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Linguística

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Por:   •  15/12/2014  •  Seminário  •  818 Palavras (4 Páginas)  •  198 Visualizações

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Objetivos

Ao final da disciplina, o aluno deverá ser capaz de:

• Identificar a Linguística como uma ciência da linguagem cujo

objetivo principal é estudo da língua como sistema;

• Reconhecer a Linguística como uma ciência empírica, que

parte da experiência para a teorização;

• Identificar a língua como objeto de estudo da Linguística, independente

da gramática;

• Distinguir a Linguística geral, ou teórica, da Linguística descritiva.

O que é Linguística

Recentemente, uma polêmica instaurou-se a respeito de um

tema pouco usual na mídia: o preconceito linguístico. Tudo

aconteceu em vista de uma notícia de autoria de Thais Arbex,

com o título Livro usado pelo MEC ensina aluno a falar errado, publicada

no site “colunista.ig.com.br”.

Essa reportagem e o livro motivaram tamanha discussão na mídia

e muita gente falou sobre esse tema. Caetano Veloso chegou a

escrever em seu blog que a polêmica foi motivada por gente como

linguistas, que estavam tentando ganhar dinheiro.

Texto de Caetano Veloso

Por uma vida melhor

Caetano Veloso, O Globo, 22/05/11

Quero ler o livro de Heloisa Ramos por inteiro.

Estou na Bahia gravando a voz de Gal com

Moreno no estúdio Ilha dos Sapos, de Carlinhos

Brown (que fica no Candeal, um bairro

com muitas características de favela, mas que

transpira tranquilidade e autoestima, o que se deve ao trabalho

da Timbalada de Brown na área): não tive tempo de

procurar o livro e estudá-lo. Fico com as notícias exageradas

da imprensa, que estamparam manchetes alarmistas sobre o

MEC ter aprovado uma cartilha que “ensina a falar errado”,4

e os artigos de Bagno e Possenti, os sociolinguistas que parecem

crer que a língua é viva hoje, mas que também parecem negar

que as normas vigentes são criação do povo (“o inventalínguas”)

através dos séculos.

Os linguistas estão certos ao denunciarem a açodada reação

dos jornais: estes tratam um comentário feito numa página como

se fosse a totalidade dos ensinamentos do livro. Mas os jornais

são jornais: têm de excitar, entusiasmar, fazer indignar- se seus

leitores, enquanto os informam. Não é absurdo que tenham tomado

o breve comentário como sintoma de um problema grande

que o livro pode representar. A pressa com que os sociolinguistas,

em atitude verdadeiramente esnobe, desqualificam os jornalistas

por conhecerem menos bem a norma culta do que eles

próprios sugere uma euforia de superioridade, um deslumbramento

de qualificação científica que mais aponta para uma vaidade

arrogante do que para o alegado pendor igualitarista. No

fim das contas, ouvimos ecos das odes ao português de Lula que

eram mantra da campanha petista (a qual começou faz décadas e

nunca terminou, nem mesmo com o metalúrgico cumprindo dois

mandatos e fazendo a sucessora), o que, por sua vez, remete aos

cargos distribuídos aos companheiros.

Não entendo que se queira ensinar Linguística ou sociologia

aos alunos de alfabetização. De qualquer idade. É auspicioso que

se informem os professores sobre as descobertas dessas disciplinas.

Mas ao aspirante ao letramento, quanto mais firmeza simples

melhor. Possenti está certo ao afirmar que ninguém precisa

ensinar quem diz “os peixe” a dizer “os peixe”. Ensinam-se as

regras de concordância da norma culta. A menção à legitimidade

da forma em que o plural se exprime

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