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O Modelo Centro Periferia em Africa

Por:   •  28/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.827 Palavras (12 Páginas)  •  631 Visualizações

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O Modelo centro-periferia

Por Tomé Morais

I. INTRODUÇÃO

Este trabalho inscreve-se no quadro do estudo do modelo Centro Periferia, concretamente a cerca da estrutura social emergente no âmbito da colonização em África.

Pretende-se, no entanto ilustrar, antes, o conceito e características do Centro e da Periferia, de seguida uma abordagem exaustiva em prol da hegemonia, crescimento, diferenciação do Centro. Por último transparecer a questão da emergência da periferia, os tipos de bairros periféricos e as suas respectivas marcas, a incorporação, a adaptação e a resistência da periferia face ao centro.

O trabalho consistiu na exaustiva pesquisa documental e como é óbvio subsidiaram o presente trabalho as obras de Filosofia, sociologia história e Geografia.

As informações recolhidas das fontes foram possíveis depois de uma análise e confrontação, elaborar o presente trabalho.

Entretanto como em qualquer trabalho, problemas não faltaram, como o caso da digitação e da descoberta das fontes precisas.

II. Conceitos: Centro e periferia

CENTRO:

De acordo com Remy , o centro é o lugar em que as funções se sobrepõem, e, sobretudo o lugar em que se desenrolam as actividades, vistas como sendo importantes. É muitas vezes interpretado ou caracterizado a partir das habitações (luxuosas), grandes prédio, lugares privilegiado de investimentos afectivo, lugar de trabalho, de compras, de lazeres, assim como de supervalorização dos terrenos e custos.

PERIFERIA

Segundo Freitas , periferia são bairros exteriores ou mais afastados do centro. Caracteriza-se pela existência de habitações precárias, subvalorização dos terrenos, ou por outra, constituem autênticos “dormitórios”.

Portanto, quer com isso dizer, que os bairros periféricos, não tinham infrastuturas administrativas, económica, sociais, Como nos centros urbanos.

III.O Modelo centro-periferia

3. Centro:

Cumpre explicar que a urbanização, não foi introduzida na África pelos europeus, ela já existia oferecendo todo tipo de possibilidades de divisão do tabalho, aglomeraçao populacional, mobilidade social,…etc, séculos antes da chegada do colonialismo europeu.

Parafraseando Afigbo , afirma que nos litorais da África do norte, da África Ocidental, Oriental e Austral, bem como na zona interior constituída pela cintura sudanesa e pelo país Youruba, formavam-se aglomerações cada vez mais importantes graças à consolidação político e ao desenvolvimento do comércio internacional.

Todavia, com a presença europeia, a urbanizacão conheceu uma nova dinâmica, como a criacão de novos centros urbanos e a expansão dos velhos centros.

3.1. HEGEMONIA

No que concerne a hegemonia, Afigbo , esclarece que os centros urbanos pela sua estrutura e alocação de infrastruturas económicas, políticas e sociais, como admnistração, estabelecimetos comercias e industriais, cinemas, …etc. Exerciam e exercem uma atracção irresistível sobre outras categorias de pessoas, principalmente provenientes das regiões rurais.

Já Dias , afirma que é no centro que se registra rendas reias crescentes, tanto para o Capital como para o trabalho e um nível relativamente alto de emprego, ao passo que na periferia, os aumentos de rendas se concentram numa pequena parte da populacao. Aqui as massas trabalhadoras sofrem um declínio em seus padrões de vida e um desemprego crescente.

É no centro, que se registra o desenvolvimento independente enquanto que a periferia registra um desenvolvimento dependente, fazendo com que grande maioria dos povos que a compõem não desfrute de uma vida condigna e um futuro mais promissor.

3.2. CRESCIMENTO

Segundo Bravo , no século xx, uma proporção sempre crescente da população mundial, vive nos centros urbanos e o fenómeno dominante deste século é a extraordinária expansão numérica e dimensional das cidades. Construídas graças ao desenvolvimento da tecnologia industrial, elas servem cada vez mais de centros comerciais e administrativas, ao mesmo tempo em que estimula o saber, a engenhosidade e a capacidade de organização social, face aos múltiplos problemas que numa cidade moderna se apresentam.

O mesmo autor ainda refere que, muitas cidades africanas cresciam devido as migrações das suas populações das regiões rurais, que chegavam as cidades não porque lhes oferecessem um emprego, mas porque não podiam subsistir nas suas terras, dadas as condições de exploração que lhes eram impostas. Alguns eram refugiados políticos ou aventureiros de outras zonas, e outras então eram atraídos pela vida da cidade.

Por seu turno Rocher , sustenta que a industrialização é acompanhada da urbanização, sendo assim, implica uma migração da mão-de-obra, na sua maioria jovem e das famílias para as cidades. Para este, as cidades poderiam já existir antes da industrialização, mas com a introdução da técnica, via aumentar, estender-se e mudar de configuração.

Nesta efervescência, assiste-se a emergência de novas cidades junto das minas, das indústrias e ao longo das vias de comunicação.

Fazendo uma ilustração do trecho acima, Gentil afirma que na África do Sul o desenvolvimento da indústria mineira e manufactureira, nas vésperas da Segunda Guerra mundial tinham provocado uma urbanização que superava 30%. Mas também nos outros lugares, os bairros africanos, viram aumentar as áreas constituidas de forma precária por um número crescente de recém-chegados.

E como é óbvia, a cidade diferentemente das zonas rurais, apresentam uma série de complexidade e problemas. Assim, cidades africanas que estavam em pleno desenvolvimento receberam dos técnicos vindos dos países industrializados a orientação sobre a urbanização, tal orientação consistia no seguinte:

- Na disposição de um serviço de limpeza e de evacuação dos dijectos;

- Na disposição de uma técnica elementar para a conduta de àgua;

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