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POR OUTRA GLOBALIZAÇÃO

Por:   •  13/1/2017  •  Resenha  •  2.556 Palavras (11 Páginas)  •  337 Visualizações

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Universidade UNIGRANRIO

Escola de Educação, Ciências, Letras, Artes e Humanidades.

Curso: Licenciatura em História

Disciplina: Geo - História

Professora: Andrea Queiroz

Duque de Caxias - 2014.

POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO

DO PENSAMENTO ÚNICO À CONSCIÊNCIA UNIVERSAL

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Resenha

        

Elaine Tavares de Gusmão

Matrícula: 2500739

Introdução:

O livro “Por uma outra globalização” do professor Milton Santos nos mostra a globalização de uma outra forma que não é definitivamente pessimista como também não é definitivamente uma forma otimista. Milton Santos nos leva de fato a entender a globalização como uma “outra globalização” no sentido de que é possível transformar o que hoje nos rodeia. A realidade não é um fato dado, mas uma construção contínua que tem reajustes diários e semanais e daí a intensa força que o sistema faz para manter o curso natural das coisas sem intervenções, alterações e principalmente as idealizações.
Dentro deste contexto a primeira coisa que Milton Santos vai nos alertar é sobre o mundo enquanto ideologia. A ideologia não cria nada, mas ele é uma arma poderosa para manter o curso das criações efetivadas por certos grupos sociais. Daí a expressão usada pelo autor “o mundo como fábula”. A construção desta fábula é feita diariamente e incessantemente e o principal agente desta construção miraculosa é a mídia e os sistemas de comunicação. É através da mídia que o sistema ganha impulso tanto em questão de consumo, quanto de aceitação e tanto quanto de normalidade.

POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO

DO PENSAMENTO ÚNICO À CONSCIÊNCIA UNIVERSAL

No primeiro capítulo do livro o Geografo Milton Santos faz uma introdução geral nos mostrando que o modelo de globalização é como uma fábula nos é apresentado como um mundo imaginário, onde todos tem chance de subir na vida, onde as empresas governam para todos e todos são beneficiados por essas empresas. Essas visões são usadas para mascarar a verdadeira face da economia frente às pessoas que acreditam que tudo está correndo bem e em perfeita harmonia, um mundo onde não há fome ou pobreza, que não existe desigualdade. Ser pobre é em primeiro lugar culpa do pobre, que nessa fabula tem as mesmas oportunidades que um rico de crescer financeiramente. Para Milton Santos a globalização também é perversa para grande parte da humanidade, pois o desemprego aumenta, as classes médias perdem qualidade de vida, a fome e as doenças se instalam e com isso Milton Santos pensa na construção de outro mundo, mediante uma globalização mais humana, que ao invés de apoiar sempre o grande capital internacional que possam servir a outros interesses sociais e políticos e não apenas econômicos.  E alguns fatores que poderiam contribuir para isso seria a  mistura de povos, culturas, credos e filosofias tende a enfraquecer o racionalismo europeu e a construção de uma nova história.

No segundo capítulo “A produção da globalização”, Milton Santos nos mostra como se deu o processo de globalização que foi a internacionalização do mundo capitalista e seu apogeu, os fatores que a este processo são a unidade técnica, a convergência dos momentos, o conhecimento do planeta e a mais valia globalizada.

A chamada unidade técnica, ou seja, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta são as bases do período atual, porém, sabe-se que este processo se define por seu poder de deter não apenas as ações, mas as funções dos indivíduos envolvidos nestes momentos, isso é apontado como a perversidade globalizada. A progressão comum entre a história e o desenvolvimento de técnicas representadas atualmente, conjetura uma época. Enfim, a era informacional define os meios pelos quais se deve coexistir as interações, seja por meio de intercâmbios comerciais, praticamente dependentes do sistema globalizado, seja pelas autoridades predominantes que regem as questões relacionadas à logística hegemônica. Neste caso, como elo mundial, não se pode esquecer a “mais-valia”, que se interligada, diretamente, a unicidade do tempo, ainda mais hoje, pela concretização da unicidade da técnica. Contudo, a relação do tempo real difere, e muito, do espaço virtual, pois a interdependência e solidariedade do acontecer ocorrem exclusivamente devido a utilização do tempo real nos múltiplos lugares de conversão. O chamado motor único, um conceito citado no texto que nos deixa a interrogativa de quem tem acesso à esse tempo real de convergência. Determina-se também, quem pode quem não pode e quem decide oque pode e oque não pode neste processo. Em outros tempos, existiram vários motores, como dos portugueses, dos espanhóis, etc. Mas, atualmente o que se tem, de fato, é a idéia de que este motor se tornou único. A história do capitalismo é narrada pelas altas e baixas de suas crises, logo determinando períodos e, enfatizando novas fases do processo de globalização. É importante destacar, que o computador e os sistemas informacionais de acessos a rede computacionais são os principais instrumentos para que este processo, globalização, se dinamize. Através da medição e do controle do uso do tempo e dos lugares nos quais se necessita estar, este conjunto de técnicas, certamente acaba por motivar a valorização e desvalorização, simultânea, das crises. Em todo o mundo, a necessidade de interconexão mundial, a famosa internacionalização, se dá devido à necessidade que os bancos, as instituição industriais, as bolsas de valores, e outros, contemplam como fundamental para processo de reestruturação de complexidades, não apenas para possibilitar novas formas de controlar os antigos sistemas geopolíticos, como ponderar as futuras crises reais, tanto econômicas quanto sociais, políticas e morais, pois estas crises definem-se em relação ao tempo real incorporado nos espaços virtuais.

No terceiro capítulo do livro “Uma globalização perversa”, Milton Santos, nos diz de forma histórica que, no final do século XX acontecia uma unificação, que na verdade se transformou na globalização perversa,  que não passa de uma dupla tirania, pois é formada pelo dinheiro e pela informação. A interferência desta globalização na vida social pretende gerar a competitividade, que abala sistematicamente a vida cotidiana, e acaba confundindo em vez de esclarecer. Como se sabe se houver a desestruturação da noção de bem público e de solidariedade, consequentemente se desencadeia novos papeis políticos às empresas, contudo no que diz respeito à vida social. A agressividade das informações se apropria de técnicas para solucionar problemas particulares e para atender alguns estados ou algumas empresas, consequentemente se sucede a eliminação do processo de desigualdades. As técnicas hegemônicas como filhas da ciência, podem ser consideradas como infalível, se tornando umas das fontes do pensamento único. Milton Santos nos monstra o Surgimento um mundo mágico dominado pelo globalitarismo que desregula, quase que por completo, todo o funcionamento habitual. Sobretudo, neste pensamento, acredita-se que todo cidadão e cidadã que se preocupe com o futuro terá a função de elaborar um novo discurso.

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