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Clarice Lispector

Por:   •  25/4/2016  •  Bibliografia  •  1.676 Palavras (7 Páginas)  •  213 Visualizações

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1.0 Biografia

De acordo com o livro "Clarice uma história que se conta" escrito por Gotlib, Clarice tem mistura de russos, ucranianos e judaicos, seu nome na ucrania era Haia; nasceu durante a viagem em que a família estava vindo para o Brasil, em 10 de Dezembro de 1920 em Tchetchélnilk, na região Vínnitsia, na Ucrânia.

Sua família veio para o Brasil a procura de melhores condições de vida, por causa das dificuldades causadas pelo antissemitismo e o sonho de 'fazer a América'.Quando Pedro Lispector, pai de Clarice, saiu de Recife com as filhas para ir para o Rio de Janeiro já estava viúvo.

Sua mãe se chamava Marieta, suas irmãs se chamavam Elisa e Tania.

Quando sairam de Tchetchélnik seguiram viagem em direção a Odessa, para conseguir embarcar, mas visto que a cidade estava tomada, depois da Revoluçaõ de 1917 seria dificil uma embarcação, para chegar ao seu destino teriam de atravessar a fronteira Ucrânia, mas com dificuldade pois teriam de subordinar os guardas da fronteira. Poderiam sair do territóro russo atravessando a fronteira pelo rio Dniester, na Moldávia, em direção a Bucareste, passando por Kichinev e Galatz. Depois de conseguirem o passaporte russo, teriam seguido viagem para a Hungria, em direção a Itália, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, lugares onde saiam os navios para a América, num porto da Alemanha, Hamburgo, que embarcaram num navio em direção à América.

Quando a familia chegou no Brasil Pedro estava cm 37 anos, Marieta com 31, Elisa com 9, Tania com 6 e Clarice com 1.

Clarice foi matriculada no Ginasio Pernambucano, em Recife, em 21 de dezembro de 1931.

Existem duas traduções da certidão de nascimento de Clarice, com diferentes datas de nascimento uma com 10 de outubro de 1920 e a outra 10 de dezembro de 1920.

A primeira tradução do russo, traz o lugar de seu nascimento: Chechelinick, distrito de Olopolko, na Ucrânia e contém a data de seu nascimento 10 de dezembro de 1920.

Na segunda tradução contém o nome dos pais, Pedro e Marian, e o local de nascimento, mas com algumas alterações em relação com a outra tradução, talvez por causa do difícil registro dos sons da linha original: o lugar de nascimento é Zerneneck, distrito de Olopolis, data de nascimento é 10 de outubro de 1920, mas esse é o unico documeto em que aparece essa data e o nome da mãe como Marian, nos documentos seguintes aparece a data 10 de dezembro de 1920, por isso foi adotada essa data, e o nome de sua mãe aparece como Marieta.

Segundo consta na certidão de nascimento original expedida na Ucrânia e no passaporte coletivo da família expedido na Romênia, chama-se Haia, que em hebraico quer dizer "Vida", e devido a semelhanças fonéticas com Clara, surgiu a versão em protuguês: Clarice. O sobrenome vinha de gerações e gerações anteriores. O sobrenome conforme foram passando os anos foi perdendo algumas sílabas e se tranformou em Lispector.

Chegaram em Maceió onde tinham parentes, Clarice tinha 1 ano e 3 meses (março de 1922), ficaram lá por 3 anos; depois foram para recife, chegaram por volta de 1925 e Clarice tinha quase 5 anos.

Sua lingua materna foi o português, mesmo os pais e as irmãs sendo russos ela não falava russo, as pessoas achavam que ela tinha um sotaque estrangeiro mas isso porque sua língua era presa, em Buenos Aires perguntavam se ela era francesa pelo forma que dizia palavras com a letra R. Falava francês,inglês e espanhol

Quando chegou em Maceió Pedro trabalhou com o cunhado de mascate, mas o rendimento era pouco e o cunhado lhe ofereceu uma nova proposta para produzir sabão em uma pequena fábrica, mas não da certo também e Pedro vai para Recife à procura de um emprego melhor e a família fica esperando um sinal do pai para ir ao seu encontro.

Quando era criança passou por muitas necessidades, pois eram imigrantes e muito pobres.

Clarice repetiu o terceiro ano, pois Pedro a achava muito pequena para carregar os livros e não a deixou passar para o quarto ano.

Gostava de animais, quando era pequena teve um macaco e vários gatos, gostava de observar as galinhas tanto que sabia imita-las.

Em 1942 Clarice estava cursando a escola de Direito.

O processo de naturalização de Clarice iniciou-se em 1942 e foi entregue a Clarice em 16 de março de 1944.

Casou-se em 23 de dezembro de 1943 com Maury Gurgel Valente, diplomata, nascido em 22 de março de 1921, no Rio de Janeiro, filho de Mozart e Maria José Gurgel Valente. Depois de casada seu nome passou de Clarice Lispector para Clarice Lispector Gurgel Valente e se separou em 1959.

Teve um filho chamado Pedro, nome de seu pai.

Mesmo depois de casada vivia apertada de dinheiro, em 1976 foi convidada para fazer uma palestra em Recife no Bandape a convite do Banco de Desenvolvimento de Pernambuco.

Foi colaboradora da Agência JB em 1968. Teve outras profissões que não foram registradas em documentos mas em obras como, entrevistadora, colunista, cronista, contista, escritora, pintora, e não era profissional em nenhuma dessas áreas.

Não se pode acreditar em tudo que ela falava, pois por muitas vezes ela dissimulava e inventava, não se da para identificar com certeza o que é real e o que é ficção.

O nucleo familiar é um eixo fundamental em torno de seus textos.

A pratica do inventar outras ou de dramatizar-se em inumeras mascaras é a condição da própria produção ficcional de Clarice

O apego a cenários imaginários, com oscilações sofridas entre o universo da fantasia e o da triste realidade, sob a forma de histórias inventadas, sempre marcou o trajeto de Clarice. E ainda numa pré-história de sua arte, quando nem sabia ler e escrever.

A família tinha vocação para a arte e erudição: o pai gostava de ler, apreciava música, tinha tendência para matemática

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