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O Luis Gama

Por:   •  28/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  689 Palavras (3 Páginas)  •  121 Visualizações

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Luis Gama

Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu em Salvador, Bahia, em 21 de junho de 1830. Filho de um fidalgo de origem portuguesa e da escrava livre Luiza Mahin. Ficou aos cuidados do pai já que sua mãe , segundo Luis Gama, precisou fugir,pois havia participado das revolta dos Malês e da Sabinada.

Foi vendido pelo pai para sanar uma divida de jogo, mas como esse comerciante de nome Antônio Pereira Cardoso não conseguiu revende-lo foi levado até sua fazenda e com 17 anos conheceu um hóspede nessa fazenda de nome Antônio Rodrigues do Prado que o ensinaria a ler e a escrever.

Aos 18 anos fugiu para São Paulo e tentou se matricular no curso de Direito do Largo de São Francisco, mas por ser negro foi hostilizado pelos professores e por alunos ainda assim não desistiu de estudar  e freqüentou as aulas apenas como mero ouvinte. Essas aulas não lhe renderam um diploma, mas algo muito valioso: O conhecimento.  Com base no que aprendera em sala de aula foi possível atuar na defesa jurídica de escravos. Nesse meio tempo Luis Gama casou e teve um filho com a senhora  Claudina Gama.

Foi no ano de 1848 que Luis Gama entrou como praça na Força Pública da Província e 6 ( seis ) anos depois teve baixa por insubordinação e em 1856 foi nomeado escrevente da Secretaria de Polícia.Onde teve acesso à biblioteca do delegado, o qual era professor de Direito. Ali Luis Gama pode aprofundar seus estudos. Aliás, era dono de uma memória fantástica e muito esforçado nos estudos a ponto de tornar-se autodidata.

 No ano de 1864 Luis Gama junto com  Ângelo Agostini fundaram o jornal “Diabo Coxo” inaugurando assim  a imprensa humorística paulistana. Luis Gama escreveria sobre o pseudônimo de Afro, Getulino e Barrabás tendo como sua principal obra foi "Primeiras trovas burlescas de Getulino" ou Bodarrada como ficou conhecida. Esta que satirizava os que tentavam negar a relação do negro com a formação da identidade nacional. Chegou até mesmo a publicar um livro de poesias. Foi também o primeiro escritor brasileiro a assumir publicamente a sua etnia negra.  Em 1869, junto com Rui Barbosa, fundou outro jornal o  “Jornal Paulistano”.

Indiscutivelmente fora um dos mais atuantes de São Paulo tinha uma oratória impecável e notável saber jurídico defendia com afinco escravos que podiam pagar pela carta de alforria, mas eram impedidos por seus “donos”, defendeu escravos que entraram no país após a lei que proibia o tráfico de escravos. Luis Gama era membro da Maçonaria, sociedade secreta, que o ajudava a conseguir recursos dessa forma conseguiu libertar mais de 500 (quinhentos) escravos. Seu sucesso não ficou conhecido apenas em São Paulo, mas ultrapassou as fronteiras e atraiu escravos de diversas provinciais. Ganhou até mesmo a alcunha de “O terror dos fazendeiros”. Obviamente, nem todos aplaudiam o sucesso de Luis Gama. Não demorou muito até que acumulasse diversas ameaças de morte.

Luis Gama morreu sem ter visto a lei que promoveria o fim da escravidão oficial no Brasil. Exatamente, o fim da escravidão oficial, pois é inegável que o nosso país ainda é escravocrata ainda que de forma informal. Se hoje Luis Gama estivesse vivo poderia escolher quais dos oprimidos pelo sistema ele defenderia. Seria defensor dos quase 370 mil escravos no Brasil Moderno ( dados apresentados pela ONU e publicado pela fundação Walk Free ) ou endossaria a luta Afro no Brasil Moderno lutando pela equidade em algum movimento negro?

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