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Sifilis na Obra de Gilberto Freire

Por:   •  31/7/2016  •  Artigo  •  2.639 Palavras (11 Páginas)  •  805 Visualizações

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A SÍFILIS NA CASA-GRANDE E SENZALA

Francisco Bismarck da Silva Lima[1]

RESUMO

O presente artigo explora a presença da sífilis na sociedade brasileira colonial, pautado na análise da obra Casa-Grande & Senzala de Gilberto Freyre. O foco central da discursão da mistificação das causa da proliferação da sífilis no ambiente doméstica na sociedade escravocrata. A miscigenação - dos três povos que formam a base da população brasileira - bem como, do processo de colonização do português no Brasil para a estruturação de uma sexualidade pautada pela permissividade.

Palavras-chave: Gilberto Freyre, Sífilis, sociedade escravocrata, miscigenação.

INTRODUÇÃO

Casa-grande e senzala [2]foi uma importante obra de interpretação do Brasil, na qual é um marco do pensamento social brasileiro abordando relevo do processo de miscigenação em nossa sociedade, apontando para a importância das contribuições das diversas raças em nossa formação.  A partir dessa importante obra e vou discorre sobre um problema que é mostrado por Gilberto Freire[3], por meio da mistura ocorrida sexualmente entre as três raças que sendo ele foi as principais para construção da nação brasileira. Esse problema me chamou atenção pela a forma que Gilberto aborda em sua obra que me causando uma grande curiosidade sobre este ponto de visão que ele passa para os leitores na sua escrita. O problema que estou me referido e uma doença que desde a época colonial vem torturando a população em terras brasileiras que se chama Sífilis[4].

Eu vou utilizar dois autores contemporâneos que utilizaram Casa-grande e senzala de Gilberto Freire para produzir trabalhos à para entender mais sobre essa praga que atormenta ate os dias de hoje no nosso país. A partir da leitura sobre a determinada doença vou tentar passa a possível origem dessa doença e como sua transmissão foi feita segundo Gilberto Freire. Eu vou abordar a discursão que circula sobre esse assunto que ocorria na obra sobre a influência da mistura de raça que ocorreu na construção da nossa nação.

Durante a leitura do livro para produção de um trabalho universitário me causou uma grande curiosidade sobre o tema da sexualidade que Gilberto aborda na sua obra, mas principalmente a questão de ele abordar a como a sífilis no cotidiano da sociedade que vivia na época colônia. Esse foi à problemática da minha pesquisa que foi a questão; Como era visto a doença da Sífilis no livro Casa-grande e senzala?; Tendo essa problemática, fiz uma pequena pesquisa sobre a existência de trabalhos na qual autores contemporâneos falam sobre a doença a partir da analise  do livro Casa-grande e senzala.

 O Objetivo desse artigo é que através de uma pesquisa feita, mostra as possíveis origens da sífilis, os nomes que são conhecidos, e como essa doença chegou as terras do novo mundo, no caso do livro Brasil, os tratamentos que existia e feito na época que o livro aborda para doença e os tratamento que hoje é utilizado para essa doença. O método que eu utilizei na minha pesquisa foi analise a partir  do livro Casa-grande e senzala de Gilberto Freire e de algumas produções contemporânea sobre o assunto que utilizaram o livro com fonte e dados atualizados sobre a Sífilis. A razão da utilização desse método foi à facilidade que eu tive de encontrar fontes e a possiblidade do curto tempo que tive para analisar e produzir a pesquisa.

SÍFILIS

História

Há duas teorias sobre a origem da sífilis. Uma defende que se trataria de uma doença americana trazida por Colombo ou seus sucessores da América para a Europa. A outra teoria é que a Sífilis seria uma doença antiga do Velho Mundo a qual sofreu mutações que a tornaram mais contagiosa no século XVI. A origem da sífilis não é conhecida, entretanto a doença pode ter sido documentada por Hipócrates na Grécia Antiga em sua forma terciária. Seria conhecida na cidade grega de Metaponto aproximadamente 600 a.C., e em Pompeia foram encontradas evidências arqueológicas nos sulcos dos dentes de crianças cujas mães estavam contaminadas.

Outros historiadores acreditam que o T. pallidum teria causado doenças cutâneas como a pinta e a framboesia em medievais na Europa, afecções as quais eram classificadas erroneamente como lepra. E que a bactéria teria, durante o século XVI, sofrido mutações convertendo-se no patógeno que causa a sífilis. De fato a sífilis surgiu repentinamente no século XVI, e os europeus não apresentavam resistência contra ela, morrendo em números consideráveis e apresentando sintomas abruptos e completamente diferentes dos observados hoje. Com a endemicidade da doença, ambos bactéria e ser humano teriam se adaptado um ao outro, dando surgimento gradual à sífilis da atualidade, moderada em relação aos séculos anteriores.

Sua transmissão entre soldados de vários exércitos, cursando com lesões de pele, fez com que surgissem os diversos nomes como "mal espanhol", "mal italiano", "mal polonês" etc. Originalmente, não havia nenhum tratamento efetivo para sífilis. O comum era tratar com guáiaco e mercúrio. Mas foi somente no século XX que efetivamente surgiu o tratamento para a sífilis. Em 1906 surgiu o primeiro teste efetivo para a sífilis, o teste de Wassermann. Embora tivesse baixa especificidade, foi considerado um grande avanço para o tratamento da sífilis. Com esta prova o diagnóstico era possível mesmo antes do aparecimento dos sintomas, permitindo a prevenção da transmissão da doença. Porém não provia cura para os infectados.

A partir do melhor entendimento sobre o curso da doença, um tratamento efetivo com cura tornou-se uma necessidade. Primeiramente, na década de 1910, foi escolhido o uso de drogas contendo arsênico - Salvarsan. Outra hipótese seria a malária; esperava-se que a intensa febre produzida pela malária fosse suficiente para exterminar a espiroqueta. Além disso, considerava-se preferível arcar com a contaminação por malária do que se submeter aos efeitos a longo prazo da sífilis.

Somente a partir da descoberta da penicilina e sua difusão depois da Segunda Guerra Mundial, os outros tratamentos passaram a ser obsoletos, e foi possível então a cura efetiva da sífilis. Em um dos episódios mais vergonhosos do século XX, de 1932 a 1972 em Tuskegee (cidade do Alabama, EUA), foi realizado um estudo sobre a sífilis. Num atentado contra a ética e a moral, um grupo de negros americanos permaneceu sem tratamento para que o curso da doença pudesse ser avaliado, mesmo com a existência de medicamentos efetivos. O polêmico estudo rendeu diversos artigos que foram publicados em renomadas revistas científicas. As questões sobre a ética do estudo foram denunciadas pela repórter Jean Heller do New York Times em 26 de julho de 1972 e em novembro de 1974 foi publicado o relatório final do estudo. Em 17 de julho de 1998, na revista científica Science, um grupo de biólogos reportou a sequência exata do genoma do Treponema pallidum.

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