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Revoluções Regenciais - Guerra dos Farrapos

Por:   •  20/4/2015  •  Dissertação  •  2.322 Palavras (10 Páginas)  •  290 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

A

rebelião separatista durou 10 anos no Brasil Imperial, do século XIX.
O desencadeamento desta rebelião foi por
causas político-econômicas, como: os altos impostos nas charqueadas (carne seca), a escassez de moeda circulante no Rio Grande durante todo o período colonial, o pagamento das dívidas do governo central na província, descontentamento político com o governo imperial brasileiro, e, busca por parte dos liberais por maior autonomia nas províncias.

Politicamente, o principal motivo da insatisfação era a centralização do poder decisório na Corte, além da aceitação ampla das ideais liberais.

É conhecido como a “Guerra dos Farrapos” ou “Revolução Farroupilha”, já que rio-grandenses que estavam contra o Império brasileiro, costumavam utilizar pedaços de pano vermelho (farrapos) amarrados em alguma parte de seus trajes, tinham poucas armas e eram compostos por soldados, peões e negros, tonando-se assim, os “farroupilhas”.

Foi um conflito regional contrário ao governo imperial brasileiro e com caráter republicano, liderado – principalmente - por Bento Gonçalves e Giuseppe Garibaldi. Ocorreu na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, entre 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845. 

A GUERRA DOS FARRAPOS:[pic 5]

D

urante a regência, a centralização política foi o fator que motivou a organização de diferentes revoltas, que constantemente ameaçavam a unidade do território brasileiro.

Na região sul, especificamente no Rio Grande do Sul, elites pecuaristas se colocaram em um confronto com o governo imperial, ao se revoltarem com a política fiscal promovida da época. Enormes tributos eram cobrados sob a produção do charque (carne-seca), do couro e dos muares – que representavam os principais gêneros exportados, pela elite pecuarista gaúcha.

Na década de 1830, as autoridades do governo resolveram intensificar as cobranças sob esses mesmos gêneros, com a criação de postos fiscais que garantiriam a cobrança junto aos produtores de charque gaúcho. Acabaria beneficiando, então, a entrada do charque uruguaio no mercado brasileiro. Diferenciando-se dos gaúchos, arcava com uma porcentagem alfandegária bastante menor.

Insatisfeitos com essa situação, um grupo de grandes proprietários, de inspiração republicana, organizou um golpe que derrubou o governo provincial em 1835.

O sucesso obtido na ação dos farroupilhas, que tinham como líder Bento Gonçalves, marcou o surgimento da Revolução Farroupilha – também conhecida como Guerra dos Farrapos. Inicialmente, os farrapos dominaram a cidade de Porto Alegre e exigiram a nomeação de um novo presidente de província. Obrigando os membros da Assembleia Legislativa a nomearem um novo governo para o Estado.  No ano seguinte – em 1836 –, com a obstinação do poder central, os primeiros confrontos aconteceram entre os farrapos e as tropas oficiais.

As forças de repressão conseguiram enfraquecer a ação dos farrapos promovendo a retomada da capital. Após a batalha de Seival[1], os farrapos demonstraram sua resistência ao proclamarem a criação da República Rio-Grandense, com sede na cidade de Piratini, e dirigida por Bento Gonçalves. Como resposta, os repressores venceram a batalha do Fanfa[2], a qual aprisionaram vários revoltosos, incluindo Bento Gonçalves.

Nos dois anos seguintes, os confrontos se alongaram e os farrapos ganharam apoio de duas novas lideranças revolucionárias: o brasileiro David Canabarro e o italiano Giuseppe Garibaldi, este que foi responsável pela condução terrestre de duas embarcações que saíram da região da Lagoa dos patos com direção à Tramandaí, a operação logística dele garantiu o sucesso em um ataque surpresa que abateu forças imperiais. Com o apoio deles, os revolucionários conseguiram novas vitórias. Em julho de 1839, partiram em direção à Santa Catarina, onde conquistaram a cidade de Laguna e proclamaram o surgimento da chamada República Juliana[3].

Com o prolongamento do conflito, o governo designou Duque de Caxias para conduzir as tropas da Guarda Nacional. Nessa mesma época, divergências políticas e crise econômica acabaram ameaçando as intenções dos revolucionários. Nenhum dos lados – farroupilhas e Guarda Nacional – tinha condições suficientes para oferecer resistência. Para contornar a situação conflituosa na região Sul, o novo governo imperial incumbiu Luis Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, nomeado como presidente da província procurou explorar habilmente as contradições que abalavam a unidade interna do movimento farroupilha. Com isso, o próprio governo optou em desmobilizar os farrapos atendendo as suas principais reivindicações: anistia geral, reapropriação das terras confiscadas, incorporação dos oficiais revoltosos ao exército nacional, libertação dos escravos envolvidos na luta e aumento da taxa sobre o charque estrangeiro.

A partir de então, o Duque de Caxias começou a articular as negociações que, finalmente, encerrariam essa guerra. Após serem derrotados na batalha de Porongos[4], em 1844, os farrapos enviaram um grupo que negociaria secretamente a rendição das tropas rebeldes na capital federal. Em março de 1845, o tratado do Ponche Verde[5] garantiu os interesse dos revolucionários gaúchos e a hegemonia territorial do Império.

PRINCIPAIS PERSONAGENS DA GUERRA DOS FARRAPOS:

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  • Bento Gonçalves da Silva (Triunfo, 23 de Setembro de 1788 — Pedras Brancas, 18 de Julho de 1847) foi um militar e revolucionário brasileiro, um dos líderes da Revolução Farroupilha, que buscava a independência da província do Rio Grande do Sul do Império do Brasil.

Em 1829, pelos serviços prestados na campanha de 1825-1828 e que terminou com a independência do Uruguai, D. Pedro I nomeou Bento Gonçalves coronel de estado-maior, confiando-lhe o comando do 4° Regimento de Cavalaria de Linha e, em seguida, da fronteira meridional.

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