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COMO CONCILIAR AS NORMAS GRAMATICAIS E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA ÀS PRÁTICAS DE ENSINO EM SALA DE AULA

Artigos Científicos: COMO CONCILIAR AS NORMAS GRAMATICAIS E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA ÀS PRÁTICAS DE ENSINO EM SALA DE AULA. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  31/10/2013  •  9.714 Palavras (39 Páginas)  •  926 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Gramática Normativa e a práxis nas aulas de Língua Portuguesa. Conciliação de ambas não é tarefa fácil no cotidiano escolar. Temos como vínculo relacional a gramática porque temos uma carga de responsabilidade que é imposta pelo título de formação de Licenciatura plena de Ensino de Língua Portuguesa e suas respectivas literaturas. A garantia de que o ensino será estabelecido pelo educador é esperado pela escola. O PCN e OTM têm seus subsídios e informações que norteiam e contribuem no processo metodológico. Entretanto, temos variação linguística presente na linguagem cotidiana dos alunos e também nos textos produzidos por eles.

Sabemos que a linguagem coloquial ou para sermos mais específicos a linguagem não-padrão é própria do nosso dia-a-dia e por isso pode nos servir de meios que nos ajudarão a trabalhar melhor os conteúdos da língua portuguesa e mais especificamente a Gramática Normativa da Língua Portuguesa. Mostraremos as opiniões por diversos autores sobre a definição do que é gramática. Questionamentos mais profundos sobre ensinar idioma para aqueles que já falam esse idioma. Questões que pormenorizadas serão discutidas e nos indicarão apenas problemas de nomenclatura.

A (s) metodologia (s) dos professores nas salas de aula da nossa língua materna é uma prática tradicional em que a forma, os meios, os conteúdos e todos os demais recursos técnicos e tecnológicos são norteados pela gramática tradicional, excluindo as variações linguísticas, na oralidade e na produção textual de nossos alunos. Iremos nos deter às práticas textuais escritas porque são os meios avaliativos mais utilizados pelos professores. Apesar de que as marcas de oralidade é o primeiro contato linguístico que temos com todas as pessoas de um modo geral. Isto fica claro quando se diz, por exemplo, que, numa situação de oralidade, a expressão facial, os gestos e o tom da voz comunicam mais do que as palavras propriamente.

Iremos discutir aos conceitos sobre gramática, discorreremos sobre língua, linguagem e fala. Os processos psicológicos e ideológicos dos signos linguísticos. Faremos um breve resumo sobre os processos de aprendizagem, as capacidades cognitivas dos alunos, desde os primeiros anos de vida e de vivência escolar. São aspectos como estes que nos auxiliaram nesta reflexão.

Temos consciência de que as abordagens sobre o assunto não se concluem nesse trabalho. São variados os esforços acadêmicos que tratam deste tema. As metodologias e os processos de ensino e prática escolar estão evoluindo e crescendo para um aprimoramento. Desse modo, queremos contribuir nesse desenvolvimento. Nosso objeto de pesquisa não destacará questões sobre a educação no Brasil. O bom ou o mau funcionamento. Sabendo que este é um problema de complexidade extraordinariamente exorbitante. Como é um trabalho específico sobre questões e abordagens linguísticas apenas o professor e aluno serão os nossos únicos indicadores.

Tendo em vista todos esses pressupostos e demais embates citados no parágrafo anterior. Temos a linguística como um meio de transpor essas barreiras, preconceitos e mal-entendidos existentes entre os gramatiqueiros e até mesmo os linguistas extremos. O enfoque é a variação linguística e a gramática nas escolas e na práxis em sala de aula. Como conciliá-las será nosso intuito. Contanto, sabemos que esse círculo não se fecha em um trabalho acadêmico, seja ele feito, no interior do estado de Pernambuco, ou em Yale, Estados Unidos da América.

Desejamos contribuir para uma reflexão sobre o nosso método de ensino da língua para não nos determos aos esquemas já ultrapassando de como ensinar língua portuguesa sem nos depararmos apenas com a velha e boa gramática. Contudo, expô-la quando necessário e colocar ela no seu devido lugar. Teoria e prática tem que andar juntas. Não podemos desassociar o aluno, tenro, jovem ao classicismo inoperante em um mundo que ele não vive. Acreditamos ser possível conciliar ambos. É possível a eles se coadunarem. Cabe a nós professores de língua portuguesa termos um olhar sensível e sermos bons formadores tanto de leitores quanto de produtores de textos para que possam reconhecer tanto as literaturas clássicas quanto as marginais.

1. O QUE É GRAMÁTICA

A imposição ainda existente nos dias de hoje com respeito ao tema em destaque é fator negativo recorrente nas escolas, nas diversas mídias e na própria sociedade de modo geral. As discussões e questionamentos são presentes tanto por parte de leigos quanto especialistas na nossa língua materna. A norma culta está presente não só nos redutos das faculdades de formação de professores. Ela é de fato a gestora de toda e qualquer formação, seja ela de caráter formativo técnico à especialização teórico-prática em todas as vias de educação, desde a modalidade infantil ao doutorado. Acredita-se ainda que a manutenção e a vida de um idioma dar-se-ão pelo uso contínuo e presente de normas gramaticais. O uso da gramática, ou seja, às normas gramaticais são infligidas aos alunos desde cedo. O que deveria ser um meio tornou-se um fim em si. Apenas estudar gramáticas pela gramática. Isto é um círculo fechado. Não há um arcabouço, um esqueleto, um esquema o que existe é apenas um organismo unicelular chamado Gramática da Língua Portuguesa. O tema tem sua relevância não pelo uso que fazemos dela, mas pelo mau uso nas vias de acesso ao ensino do nosso idioma. Não levando em conta a liberdade da língua, linguagem e fala. Componentes presentes em todo e qualquer idioma.

Então, podemos dizer que há necessidade de relatarmos um breve conceito do que é gramática. (HOUAIS, 2001) define a gramática da seguinte forma:

Conjunto de princípios que regem o funcionamento de uma língua. - A gramática orienta como as palavras podem ser combinadas ou modificadas para que as pessoas possam comunicar-se com facilidade e precisão. Não é preciso que uma língua possua escrita para ser dotada de gramática. As línguas indígenas, por exemplo, embora sejam apenas faladas, têm seus próprios princípios de funcionamento.

A partir desta consideração a qual busca avaliar princípios e conceitos, e ao mesmo tempo desfaz a impressão de que gramática tem que ser algo que se balize ou necessariamente, os falantes sejam dependentes de uma gramática escrita como o autor referiu-se particularmente aos indígenas.

Ainda que inicialmente estamos partido apenas para conceitos básicos sem destaque a referenciais teóricos mais abstratos. Voltemos à história da Educação e às primeiras academias

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