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O Jornal Do Brasil E A Ditadura Militar

Trabalho Universitário: O Jornal Do Brasil E A Ditadura Militar. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/4/2013  •  4.392 Palavras (18 Páginas)  •  1.164 Visualizações

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FACULDADE DO POVO

CURSO DE JORNALISMO

ADEMIR PLASA FILHO

DAIANY OLIVEIRA ARAÚJO

JÉSSICA TAMYRES DOS SANTOS

JÚLIA CARVALHO CABRAL

MILENE MAIA MORGADO

QUÉZIA BARBOSA DA SILVA

O JORNAL DO BRASIL NA DITADURA

SÃO PAULO

2011

ADEMIR PLASA FILHO

DAIANY OLIVEIRA ARAÚJO

JÉSSICA TAMYRES DOS SANTOS

JÚLIA CARVALHO CABRAL

MILENE MAIA MORGADO

QUÉZIA BARBOSA DA SILVA

O JORNAL DO BRASIL NA DITADURA

Trabalho apresentado no curso de graduação a Faculdade do Povo, Curso de Jornalismo para avaliação na matéria de História Social da Mídia.

Orientação: Prof. Ms. Patrícia Paixão

SÃO PAULO

2011

Sumário

Os primeiros anos do JB 4

A Família do JB 4

Os Pereira Carneiro 4

"Doutor Brito": o genro da Condessa 5

O JB hoje 7

Contexto histórico da ditadura 7

1964 - O início 7

AI-1 consolidação do novo regime 9

Governo Castelo Branco 9

Governo Costa e Silva 10

Governo Médici 10

Governo Geisel 11

Governo Figueiredo 11

O jornal do Brasil e a ditadura militar 12

O AI-5 e a censura 12

O ato final 14

Referências Bibliográficas 16

Os primeiros anos do JB

Rodolfo Epifânio de Souza Dantas, ex-ministro da justiça, foi o fundador do Jornal do Brasil. O jornal nasceu em 9 de abril de 1891, no período em que o regime republicano se firmava, com o objetivo de defender a monarquia deposta dois anos antes. Mesmo defendendo a monarquia de forma sutil, tentava transmitir a isenção para que não fosse reprimido pelo governo, pois tinha a intenção de ser um jornal permanente.

Com a repressão do governo vigente, os proprietários deixaram o jornal e o mesmo foi assumido por novos proprietários ligados a monarquia. Houve obstáculos financeiros até a chegada de um grupo ligado a Rui Barbosa, que era o redator chefe do jornal, desde então o jornal passa a defender os ideais republicanos. Devido a divergências políticas com o governo, Rui Barbosa foi cassado. O jornal permaneceu fechado por mais de um ano, sendo reaberto em novembro de 1894, foi assumido pela família Mendes de Almeida, que permaneceram no comendo do jornal até 1894.

Com inicio da primeira guerra mundial em 1914, houve encarecimento de algumas matérias primas utilizadas na produção gráfica, e devido à dificuldade financeira, o jornal é hipotecado ao conde Pereira Carneiro, que assumiu em 1919, pelo fato de os donos não conseguirem pagar a hipoteca.

A Família do JB

Os Pereira Carneiro

O conde Ernesto Pereira Carneiro assumiu o Jornal do Brasil em 1918. Seu título fora dado pelo Vaticano, portanto, era considerado um conde papal. Nasceu em 1877 em Jaboatão. Era jornalista e político, sendo deputado na Constituinte de 1933 e reeleito em1935. Foi o fundador da Rádio Jornal do Brasil em 1935. O conde faleceu em 21 de janeiro de 1954, deixando o Jornal do Brasil para sua viúva, Maurina Dunshee de Abranches Pereira Carneiro, a Condessa Pereira Carneiro.

Maurina Dunshee de Abranches Pereira Carneiro, filha do jornalista Dunshee de Abranches, dono do Colégio Coração de Jesus, nasceu em 15 de agosto de 1899. “Dama altiva, educada, a Condessa era vista por muitos como doce e afável” (SÉCULO). Viúva, casou-se uma segunda vez com o conde Ernesto Pereira Carneiro, também viúvo.

Com a morte do Conde, a Condessa assumiu o jornal. “Desde o começo, ela procurou efetivar aquilo que sempre pensara em fazer do "Jornal do Brasil" um grande jornal da cidade. Aquele jornal que ela dizia —nós nos dissemos várias vezes— que fosse indispensável, sem o qual ninguém pudesse participar da vida política, da vida social, da vida esportiva, um jornal para todas as classes.” (FILHO, 1979). A condessa queria que o Jornal do Brasil fosse grande e assim, durante algum tempo, o foi.

Durante sua gestão, a condessa Pereira Carneiro, pouco influenciava na redação, porém ela inspirou uma grande reforma gráfica, editorial e industrial que revolucionou o Jornal do Brasil. "Com a colaboração de seu genro, Manoel Francisco Nascimento Brito, modernizou o jornal, ajustando-o à nova dinâmica social que se instalava no Brasil naquele período, conduzindo-o a uma posição de proeminência nacional e internacional." (SÉCULO)

Um exemplo da grande figura altiva que era a Condessa foi durante a invasão do Jornal do Brasil em 21 de março de 1964 por fuzileiros navais que apoiavam o governo vigente. "Cercada de fuzis, ela disse ao comandante da tropa: ”Vou deixar meu jornal entregue a vocês. Agora, vocês todos se compenetrem: o Jornal do Brasil não me pertence, absolutamente. Pertence a vocês, pertence ao país. De maneira que vocês tomem conta dele bem direitinho”. (SÉCULO) Assim era a Condessa, definida por José Sarney como "mulher inteligente, culta, e líder, alma oculta do jornal" (SARNEY), que veio a falecer em 1983.

"Doutor Brito": o genro da Condessa

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