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Revolução Farroupilha

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Por:   •  15/3/2014  •  495 Palavras (2 Páginas)  •  534 Visualizações

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Revolução Farroupilha

Revolução Farroupilha, também é chamada de Guerra dos Farrapos ou Decênio Heroico (1835 - 1845), eclodiu no Rio Grande do Sul e configurou-se, na mais longa revolta brasileira. Durou 10 anos e foi liderada pela classe dominante gaúcha, formada por fazendeiros de gado, que usou as camadas pobres da população como massa de manobra no processo de luta.

O Rio Grande do Sul foi palco das disputas entre portugueses e espanhóis desde o século XVII. Na ideia dos líderes locais, o fim dos conflitos deveria inspirar o governo central a incentivar o crescimento econômico do sul, como pagamento às gerações de famílias que se voltaram para a defesa do país há muito tempo. Mas não foi isso que ocorreu.

A partir de 1821 o governo central passou a impor a cobrança de taxas pesadas sobre os produtos rio-grandenses, como charque, erva-mate, couros, sebo, graxa, etc.

No início da década de 30, o governo aliou a cobrança de uma taxa extorsiva sobre o charque gaúcho a incentivos para a importação do importado do Prata.

Ao mesmo tempo aumentou a taxa de importação do sal, insumo básico para a fabricação do produto. Além do mais, se as tropas que lutavam nas guerras eram gaúchas, seus comandantes vinham do centro do país. Tudo isso causou grande revolta na elite rio-grandense.

Em 1836, inconformados com o descaso das autoridades imperiais, um grupo liderado por Bento Gonçalves exigiu a renúncia do presidente da província do Rio Grande do Sul. Em resposta à invasão feita na cidade de Porto Alegre, um grupo de defensores do poder imperial, também conhecidos como chimangos, conseguiu controlar a situação em junho daquele mesmo ano. Logo após a batalha de Seival, de setembro de 1836, os revolucionários venceram as tropas imperiais e proclamaram a fundação da República de Piratini ou República Rio-Grandense.

Com a expansão do movimento republicano, surgiram novas lideranças revolucionárias na região de Santa Catarina. Sob a liderança de Guiseppe Garibaldi e David Canabarro, foi fundada a República Juliana que deveria confederar-se à República Rio-Grandense. Dessa vez, melhor preparadas, as tropas imperiais conseguiram fazer frente aos revoltosos que, devido à participação popular, ficaram conhecidos como farrapos. Sob a liderança do barão de Caxias, as forças imperiais tentavam instituir a repressão ao movimento.

A Revolta terminou em 1845 por um tratado de paz estabelecido entre os revolucionários e Duque de Caxias. Parte do "fracasso" da república farroupilha deveu-se à sua não aceitação por parte da população do Rio Grande do Sul. Porto Alegre já era uma cidade comercial, então é claro que ninguém apoiava uma guerra, pois sempre há pilhagens e muito prejuízo para todos.

A visão romântica da história dos farrapos foi estabelecida, com a criação dos Centros de Tradição Gaúcha (CTG). Após a segunda guerra mundial, iniciou-se no Rio Grande do Sul um movimento de valorização da terra e origens que culminou com a abertura desses locais. Houve então uma apropriação do gauchismo como símbolo de identidade, modificando a interpretação de toda essa história, colocando os revoltosos como heróis.

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