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Historia Medieval Do Oriente

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Por:   •  14/7/2014  •  894 Palavras (4 Páginas)  •  377 Visualizações

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A perseguições nos séculos I ao IV: o relacionamento entre os cristãos, o poder imperial e a população pagã.

Após a morte de Jesus Cristo, o cristianismo teria sido difundido pelo Império Romano e encontrou uma grande repercussão entre os pobres e também escravos. Durante o governo de Nero (54-68) se iniciaram as primeiras perseguições aos cristãos. Tais perseguições perduraram até o governo de Diocleciano, que promoveu a última delas (303-305). A punição e o martírio dos cristãos eram aproveitados como um espetáculo trágico, de grande atração pública. Apesar das perseguições, se estabeleceu um modelo de governo eclesiástico. Se desenvolveram também formas de culto, como a missa. Para os cristãos, a missão da Igreja era permanecer fiel aos ensinamentos de Jesus e seus Apóstolos e ensinar esses ensinamentos por todo o mundo. Com um número cada vez mais crescente de adeptos o cristianismo conseguiu sobreviver. Alguns historiadores acreditam que a resistência aos sofrimentos e aos martírios públicos dos cristãos teria sido interpretada como possível somente devido a uma força milagrosa, que viria de Deus.

Com as crises sociais e econômicas do Império Romano, que se agravaram a partir do século III, muitas pessoas pertencentes à classe dominante se converteram ao cristianismo. Simultaneamente, a perseguição aos cristãos foi se tornando mais branda. Assim, em 313, o imperador Constantino concedeu liberdade religiosa em todo o Império Romano, através do Edito de Milão. Em 380, o cristianismo tornou-se a religião oficial de Roma.

Sobre a questão do real motivo dos cristãos terem sido perseguidos, há variadas hipóteses de diferentes historiadores. Alguns, como Ste. Croix, acreditam que os cristãos eram perseguidos pelo fato de não reconhecerem os deuses de Roma, possuindo assim um caráter perigoso, ou seja, as perseguições teriam caráter religiosos, tendo em vista as superstições da antiga sociedade romana. Outros, como Sherwin-White, acreditam que a postura dos cristãos em não reverenciar as divindades do panteão greco-romano acabaria por desafiar as autoridades romanas, ou seja, tal teoria afirma que os cristão foram perseguidos pelo temor das autoridades com a desobediência destes. A. H. M. Jones acredita que o cristianismo era tido como um mistério, tendo em vista que os cristãos não aceitavam participar dos espetáculos ou dos banquetes públicos, além de não cultuarem os deuses tradicionais. Há ainda outra visão, do historiador Paul Veyne, o qual acredita que os cristãos tenham sido perseguidos por representarem o novo, o desconhecido. Para Veyne, a perseguição dos romanos aos cristãos se baseava na repulsa do que era “híbrido, impuro e ambíguo.” As perseguições eram causadas por algo que era estranho, “anormal”. Diogo Silva acredita que embora os autores citados acima apresentem explicações diferentes para os reais motivos de perseguições aos cristãos, tais explicações não são totalmente opostas.

Ortodoxia e heresias: o Arianismo, o nestorianismo e o monofisismo.

O arianismo faz uma interpretação da natureza de Jesus sendo ele uma criatura de Deus, perfeita, o lógos pelo qual Deus criou. Os seguidores desta heresia acreditavam que havia apenas um Deus e que este não seria Jesus. Jesus é filho de Deus e não o próprio Deus. Sendo assim, Jesus deveria ser

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