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Fichamento tema: Estética da recepção

Por:   •  19/6/2018  •  Resenha  •  1.783 Palavras (8 Páginas)  •  250 Visualizações

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Fichamento tema: Estética da recepção

Tipo: Artigo

Assunto: Estética recepção/recepção teatro

Localização: PDF Impresso

MASSA, Clóvis. Redefinições nos estudos de Recepção/Relação Teatral. Sala Preta, Brasil, v. 8, p. 49-54, nov. 2008. ISSN 2238-3867. Disponível em: . Acesso em: 25 apr. 2018. doi:http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v8i0p49-54.

p. 49

                                                                                           [pic 1]

                                                                                           - não apenas percebe,                   

  • Distinção recepção vs. Concretização: recepção     responsável pelo

                                               sentido

                               Precisou ser diferenciado da concretização [pic 2]

Concretização      cênica/ processo de interpretação 

                               Do leitor

  • Anos 80: estudos teatrais passaram a enfocar os processos de recepção
  • Noção abstrata e teórica de um espectador idealmente pensado foi substituída por um espectador de carne e osso
  • Busca de uma teoria específica da recepção teatral/ particularidades da arte teatral exigiram novo objeto de análise
  • Relação entre ator e espectador, uma das várias relações teatrais compreendidas dentro do processo produtivo-receptivo

p. 50

  • Últimas décadas – ideia de público enquanto entidade sociológica abstrata e homogênea cedeu lugar à noção antropológica de espectador.
  • Lineamentos desta nova teatrologia devem pressupor a experiencia estética não apenas como trabalho do espectador, mas considerá-la em seu caráter coletivo.
  • Teatralidade, acontecimento e convívio - termos para sanar a carência conceitual. A confusão com o termo concretização e experiência estética.
  • 2 tipos de estudos da recepção: 1) intenção de examinar a acolhida de certas obras por um grupo num determinado período. 2) investigar os processos mentais, intelectuais e motivos do espectador.
  • Para o 1) – teoria da concretização, forte influência. Resgate do conceito de concretização de Ingarden, esta retomada punha fim à intertextualidade ao substituir a imutabilidade do texto pela historicidade.
  • O conceito possibilitou compreender uma obra a partir de sua interação com o horizonte de expectativas = o sistema de referências ou esquema mental que um indivíduo emprega em seu processo de leitura, para investigar seus efeitos sobre o público
  • Teoria do efeito de Iser – trouxe maior liberdade, uma vez que antes as concepções teóricas consideravam haver uma maneira correta de apreender os sentidos subjacentes da obra

“acredita-se que o leitor após a leitura também continua a experimentar por conta própria a continuidade da história. A essa continuidade da narrativa no leitor Iser chama de Efeito estético”

A determinação do prazer estético como prazer de si no outro pressupõe, por conseguinte, a unidade primária do prazer cognoscente e da compreensão prazerosa, restituindo o significado, originalmente próprio ao uso alemão, de participação e apropriação. Na conduta estética, o sujeito sempre goza mais do que si mesmo: experimentase na apropriação de uma experiência do sentido do mundo, ao qual explora tanto por sua atividade produtora, quanto pela integração da experiência alheia e que, ademais, é passível de ser confirmado pela anuência de terceiros. (JAUSS, 1979, p.77).

  • Pavis – vinculou o circuito de concretização à dinâmica cultural em que o trabalho do espectador se realiza, ou seja, ao seu contexto social.[pic 3]
  • Propôs ideia de metatexto – conjunto de textos conhecidos pelo espectador ou pelo encenador e utilizados por ambos para a leitura do texto
  • Para Pavis – confrontação entre o metatexto do diretor e do espectador- nem sempre coincidentes – forma a concretização a encenação
  • “Mais do que um texto (cênico) junto ao texto dramático, o metatexto e o que organiza, desde o interior, a concretização cênica, o que não está junto ao texto dramático, mas, de alguma forma, em seu interior, como resultante do circuito entre significante, contexto social e significado do texto (1998, p. 100)
  • Texto em um outro contexto social – intercambio entre texto dramático e contexto social, infinitas leituras. - movimento jamais interrompido de re-significações.

p. 51

  • Níveis de relação teatral: recepção, leitura, hermenêutica e perspectiva
  • Perspectiva -traz como proposição de análise o modo como a obra se apresenta ao espectador, com multiplicidade de pontos de vista e de instâncias contraditórias.
  • Pavis chega a considerar a encenação como uma leitura em público, já que o texto dramático não tem um leitor individual, e sim uma leitura possível e coletiva proposta pela encenação.
  • Anne Ubersfeld e Marco De Marinis – procuram restabelecimento da dialética entre produção e recepção e chegam a dispensar a primazia do texto dramático
  • Círculo de Praga – reformulação – meio do desdobramento do conceito de concretização, para respeitar a particularidade da concretização cênica realizada pela encenação.
  • Segundo tipo de pesquisa sobre recepção teatral – investiga os processos mentais, intelectuais e emotivos do espectador, procura analisar as operações do espectador a partir de uma base coerente de dados experimentais.
  • Carência metodológica – verificada por De Marins como incompreensão de que a competência teatral deve ser
  • Competência teatral – “entendida como o conjunto de tudo aquilo (atitudes, capacidades, conhecimentos, motivações) que coloca o espectador em condições de compreender (no sentido mais amplo do termo) uma representação teatral” De Marins, 1997, p. 79
  • DM considera os níveis pelos quais o espectador passa durante – e após – a representação teatral como subprocessos que compõem o ato receptivo no teatro.
  • O modelo de percepção (DM) parte da teoria do espectador-implícito para entender como um espetáculo deixa margens de indeterminação que são articuladas pelo ponto de vista do espectador?
  • Psicologia cognitiva a que recorre enfatiza o papel individual do espectador e parece contradizer os parâmetros defendidos por ele mesmo a respeito da relação teatral.

p. 52

* percepção – olhar sujeito individualizado, nunca como experiência estética a que se tem acesso em uma ação coletiva

* Como experiencia da recepção é individual, mas a relação cena-sala em que se produz esta experiência é coletivo, Miguel Santagada acredita que seja possível “investigar os conteúdos da experiência em termos de uma concretização solicitada a vários espectadores de um mesmo espetáculo. E que, em razão de certas influencias coincidam aproximadamente na descrição que fazem - a instâncias da investigação – do mesmo espetáculo.” (Santagada, 2004, p. 27)  

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