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Plano Collor

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Por:   •  15/6/2014  •  712 Palavras (3 Páginas)  •  364 Visualizações

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O Plano Real

O Plano Real foi idealizado por um conjunto de economistas, em sua maioria oriundos da PUC do Rio de Janeiro, entre os quais podemos citar: Pérsio Arida, André Lara Rezende, Edmar Bacha e Gustavo Franco. O Plano foi implementado pelo Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, e executado em três etapas distintas:

• Fase 1: Lançamento do Programa de Ação Imediata (PAI), em 14 de junho de 1993, com objetivo de promover um ajuste fiscal. Como você já sabe, de acordo com a visão tradicional, a inflação deve ser combatida mediante redução do déficit público. Portanto, podemos concluir que o Plano Real continha um pouco de ortodoxia, um conjunto de medidas (redução dos gastos do governo, combate à sonegação, privatizações etc.) a serem adotadas nessa primeira fase.

• Fase 2: introdução da URV (Unidade Real de Valor), em 27 de maio de 1994. Essa era a parte heterodoxa do Plano: combater a inflação por meio de uma moeda indexada. O cruzeiro real, introduzido em 1993, desvalorizava-se diariamente, comprometendo sua função de unidade de conta. Para solucionar esse problema, o Banco Central passou a divulgar, diariamente, a cotação da URV que, além de servir como unidade de conta, era também utilizada na correção de preços, salários e contratos, ou seja, o governo, com a introdução da URV, produziu uma superindexação na economia.

• Fase 3: transformação da URV na nova moeda, o real. A população ainda não havia percebido, mas a transição de uma moeda para outra já tinha sido feita com a criação da URV. Bastava, apenas, substituir a URV pelo real, o que foi feito em 1º de julho de 1994.

A Política Monetária Do Real

Uma das primeiras medidas adotadas logo do início do Plano foi o aumento da taxa de juros. O objetivo era evitar uma “explosão de consumo”, como ocorrera durante o Plano Cruzado. Quando a inflação reduz abruptamente, há uma tendência de aumento da demanda. São várias as razões que levam a isso. Primeiramente, podemos dizer que a redução da inflação tem um forte efeito redistribuidor de renda em favor dos mais pobres, gerando mais consumo. Existe, também, uma tendência de as pessoas interpretarem erroneamente que as aplicações financeiras se tornaram menos rentáveis e passarem a consumir mais.

Esse aumento nos juros, porém, não conseguiu segurar o consumo das famílias - o que demonstra que a demanda, no Brasil, é pouco sensível a variações de juros. É aquela antiga história da pessoa que, ao comprar um bem a prazo, olha somente o valor da prestação e analisa se tem ou não condições de pagar, sem dar importância ao total de juros cobrados. No que diz respeito a essa relação entre juros e consumo, há, ainda, mais uma observação a ser feita. Quando a inflação é muito elevada, o comerciante não tem como financiar a venda de uma mercadoria em prestações fixas. Essa incerteza em relação ao valor a ser pago afugenta os consumidores. Quando a inflação cai a um patamar razoável, esse financiamento em prestações fixas torna-se possível, gerando aumento de demanda. No caso do Plano Real, o aumento dos juros não foi suficiente para conter esse excesso de consumo.

A Valorização Do Câmbio

Além de

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