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Hilário Franco, Monges E Peregrinos

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Por:   •  8/3/2014  •  3.718 Palavras (15 Páginas)  •  810 Visualizações

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HILÁRIO FRANCO JÚNIOR: PEREGRINOS, MONGES E GUERREIROS.

O texto de Hilário Franco Júnior, mostra o feudo-clericalismo e a religiosidade do reino de Castela na Idade Média. Há uma forte influência na Península Ibérica, na Idade Média, historicamente falando de povos considerados pagãos e também Greco-romano. Por este motivo a Espanha se assemelhava em vários aspectos aos reinos além - Pireneus. Todavia isso muda no cunho político, econômico, cultural, social e institucional com a chegada e conquista islâmica na região.

No fim da Idade Média começam a surgirem veementemente as diferenças. O sistema imposto pelos muçulmanos fere, todavia não conseguiria destruir toda aquela semelhança. Américo Castro, estudioso sobre o tema, afirma que a religião manteve a unanimidade interligada da nação. Entre os espanhóis, ou se era cristão, ou mudéjares, ou judeu. O mesmo acha que esse espírito religioso pode ser sido adquirido pelo contato com os muçulmanos.

A luta de reconquista, na visão de Sánchez-Albornoz não existiu nos reinos hispânicos a questão voltada como Guerra Santa. Para o mesmo essa guerra não passou de uma luta consciente para se recuperar o solo nacional. Todavia aceita a idéia de uma guerra antiislãmica. Como antítese Vicente Cantarino acredita que a religiosidade na península advêm sim das guerras de reconquista.

Trabalhos recentes sobre o assunto demonstram que existiu um grau de religiosidade espanhola diferenciada da transpirenaica. Para Teófilo Ruiz, em seu artigo, o povo castelhano era de cunho mais realista. Um religião pragmática, sem duendes, fadas ou gnomos. Com isso afirma que o espanhol foi o povo menos supersticioso da Europa.

Para o autor, existe uma razão fundada para que esses estudiosos tenham considerações equivocadas. Esse motivo seria não incorporar as reflexões da chamada História das Mentalidades. Portanto o homem medievo busca a religião não apenas através da etimologia, mas principalmente da forma psicológica.

Ao se falar em religiosidade popular nos dois lados dos Pireneus, deve-se pensar na sensibilidade e na emotividade coletividade, isto no sentido religioso vivido por todos desta sociedade. Não é possível deslumbrar que isso ocorrera somente por imposição feudo-clerical castelhano, visto que os dados de mentalidade não se passam somente desta forma. Isso se forma através de uma tríade: simbolismo, belicismo e contratualismo.

No contexto medieval o homem se inclina como ser superior ao demais animais. O fato de ele ser ereto, poder admirar e contemplar o céu.

O simbolismo é a principal figura ao homem medieval. Ele é denominador comum entre o sujeito e o objeto do conhecimento, em outra visão é o elo de união entre consciente e inconsciente. Por isso tudo se podia ser voltado em função de Deus. O símbolo era usado para nomear tudo , ficando somente Deus excluído dessa maneira.

Surge também o culto mariano, onde Maria é vista como formadora de milagres e curas. Inúmeros relatos descrevem sobre a Virgem Maria e sua veneração. Isso tem grande reflexo na literatura da época, co diversas narrativas e grande popularidade. Um estudo afirma que cerca de 37% de sessenta narrativas de milagres é atribuída a Santa Virgem Maria.

A igreja busca demonstrar que sua base é considerada o próprio corpo de Cristo. Existindo inclusive a separação das partes, com uma ligação própria com partes de seu corpo. Como exemplo temos que o altar de uma igreja católica romana é a construção que significa o coração de Cristo.

A Igreja também remonta uma idéia de uma guerra celestial clássica entre o bem e o mal. Guerra esta constante onde ambas as partes não descansam jamais. Isso esta disposto na crença do Belicismo. Onde a vida religiosa era a demonstração de luta humana contra o próprio Diabo e seus demônios. Nesse sentido tem a aprovação do cunho cruzado e sua busca incessante de lutar contra o mal e salvar os fiéis cristãos.

O uso dos santos é agora muito utilizado, visto que esses são os mais acessíveis para os fiéis. Esses são pessoas de grande caridade e veneração divina, podendo serem intercessores junto a Maria e o Cristo. Todavia muitos santos eram usados como braço militar do interesse da Igreja. A Guerra de Reconquista foi muito utilizada como tese de se vencer o mal, que era simbolizada pelos mouros dentro da Península Ibérica. Tendo Santiago como o santo protetor dos cruzados e matador de mouros.

A ordem religiosa usa, em forma até mesmo descontrolada, as chamadas relíquias, ou seja, restos de coisas pertences ou até mesmo do próprio Cristo, como fonte de santidade. O que não ficou preso somente a ele, visto que Maria também foi muito utilizada. Essas relíquias eram uma forma de ligação entre o divino e o humano. Tempos depois pode ser comprovado que em sua grande maioria tínhamos uma farsa sem cabimento plausível no seu uso.

Podia também ser usado como fonte de combate ao mal o uso do sacramento. Sendo o mesmo a principal forma de salvação. Assim ganha força o uso do membro da Igreja, o Sacerdote, visto que só este poderia usar o dom divino para sacramentar todos aquele que por ele buscava a proteção e as esperadas bênçãos divinas. Ao sacramento tem-se uma divisão: a eucaristia, a penitência, e os ritos de passagem ( batismo, confirmação e a extrema-unção ).

Outro auxílio que o homem poderia se apegar na luta contra o mal seria os anjos. Vistos no cunho popular como os verdadeiros soldados celestiais de Deus. Assim surge a concepção de anjo em uma guarda pessoal, assim temos os chamados anjos de guarda. Tem-se um objeto onde temos no mundo uma luta entre os anjos bons e os maus. Temos no arcanjo Miguel a ordenação celestial, tendo esse o papel de comandante de todo exército divino, onde sua função é a de destruir o mal que assola o mundo medieval.

O homem medieval busca insensatamente, a cada dia, poder ser o mais possível um modelo de exatidão. Pois assim ele busca a remissão dos pecados e a ida ao reino eterno de Deus no dia do Juízo Final. Mas acreditavam que esse dia seria precedido de acontecimentos, e que isso estaria escrito na bíblia sagrada.

Os monarcas existentes no momento, se corroboram desta situação, trazendo para si acontecimentos e teses que reafirmam a manutenção de seus reinos e poderes. Assim surge teorias de cunho religioso onde se colocam como verdadeiros escolhidos por Deus para dirigir seus Estados. É de vontade divina que cada local os aceite e procure sempre demonstrar fidelidade, pois é extremo pecado se voltar contra o escolhido

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