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Racismo como um todo

Projeto de pesquisa: Racismo como um todo. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.547 Palavras (7 Páginas)  •  333 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Racismo é uma maneira de descriminar as pessoas baseada em motivos raciais, cor da pele ou outras características físicas, de tal forma que umas se consideram superiores a outras. Portanto, o racismo tem como finalidade intencional (ou como resultado) a diminuição ou anulação dos direitos humanos das pessoas discriminadas. Exemplo disto foi o aparecimento do racismo na Europa, no século XIX, para justificar a superioridade da raça branca sobre o resto da humanidade. (Thais Pacievitch).

A partir do ponto de vista da história das ideias pretende-se apresentar o debate em torno da metáfora da democracia racial no Brasil, em meado do século XX, tomando por problemática central o pensamento de Gilberto Freyre e Florestan Fernandes.

Gilberto Freyre fala que o Brasil é um país de miscigenação, ou seja, o Brasil é um caldeirão de mistura racial, onde essa miscigenação gerou uma metaraça. Essa metaraça (unidade de raça) brasileira surgiu do cruzamento do colonizador com a mulher índia e com a escrava africana (Gilberto Freyre). Com o decorrer do tempo esse tipo de descriminação vem afetando o futebol brasileiro que vai citar o caso do jogador Arouca, vítima de racismo no futebol.

Diante dessa temática, o presente trabalho tem por objetivo relatar a origem do racismo, bem como abordar sua história aqui no Brasil e por fim relatar suas causas no futebol brasileiro.

2. Racismo no geral

O racismo institucional é relevado através de mecanismos e estratégias presente nas instituições públicas, explícitos ou não, que dificultam a presença dos negros nesses espaços. O acesso é dificultado, não por normas e regras escrita e visíveis, mas por obstáculos formais presente nas relações sociais que se reproduzem nos espaços institucionais e públicos. A ação é sempre violenta, na medida em que atinge a dignidade humana. O conceito foi incorporado pelos movimentos negros na América Latina, em especial no Brasil, o que ajuda a explicar a permanência dos negros em uma situação de inferioridade por mecanismo não percebido socialmente (Ivair Augusto Alves dos Santos).

Há racismo institucional quando um órgão, entidade, organização ou estrutura social cria um fato social hierárquico, estigma visível, espaços sociais reservados, mas não reconhece as implicações raciais do processo. O problema não é demonstrar a existência de ideologia e doutrinas que as pessoas utilizam para justificar suas ações. É no funcionamento da sociedade que o racismo revela como uma propriedade estrutural escrita nos mecanismos rotineiros, assegurando a denominação e a interiorização dos negros, sem que haja necessidade de teorizar ou de tentar justificá-las pela ciência. A discriminação pode ser sistêmica em vez de pessoal e, por conseguinte, mais difícil de identificar e de compreender, quando está internalizada e naturalizada por discursos de que se vive em um país miscigenado. Algumas vítimas negam que estejam oprimidas ou então aceitam sua condição, como se fosse um destino que a vida lhes proporcionou (Ivair Augusto Alves dos Santos).

3. Racismo no Brasil

O Brasil de hoje é o resultado de 500 anos de miscigenação. Freyre mostra que o Brasil, desde o início de sua colonização, foi um verdadeiro caldeirão de mistura racial. Miscigenaram-se brancos e negros, brancos e índios, negros e índios, e esta miscigenação toda gerou uma metaraça (unidade de raça) no Brasil. O homem desta metaraça, já não é mais nem europeu, nem africano, nem índio. É um homem novo, o homem dos trópicos, situado na América. Um homem para além de qualquer Genésia racial. Os estudos deste homem permitiram, inclusive, a Freyre a criação de uma nova ciência sociológica: a Tropicologia. Que entende que as instituições de Gilberto Freyre poderiam ser aproveitadas, sem grande dificuldade, no estudo da formação dos povos de todos os países ibero-americanos. Pois consta que colonizadores espanhóis do Peru achavam que deus lhe haveria de perdoar os pecados sexuais por causa da necessidade de produzir mestiços (Gilberto Freyre).

Voltemos, novamente, para as análises de Gilberto Freyre sobre a formação do povo brasileiro. Para Freyre essa unidade de raça brasileira surgiu do cruzamento do colonizador com a mulher índia e com a escrava africana. Isto, no entanto, sem sempre ocorrerá de forma pacífica e respeitosa.

3.1 Contextos da realidade brasileira

Até a publicação de Casa Grande & Senzala por Gilberto Freyre, em 1933, predominava no Brasil a tese de que o atraso brasileiro se devia ao mal da mestiçagem. Acreditava-se, inclusive, num branqueamento progressivo da população. Neste sentido, o projeto de imigração para o Brasil, desde a independência do país, em 1822, visava trazer apenas população brancas. As elites políticas brasileiras acreditavam numa diferença racial essencial (Gilberto Freyre).

3.2 A situação de fato

Uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE), sobre desigualdades raciais no Brasil, mostra que o índice de mortalidade de crianças negras e bem superior ao da população branca. Nesta pesquisa, será apresentada na terceira conferência mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre racismo, em agosto de 2001, fica claro que no Brasil persistem disparidades raciais chocantes nas condições de vida, na distribuição de rendas, no grau de escolaridade, etc. (Gilberto Freyre).

3.3 A raça e os afro-brasileiros

O problema racial brasileiro, referente aos afro-brasileiros, pode ser visto a partir de dois aspectos. O primeiro refere-se à ideia, bastante espalhada, de que o Brasil é um paraíso parcial, ou, em expressões mais recentes, uma democracia racial. O segundo aspectos considera que o Brasil é uma sociedade plurirracial.

4. Racismo no Futebol Brasileiro

O esporte com expressão de relevância social e cultural desde sua disseminação e integração na cultura nacional tornou-se umas das paixões dos brasileiros. Caracteriza-se como a arte esportiva primeira, tanto pela sua prática quanto pela sua abrangência. Fazendo parte da cultura nacional, assim como os outros segmentos, o futebol também apresenta aspectos de preconceito e racismo contra negro (MENDES, DELSON EDUARDO DA SILVA).

De acordo com a historia e acontecimentos, tais aspectos sempre se fizeram presentes no contexto

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