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Comentários em torno da obra “Mar me quer”

Por:   •  30/8/2018  •  Resenha  •  3.597 Palavras (15 Páginas)  •  1.985 Visualizações

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Índice

Dados biográficos do Autor da obra        3

1. Introdução        4

2. Objectivo        4

3. Metodologia        4

4. Elementos da Narrativa        5

5. Reconto da obra        5

5.1. Interactividade        7

6. Comentários em torno da obra “Mar me quer”        8

6.1. Descrição:        10

Conclusão        12


Dados biográficos do Autor da obra

Mia Couto é pseudónimo de António Emílio Leite Couto, nasceu na cidade da Beira, a 5 de Julho de 1955. Filho de Fernando Couto, emigrante português, jornalista e poeta que pertencia aos círculos intelectuais de sua cidade. Com 14 anos, Mia Couto publicou seus primeiros poemas no jornal Notícias da Beira. Em 1971 deixou a cidade da Beira e foi para a capital Lourenço Marques, hoje Maputo, para ingressar no curso de Medicina, mas sem concluí-lo. A partir de 1974 passou a trabalhar como jornalista na Tribuna e no Jornal de Notícias. Em 1976, com a independência, tornou-se repórter e director da Agência de Informação de Moçambique. Foi jornalista da revista semanal Tempo, entre 1979 e 1981. Em 1983, publicou seu primeiro livro de poesias “Raízes de Orvalho”. Em 1985, abandonou a carreira de jornalista e ingressou no curso de Biologia, na Universidade de Eduardo Mondlane, com especialidade em Ecologia.

Em 1992, Mia Couto publicou “Terra Sonâmbula”, seu primeiro romance, escrito em prosa poética, onde compõe uma bela fábula passada no Moçambique pós-independência, mergulhado na devastadora guerra civil que se estendeu por dez anos. Em 1995, a obra ganhou o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos. O livro foi considerado, por um júri especial da Feira do Livro de Zimbabwe, um dos melhores doze livros africanos do século XX. Mia Couto escreveu poesias, contos, romances e crónicas. Entre suas obras se destacam: “Cada Homem é Uma Raça” em 1990, “Cronicando” em 1991, “Raízes de Orvalho e Outros Poemas” em 1999, “Mar Me Quer” em 2000, “Um Rio Chamado Tempo” em 2002, “O Fio das Missangas” em 2003, “Venenos de Deus, Remédios do Diabo” em 2008, “Tradutor de Chuvas” em 2011, “A Confissão da Leoa” em 2012 e “Mulheres de Cinza” em 2015.

Mia Couto é o autor moçambicano mais traduzido e divulgado no exterior e um dos autores estrangeiros mais vendidos em Portugal. Recebeu inúmeros prémios nacionais e internacionais, por vários dos seus livros e pelo conjunto da obra literária, entre eles: Prémio Vergílio Ferreira em 1999, pelo conjunto da obra, Prémio União Latina de Literaturas Românicas em 2007 e Prémio Camões em 2013. Como Biólogo, foi o responsável pela preservação da reserva natural da Ilha de Inhaca, em 1992. Realizou trabalhos de pesquisa em diversas áreas, especialmente em áreas costeiras. É director da empresa Impacto, que realiza avaliações de impacto ambiental. É professor da cadeira de Ecologia em diversas faculdades da Universidade Eduardo Mondlane.

1. Introdução

Mar me quer é uma história de três gerações de uma família narrada em oito curtos capítulos. Um romance neste caso. Retrata a história de Zeca Perpétuo e da Dona Luarmina. Zeca era então um homem já de certa idade, doente e apaixonado por Luarmina, esta por sua vez era uma velha gorda e feia e que não correspondia ao amor de Zeca apesar de sempre o tratar como um grande e bom amigo.

O texto é composto de oito (8) capítulos. Cada um deles é introduzido por um dos “ditos” do avô Celestiano, muitos deles supostamente baseados em provérbios da nação macua, uma das etnias mais antigas, ao norte de Moçambique. A obra escrita pelo autor moçambicano, Mia Couto se refere ao amor e todas as maneiras de senti-lo, não importando idade, razão, nacionalidade e qualquer fato que possa tornar esse sentimento real que vive no interior de cada ser, basta parar para senti-lo. Como a obra Mar me quer demonstra, o amor existe além dos actos, mas também a partir de cortejos, carinhos, companheirismo, e da fala através de histórias.

A acção é passada numa aldeia em Moçambique muito perto do mar, e pode-se dizer que é lá no mar, que toda a história começa. Ou seja, Zeca prometeu ao pai a quando a sua morte que iria todos os dias ao mar cuidar da sua amada supostamente morta, mais tarde Zeca descobre que essa mulher não morreu e que se trata de Luarmina, mas até lá esta história passa por todas as histórias de Zeca enquanto pescador.

2. Objectivo

  • Tendo como objectivo do estudo, pretende-se demonstrar o amor, além da forma que ele é conhecido por todos, analisando as metáforas existentes na obra.

3. Metodologia

Esse estudo foi feito a partir da leitura da obra Mar me quer tendo como base nas anotações e pesquisas feitas ao longo da leitura, ressaltando a relação do mar na vida dos personagens. 

4. Elementos da Narrativa

Narrador – quanto à presença: participante, porque conta a história na 1ª pessoa (eu/nós).

Personagens – principais: Zeca Perpétuo e Dona Luarmina, a vizinha.

Personagens – secundárias: avô Celestiano, Agualberto Salvo-Erro pai de Zeca.

Personagens – figurantes: Deus, padre Nunes, mãe de Luarmina já morta,

Caracterização das personagens – física: Zeca Perpétuo era um pescador “reformado do mar” porta-voz desta intensa história inventada em concordância com os ditos do avô Celestiano, pai de Agualberto Salvo-Erro (que perdeu o juízo e saiu de casa cego e louco quando o filho Zeca Perpétuo tinha cerca de oito anos). Dona Luarmina era uma mulher mulata, gorda.

Caracterização psicológica: Zeca Perpétuo era um pescador doente e apaixonado. Dona Luarmina, a vizinha de Zeca endoidava-se sempre com os dizeres de Zeca Perpétuo. Às vezes enlouquecia.

Acção central: Zeca Perpétuo, tenta conquistar sua vizinha, Luarmina, ele vai desfiando, a seu pedido, suas memórias, que ao final acabam entrelaçando-se na história dela, num enovelar de segredos entrançados que se vão sendo revelados ao mesmo tempo, durante a narrativa, ao leitor e ao narrador, resultando num desfecho surpreendente.

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