “aliados”, colocando-os em clara posição de conflito em relação ao Estado, relação esta medida pela vara da aculturação. O interessante é notar que Almeida se esforça em fazer as leituras históricas na chave da resistência dos de baixo, e se preocupa em demonstrar como os indígenas souberam realizar uma leitura política da rivalidade entre os europeus para encampar suas lutas sociais.

Durante as reformas pombalinas os antigos aldeamentos coloniais foram transformados em “diretórios”. Estes Diretórios Pombalinos conservaram muitas continuidades em relação às antigas missões jesuíticas, como o trabalho compulsório e a tutela. Em contrapartida, desta vez a assimilação cultural foi muito mais intensa: os costumes e línguas indígenas foram terminantemente proibidos, ao passo que a miscigenação era fortemente incentivada. O pano de fundo destas mudanças estaria na transição da ideologia da catequese dos jesuítas pelo iluminismo civilizacionista de Pombal.

Maria Celestino passa então a discorrer sobre as experiências do Diretório Pombalino na Amazônia, como forma a dar uma circunstancia mais concreta às suas análises. Neste ponto, ela descreve a proposta dos diretórios amazônicos enquanto estratégia de ocupação do território pelo Estado português, já que os índios eram o principal alicerce da empresa colonial, funcionando como verdadeiro exército de reserva daquele sistema. Os índios, por sua vez, não deixaram de resistir e passaram a realizar fugas massivas das áreas pombalinas.

A proposta assimilacionista estaria assentada num jogo complexo de manutenção de certas diferenças à serviço de uma pretensa igualdade. Embora fossem considerados todos vassalos do Rei, os índios no entanto sofriam diferenciações sociais internas, e eram separados entre “bravos” e “aliados”, e também entre principais e comuns. O Estado colonial teria incentivado abertamente a diferenciação econômica e política dos chefes nas aldeias, gerando perturbações nas configurações políticas dos índios.

Já a diferença entre índios “bárbaros” e “aliados” expressava a estratégia de “atração ou de confronto para os primeiros, e de assimilação ou extinção” para os últimos. Da mesma forma que a diferença entre índios e não-índios se expressava no intenso conflito por terras característico do século XIX no Brasil. Utilizando exemplos de resistência dos indígenas nos Diretórios do Rio de

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