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Trafico Negreiro

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Por:   •  19/11/2014  •  965 Palavras (4 Páginas)  •  234 Visualizações

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INTRODUÇÃO

José Bonifacio de Andrada e Silva, também conhecido como o “Patriarca da Independência” nascido em 1763, na cidade de Santos, estudou Ciências Naturais e Direito na Universidade de Coimbra, depois de 10 anos vivendo na Europa retornou para Portugal e em 1800 recebeu o titulo de Doutor em Filosofia, destacou- se também como Geólogo e Metalurgista [...]. Bonifacio foi presidente da junta governista de São Paulo em 1821 e posteriormente assessor e ministro de D. Pedro I. Tornou-se o Principal Organizador da Independência do Brasil com atuação destacada no processo constitucional. E foi tutor legal do infante, D. Pedro II por mais de 2 anos.

José Bonifacio estava vivenciando uma época de regeneração política, e acreditando assim que, poderia levar ante a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa suas idéias um tanto quanto inovadoras para os parlamentares. A proposta era: civilizar os índios, acabar com o comércio de escravos, abolir o tráfico negreiro, melhorar a vida dos cativos e promover a sua progressiva emancipação. Porém, para José Bonifacio, não seria uma tarefa fácil, pois, precisava convencer os Deputados, que este era o melhor caminho a seguir, para convencer os ingleses que o” Brasil caminhava rumo a Abolição”.

REPRESENTAÇÃO SOBRE A ESCRAVATURA

Na visão de Bonifacio, Os índios selvagens representava um obstáculo para a consolidação do território brasileiro e havia um grande debate sobre a forma de tratar a questão do indígena. Para os colonos a solução mais eficaz era o extermínio, já para os estadistas, como Bonifacio, civiliza -los e integra -los à sociedade como mão- de- obra era a alternativa mais sensata.Foi ai que José Bonifacio de Andrada e Silva, em 1823, elaborou sua representação sobre a escravatura, onde tentava inserir nas discussões da Assembléia Constituinte a necessidade de cessar a escravatura, por que assim o Brasil deixaria de correr o risco de não ter uma independência reconhecida por outras nações independentes. Por que a maior pressão para o fim da escravidão vinha da Inglaterra, e era isso que Bonifacio tentava mostrar apontando as necessidades do País: O açúcar inglês, produzido por homens livres, era mais caro que o brasileiro, produzido por escravos, enfrentando uma concorrência desleal.

A tarefa de José Bonifacio era convencer os donos de escravos de que era necessário por um fim ao trafico e ao mesmo tempo provar aos ingleses que o “Brasil caminhava Rumo a Abolição”, mesmo que para isto, na sua tentativa se valer-se dos argumentos morais, religiosos econômicos e nacionalistas. Para ele a escravidão do negro representava um pecado contra a humanidade, sustentado por aqueles que tentavam compartilhar cristianismo e escravidão.

Fundar um Estado Liberal e manter a escravidão tinha um caráter “antagônico” e o primeiro passo era acabar com o trafico negreiro. Por que a escravidão ainda dificultava o desenvolvimento da indústria, afinal com o trabalho escravo não havia possibilidade ou interesse de aprimorar as técnicas de cultivo e produção. A escravidão alimentava a indolência do brasileiro. Outra questão era que a escravidão estava diretamente ligada ao latifúndio que limitava a ocupação de outras áreas do País, dificultando a consolidação do território brasileiro. Sua proposta, não foi vista com bons olhos a primeira instância, mais alguns anos mais tarde o assunto foi retornado, mas sempre contrariando aqueles que não queriam mudanças.

Na realidade todos queriam mudanças, tanto Bonifacio como os parlamentares, e até mesmo o clero, todo tinham algo em comum, poderiam até acabar com os escravos, mas jamais acabar com o domínio dos menos favorecidos. Pois, antes de se preocupar com os índios e escravos todos estavam mais interessados em garantir a independência e a integridade do território, da igreja e do parlamento, na lógica geral acabar com

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