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Indios Brasileiros

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Por:   •  11/9/2013  •  1.694 Palavras (7 Páginas)  •  404 Visualizações

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POVOS INDÍGENAS DO BRASIL

PRINCIPAIS ASPECTOS DO PRESENTE E DO PASSADO

Os povos indígenas do Brasil compreendem um grande número de diferentes grupos étnicos que habitam o país desde antes do início da colonização europeia, que principiou no século XVI, fazendo parte do grupo maior dos povos ameríndios. No momento da descoberta europeia do Brasil, os povos nativos eram compostos por tribos seminômades que subsistiam da caça, pesca, coleta e da agricultura migrante. Muitos dos cerca de 2 000 povos e tribos que existiam no território brasileiro no século XVI morreram em consequência da escravização e das doenças que vieram com a colonização europeia ou foram absorvidos pela sociedade brasileira.

Os povos indígenas brasileiros deram contribuições significativas para a cultura mundial, como a domesticação da mandioca e o aproveitamento de várias plantas nativas, como o milho, o tabaco, o guaraná, a erva-mate, a batata-doce, a pimenta, o caju, o abacaxi, o cará, o pinhão, o açaí, a pitanga, a jabuticaba, a mangaba, o cajá, o umbu, o urucum, o jenipapo, o maracujá, a goiaba, o pequi, o amendoim, o mamão,2 o jambu, o jatobá, o buriti, a carnaúba, a juçara, a pupunha, o jerivá, a copaíba, a andiroba, o tucum, o tucumã, a abóbora,3 o feijão, o cambuci etc. Além disso, difundiram o uso da rede de dormir e a prática da peteca e do banho diário e frequente (costume este desconhecido do europeu do século XVI4 ).

A população indígena foi amplamente exterminada pelos conquistadores europeus, caindo de uma população de milhões na era pré-colombiana para cerca de 300 000 em 1997, agrupados em cerca de 200 tribos diferentes. No entanto, o número pode ser muito maior se as populações urbanas indígenas forem consideradas em todas as cidades brasileiras atuais. Uma pesquisa linguística de 1985 encontrou 188 línguas indígenas vivas, com 155 000 falantes.5

Em 18 de janeiro de 2007, a Fundação Nacional do Índio informou que havia confirmado a presença de 67 diferentes tribos isoladas no Brasil, contra 40 em 2005. Com esta adição, o Brasil ultrapassou a Nova Guiné como o país com o maior número de povos isolados no mundo. No último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010), 817 000 brasileiros se classificaram como indígenas, embora milhões de brasileiros tenham ascendência ameríndia.1

Na Idade Média, a palavra "índio" era empregada para designar todas as pessoas do Extremo Oriente. Ao chegar às Américas, Cristóvão Colombo acreditou que havia encontrado um novo caminho para as Índias e resolveu chamar os nativos que encontrou de "índios".6 O conceito de "índio" é, portanto, uma invenção europeia. Os habitantes originais das Américas nunca se enxergaram como um povo uno. Pelo contrário, diferentes grupos indígenas nutriam grande animosidade e constantemente guerreavam entre si. No Brasil, os tupis viviam ao longo do litoral quando da chegada dos portugueses, sendo oriundos, no entanto, da Amazônia. Com o crescimento populacional na Amazônia, os tupis começaram a migrar para o sul, expulsando e exterminando outros povos indígenas que viviam naquelas áreas e ocupando as regiões que historicamente esses outros povos habitaram. Os tupis eram adeptos da antropofagia e tinham o hábito de comer partes do corpo dos guerreiros vencidos das tribos inimigas, pois, na sua cultura, acreditavam absorver a força do inimigo ao comê-lo.7

Quando os europeus chegaram às Américas encontraram, portanto, não um povo indígena, mas diferentes povos que nutriam animosidade entre si e não se enxergavam como pertencentes a um mesmo povo. Uma "identidade indígena" só foi criada séculos depois, com a chegada dos europeus.

CULTURA

Há grande diversidade cultural entre os povos indígenas no Brasil, mas há também características comuns:

A habitação coletiva, com as casas dispostas em relação a um espaço cerimonial que pode ser no centro ou não.58 Em cada habitação, moram de setenta a oitenta casais com suas famílias, que, à noite, acendem fogueiras e dormem em redes. Quando a aldeia ficava não muito longe das dos inimigos, era cercada por duas ou três paliçadas de troncos de árvores. Entre as paliçadas, fossos eram cavados e, no fundo, eram fincadas estacas pontiagudas. A parte superior de cada fosso era disfarçada com ramos e folhas. Normalmente, ficavam em cada aldeia até que as palhas que cobriam as habitações apodreciam, o que levava de três a quatro anos. Algumas tribos, como os aimorés, não construíam aldeias. Simplesmente limpavam uma área e dormiam debaixo das árvores, mantendo, à noite, fogueiras acesas. Deitavam-se com os pés voltados para o fogo, que era protegido, em noites de chuva, por couro de veado sustentado por quatro estacas.28

A vida cerimonial como base da cultura de cada grupo, com as festas que reúnem pessoas de outras aldeias, os ritos de passagem dos adolescentes de ambos os sexos, os rituais de cura e outros[carece de fontes];

O amplo conhecimento da produção de bebidas fermentadas a partir de tubérculos, raízes, folhas, sementes e frutos como o abatiui (milho), beeutingui (farinha de mandioca), cachiri (mandioca, batata-doce ou inhame), cacimacaxera (mandioca), caiçuma (mandioca e frutos), caoi (fruto de acaijba), catimpuera (milho), caxiri (buriti), caviracaru (mandioca), caxiri (mandioca), cauim (nome genérico para várias bebidas fermentadas à base de milho, mandioca, caju, batata, amendoim, banana, ananás etc.), eivir (farinha de milho), giroba (mandioca), guariba (mandiocaba ou mandioca doce), ivir (milho), jetiuy (batata), manavy (ananás), mocororó (arroz ou mandioca), nanaí (abacaxi), oloniti (milho), pacobi (frutos de pacobete e pacobuçu), pacouy (mandioca), pajaurú (beiju), pajuarí (frutos fermentados), tarubá (beiju), tepiocuy (beiju), tiborna (mandioca), tikira (beiju), tipiaci (farinha de mandioca), tucanaíra (mel de abelhas, saburá de favos e água)59

COSTUMES E TRADIÇÕES

A arte como parte da vida diária, encontrada nos potes, nas redes e esteiras, nos bancos para homens e mulheres, e na pintura corporal, sempre presente nos homens[carece de fontes];

A educação das crianças era compartilhada por todos os habitantes da aldeia. A mãe amamentava o filho até aos oito anos, conquanto não tivesse outro no período. A criança era carregada o tempo todo pela mãe ou pelo pai. Se fosse menino, o pai lhe ensinava logo cedo a manejar o arco e a flecha, a construir balaios e outras lidas. Quando menina, a mãe a introduzia no míster de fiar algodão,

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