Roteiro de estudo sobre o capítulo II da 3ª parte: uso didático de documentos

Roteiro de estudo sobre o capítulo II da 3ª parte: uso didático de documentos

1ª) Professores que utilizam pois consideram um instrumento pedagógico eficiente

insubstituível, por possibilitar o contato com aquilo que é real, com as situações concretas de

um passado abstrato, ou por favorecer o desenvolvimento intelectual dos alunos, tendo em

vista que possibilita uma substituição dos velhos manuais didáticos que promovem apenas

acumulação de fatos, mas que não promovem a construção de um senso crítico. E para

possibilitar que o aluno tenha sua visão crítica sobre determinado assunto pois ele está indo

direto na fonte, não apenas lendo a visão de determinado autor, desta forma, pode se realizar o

desenvolvimento da compreensão de determinado conhecimento histórico, bem como inserir

o estudante nas atividades inicias de pesquisa sobre os documentos.

2ª) Como bem sabemos, a disciplina de História tem como objetivo maior desenvolver

autonomia intelectual, sendo ela capaz de propiciar análises críticas da sociedade, fornecendo

possibilidades de se desenvolver atividades de cunho construtivo em relação a uma

perspectiva de entendimento de realidades temporais, podemos então perceber que a partir

das preocupações como a ambição dos professores de formar um aluno em uma espécie de

historiador acaba tornando o processo de ensino e aprendizagem mais complexo e de difícil

concretização, uma vez que conduz à problemas de difícil solução para alunos sem de fato

compreenderem certos conteúdos que devem ter os necessários entendimentos, considerando-

se que não foi realizado uma identificação das especificidades de um determinado documento,

já que é necessário se ter um direcionamento de estudos sobre ele.

3ª) Como apontado pela autora, para os historiadores, os documentos têm outra finalidade

diferente da qual os professores aplicam, tendo em vista que os mesmos são a fonte principal

do seu ofício, a matéria prima por intermédio da qual escrevem a história, tendo em foco que

o historiador tem seus objetivos estabelecidos de acordo com o seu prévio conhecimento

histórico, tendo domínio de conceitos fundamentais sobre os conteúdos sendo assim, não se

pode confundir com a situação pedagógica do ensino de História. Em contrapartida, o

professor precisa transformar qualquer documento em material didático, pois seus alunos

estão aprendendo História e não dominam contexto histórico em que o documento foi

produzido, o mesmo pode ser usado simplesmente como ilustração, para servir como

instrumento de reforço de uma ideia expressa na aula pelo professor ou pelo texto didático,

mas é considerado como um recurso para se promover um desenvolvimento intelectual,

tomando como ponto de partida o envolvimento afetivo que o aluno estabelece com

determinados documentos, uma vez que os conteúdos apresentados por ele só serão bem

compreendidos de acordo com a valorização das concepções de mundo deste estudante,

portanto os professores têm que ter um maior cuidado quanto à seleção dos documentos,

respeitando alguns critérios de seleção.

4ª) De acordo com a autora, é importante para a compreensão do documento que se faça uma

análise dele como sujeito de uma ação e também como objeto, onde se pode formular três

níveis de indagação:

1º) Sobre a existência em si do documento: “o que vem a ser documento? O que é capaz de

dizer? Como podemos recuperar o sentido de dizer (...)”. Evidencia-se a complexidade que

um documento pode apresentar, dando significados de acordo com a sua utilização em uma

situação pedagógica, tendo em vista que o professor irá direcionar os estudos deste de acordo

com seus objetivos;

2º) Sobre o significado do documento como objeto: “o que significa como simples objeto?