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Império Romano do Oriente

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Por:   •  28/3/2014  •  Seminário  •  2.027 Palavras (9 Páginas)  •  434 Visualizações

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Império Romano do Oriente

O Império Romano do Oriente tinha por base um poder centralizado e despótico, junto com um intenso desenvolvimento do comércio, que serviu de fonte de recursos para enfrentar as invasões bárbaras. Já a produção agrícola usou grandes extensões de terra e trabalho de camponeses livres e escravos.

O Império Romano do Oriente ou Império Bizantino conseguiu resistir às invasões bárbaras e ainda durou 11 séculos.

A mistura de elementos ocidentais e orientais só foi possível devido a intensa atividade comercial e urbana, dando grande esplendor econômico e cultural. As cidades tornaram-se bonitas e luxuosas, a doutrina cristã passou a ser mais valorizada e discutida em detalhes entre a sociedade.

Economia do Império Bizantino

A mais lucrativa atividade econômica do Império Bizantino era o comércio. A privilegiada localização de Constantinopla, rota quase obrigatória entre a Ásia e a Europa, colaborou para o desenvolvimento comercial do império.

Entre os mais importantes produtos comercializados podemos citar perfumes finos, tecidos de seda, porcelanas e peças de vidro. Esses artigos de luxo asiáticos eram comprados a peso de ouro pela população europeia mais rica.

O comércio contribuiu para que o Império Bizantino tivesse uma vida urbana movimentada. A principal cidade era a capital, Constantinopla, que chegou a ter 1 milhão de habitantes. Vinham, depois, outras cidades importantes, como Têssalonica, Nicéia, Edessa e Tarso.

Nessas cidades viviam grandes comerciantes, donos de oficinas manufatureiras, membros do alto clero e funcionários destacados do governo. Eram pessoas que se utilizavam de artigos de luxo, como roupas finas de lã e seda ornamentadas com fios de ouro e prata, vasos de porcelana e tapeçarias.

Além dessa elite, também, viviam nas cidades outros grupos sociais como artesãos, funcionários de médio e baixo escalão e pequenos comerciantes.

Grande parte da população era composta de trabalhadores pobres, sendo que a maioria vivia no campo. Eram os empregados das manufaturas, os servos dos latifúndios e os escravos que trabalhavam nos serviços domésticos, nas minas, nas pedreiras e nas construções.

Por meio dos seus funcionários, o governo bizantino controlava as atividades econômicas, supervisionando a qualidade e a quantidade da produção.

As oficinas privadas de artesanato estavam distribuídas em corporações de ofícios. Essas corporações eram formadas por oficinas de artesanato de um mesmo ramo, como carpintaria, tecelagem ou sapataria. O próprio Estado bizantino era dono de negócios de pesca, metalurgia, armamento e tecelagem.

Na agricultura, a maior parte da produção provinha das grandes propriedades agrárias (os latifúndios). Os principais donos eram os mosteiros e a nobreza fundiária (proprietária de terras), formada por militares que haviam recebido terras como recompensa por serviços prestados ao imperador. Quase todo o trabalho era feito pelos servos, que dependiam da terra para viver.

Religião

No Império Bizantino, o cristianismo era a religião oficial e obrigatória. A Igreja Cristã Ortodoxa exercia influência sobre diversos setores da sociedade, e a religião fundamentava o poder imperial. Ela absorvia, ainda, boa parte dos recursos econômicos e procurava estar presente no cotidiano das pessoas, do nascimento à morte.

Várias questões religiosas eram discutidas na sociedade bizantina. Uma delas era o monofisismo, movimento para o qual Cristo tinha apenas natureza divina, e não também humana, como defendia a Igreja Católica Romana.

Outro movimento importante foi a iconoclastia, que pregava a destruição das imagens dos santos, impedindo, assim, que elas fossem idolatradas. Os iconoclastas queriam a total proibição do uso de imagens nas igrejas.

Por trás das questões religiosas discutidas em Bizâncio, havia também uma série de problemas sociais, econômicos e políticos. A análise do movimento iconoclasta mostra, por exemplo, disputas entre o Imperador e os sacerdotes que chefiavam os mosteiros. Nesses mosteiros eram fabricadas e vendidas imagens de santos e relíquias religiosas. Pretendendo controlar o poder dos sacerdotes dos mosteiros, o imperador, em 726, proibiu a adoração de imagens. Durante mais de um século, os iconoclastas (destruidores de imagens) liquidaram enorme quantidade de esculturas e pinturas religiosas.

Quarta Cruzada

A Quarta Cruzada (1202-1204) foi denominada também de Cruzada Comercial, por ter sido desviada de seu intuito original pelo doge (duque) Dândolo, de Veneza, que levou os cristãos a saquear Zara (atual Zadar, na Croácia) e Constantinopla, onde foi fundado o Império Latino, fazendo com que o abismo entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa se estabelecesse definitivamente. A quarta cruzada desviou-se tanto dos propósitos originais de libertar Jerusalém dos turcos otomanos que questiona-se se foi verdadeiramente uma cruzada.

A pregação e a organização

A partir de 1198, o Papa Inocêncio III começou a incitar a cristandade para empreender um novo esforço de cruzada, tendo tido bastante receptividade junto da nobreza europeia. O prestígio e capacidade de legislação e de organização eram apanágio deste papa, o que fazia recair sobre o seu pontificado uma enorme aura de confiança popular.

A Quarta Cruzada foi empreendida por Balduíno IX, Conde de Flandres, e por Bonifácio II, Marquês de Montferrant. O transporte dos exércitos fez-se a partir de Veneza e dos seus barcos, república comercial que então vivia numa tensão crescente com Constantinopla depois do massacre de mercadores daquela cidade italiana em 1182 devido aos privilégios comerciais que detinham. Se por um lado a pretensão papal desta cruzada apontava para a destruição do poderio muçulmano no Egito, por outro a tensão entre Veneza e os bizantinos acabaria por influenciar o decurso das operações militares, cujos objectivos se centravam cada vez mais em Constantinopla, devido à intenção veneziana de vingar o massacre dos seus mercadores. Além disso, o Egito mantinha boas relações a todos os níveis com Veneza.

As dificuldades financeiras e a tomada de Zara

Os cavaleiros cruzados, liderados por Bonifácio II de Montferrat e Balduíno IX da Flandres, estavam com dificuldades financeiras para pagar a os 85 mil marcos de ouro que Veneza pedia pela travessia dos barcos e exércitos para o Egito. Com suas tropas acampadas na ilha do Lido, em Veneza, à espera de uma solução

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