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Revolução Russa

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Por:   •  12/4/2014  •  2.760 Palavras (12 Páginas)  •  334 Visualizações

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Revolução Russa

No fim do século XVI, com o governo de Ivan IV, o Terrível, que adotou o título de czar, ocorreu a consolidação da Rússia como Estado. Ele iniciou o absolutismo e a expansão territorial do país que se prolongou até o fim do século XIX e fez da Rússia uma das maiores nações do mundo.

No ano de 1914, a população chegava a 174 milhões de pessoas. No entanto, se baseando nas atividades rurais, 85% dos russos eram camponeses pobres, que viviam sob o regime feudal de servidão, e mesmo com a sua abolição em 1861, a situação não havia mudado. O país vivia sob uma monarquia absolutista, o czarismo, que era altamente repressor e era sustentado por donos de terras, militares e pela Igreja ortodoxa. As poucas indústrias que existiam empregavam trabalhadores em péssimas condições de trabalho.

A repressão e o autoritarismo favoreceram o surgimento de grupos secretos de oposição, que defendiam mudanças políticas, econômicas e sociais.

Mudanças reformadoras

A partir do final do século XIX, a Rússia começou a se industrializar devido aos investimentos do governo na construção de ferrovias, em empréstimos e investimentos estrangeiros. Além disso, os trabalhadores originários do campo representaram mão de obra barata para as indústrias, impulsionando a produção. As grandes unidades industriais se formaram em São Petersburgo, em Moscou e na região do rio Don.

A Rússia do início do século XX era um país camponês com indústrias concentradas em alguns locais e sob um sistema absolutista.

O novo czar

Em 1894 subiu ao trono do Império Russo o czar Nicolau II, da dinastia Romanov. Sob o seu governo a Rússia enfrentaria duas guerras que aumentaram os problemas do país e levaram à Revolução.

O proletariado

Com o crescimento industrial, as cidades se desenvolveram.

Os operários trabalhavam e viviam sob péssimas condições. Assim passaram a se organizar em associações, e em 1898 formou-se o Partido Operário Social-Democrata Russo de orientação marxista.

Em 1903, esse partido agrupava duas tendências: a dos bolcheviques (maioria), liderada por Lenin, que propunha a formação de uma aliança operário-camponesa para lutar pelo poder através de uma revolução e chegar ao socialismo; e a dos mencheviques (minoria), mais moderados que defendiam o apoio à burguesia, para que esta lutasse democraticamente contra o czarismo, e posteriormente a classe operária organizasse uma revolução socialista.

A revolução de 1905

Os problemas internos da Rússia se agravaram após a guerra Russo-Japonesa (1904-1905). A origem do conflito foi a disputa entre os dois países por territórios na China e por áreas de influência no continente. A derrota mergulhou a Rússia numa grave crise econômica e aumentou o descontentamento de diferentes grupos sociais com o czar Nicolau II. Começaram a ocorrer greves e movimentos reivindicatórios, duramente reprimidos pela polícia czarista.

Num domingo de janeiro de 1905, trabalhadores de São Petersburgo, então capital do país, organizaram uma manifestação para entregar a Nicolau II um documento em que reivindicavam melhores condições de vida e melhores salários e a formação de uma Assembleia Constituinte. Uma multidão de cerca de 200 mil pessoas, liderada pelo padre Georg Gapon dirigiu-se ao Palácio de Inverno, residência do czar. As tropas do governo, que estavam de prontidão, receberam os manifestantes com tiros de fuzil.

O massacre ficou conhecido como domingo sangrento e repercutiu em toda a Rússia, provocando uma radicalização dos protestos.

Nas grandes cidades forma criados os sovietes, conselhos formados por representantes dos trabalhadores para tomar decisões politicas contra o czarismo.

Nicolau II cedeu a algumas exigências legalizando os partidos políticos, criando a Duma ( um Parlamento) e concedendo poderes legislativos à ela. No entanto, reprimiu ainda mais os sovietes e os movimentos, e prendeu os lideres do mais importante soviete da época.

Essa revolução influenciou a transformação do país em uma monarquia constitucional. Segundo Lenin, essa revolução foi um ensaio geral para a Revolução Russa de 1917.

A Revolução de fevereiro de 1917

Em agosto de 1914 a Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial contra a Alemanha e O Império Austro-Húngaro. Nicolau II acreditava que por meio da guerra pudesse expandir o Império Russo e diminuir a insatisfação popular.

No entanto, o fato acentuou o descontentamento e precipitou o processo revolucionário. Os soldados, mal armados e mal alimentados, foram dizimados em derrotas sucessivas. Em dois anos e meio de guerra, a Rússia perdeu 4 milhões de pessoas.

A guerra desorganizou a economia do país, ocasionando fome, desemprego e inflação. Em 1917, a escassez de alimentos era muito grande e provocou uma série de greves.

Em 27 de fevereiro, uma multidão percorreu a capital do Império, na época chamada de Petrogrado, pedindo pão e o fim da guerra e criticando o sistema monárquico.

Parte da polícia e do exército passou a apoiar os manifestantes e não reprimiram o movimento. Isolado, o czar abdicou, e um governo provisório foi constituído por parlamentares da Duma , chefiado pelo príncipe George Lvov. Esse momento ficou conhecido como a Revolução de Fevereiro.

Os novos governantes aboliram a censura à imprensam, legalizaram os partidos e libertaram os presos políticos. O czar e sua família foram presos. Entretanto, dominado pela burguesia russa, o novo governo decidiu continuar na guerra com planos de uma grande ofensiva contra a Áustria-Hungria e a principal reivindicação dos camponeses, a reforma agrária, não foi atendida. Essas decisões representaram mais um desacordo entre trabalhadores e o governo.

A Revolução de Outubro

Em abril de 1917, Lenin voltou da Suíça, onde se encontrava exilado e iniciou violentos protestos contra o governo provisório, com os lemas Paz, pão e terra e Todo o poder aos sovietes! Leon Trotski foi eleito presidente do soviete mais importante da Rússia, aderindo ao Partido Bolchevique.

Nas fábricas os operários reivindicavam jornadas de trabalho menores e salários mais altos; os soldados exigiam o fim da guerra; os camponeses insistiam na reforma agrária. Esses grupos queriam melhores condições de vida e a insatisfação popular não parava de aumentar.

Em agosto de 1917, militares

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