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Os Lusíadas

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Por:   •  17/7/2014  •  3.135 Palavras (13 Páginas)  •  898 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

ESCOLA DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS, LETRAS, ARTES E HUMANIDADES

LETRAS PORTUGUÊS - INGLÊS

LITERATURA PORTUGUESA

OS LUSÍADAS - LUÍZ VAZ DE CAMÕES

ALINE DOS SANTOS GOMES

BARBARA FONTES

MONIQUE ALMENDRO

RIO DE JANEIRO

OUTUBRO 2013

LUÍZ VAZ DE CAMÕES

OS LUSÍADAS - CANTO III E CANTO IV

A Obra

O poema épico Os Lusíadas, de Luíz Vaz de Camões, publicado em 1572 sob a proteção do Rei Dom Sebastião, tem como tema central a viagem de Vasco da Gama às Índias. As arriscadas viagens por mares desconhecidos, a descoberta de diversas pessoas, diferentes costumes, e o homem sendo sublimado como herói (navegador, soldado, aventureiro, cavaleiro e amante).

Com objetivo épico, o poema narra, as grandes navegações portuguesas, a história de Portugal, dinastias, heróis e batalhas vencidas, a conquista do Império Português, e através dos mares, o caminho para as Índias.

Os Lusíadas tem algumas partes essenciais, como a tradição clássica impõe a uma epopéia: Proposição que são as três primeiras estrofes, é a síntese do assunto, a apresentação do poema. Enfoca características fundamentais da obra: o caráter coletivo do herói, a valorização do homem (antropocentrismo), a sobrevivência do "ideal cruzada", a valorização da Antigüidade clássica, o nacionalismo (ufanismo), sintaxe rica e complexa.

Invocação das Tágides é o pedido de inspiração às musas. Camões elege como suas inspiradoras as Tágides, ninfas do rio Tejo, "nacionalizando" suas musas.

Dedicatória ao Rei Dom Sebastião. É como menino ainda, como dádiva de Deus, que Camões apresenta D. Sebastião na dedicatória. O jovem rei assumiu o trono aos 14 anos, e como a redação do poema consumiu mais de 12 anos, Camões não deixa de observar que ele é "novo no ofício".

Narração são duas ações históricas e uma ação mitológica que se alternam no poema. A narração de Os Lusíadas compreende três ações principais: a viagem de Vasco da Gama às Índias, a narrativa da história de Portugal e as lutas e intervenções dos deuses do Olimpo.

Inicia a narrativa no meio da aventura do herói, quando Vasco da Gama e os navegadores estão em pleno Oceano Índico, na costa leste da África, próximo ao Canal de Moçambique. Camões não narra o regresso a Lisboa.

Os futuros acontecimentos eram feitos por deuses, ou personagens que profetizavam, os acontecimentos anteriores são relatados por discursos dos protagonistas humanos. Nesses episódios históricos, mitológicos, proféticos, simbólicos, líricos, guerreiros e romanescos, Camões cita descrições de fenômenos naturais (a tromba marítima, o fogo-de-anselmo etc) e freqüentes dissertações poéticas sobre a moral, sobre a desconsideração de seus contemporâneos pela poesia, sobre o verdadeiro valor da glória, sobre a onipotência do ouro e da riqueza e sobre o destino de Portugal. É uma verdadeira enciclopédia de Portugal e do homem renascentista.

Epílogo contém as lamentações e críticas do poeta, suas exortações ao Rei Dom Sebastião e os vaticínios sobre as futuras glórias portuguesas. São as doze últimas estrofes do poema. Contrastando com o tom vibrante do início, o tom agora é de pessimismo, desencanto e de crítica à decadência do país e aos portugueses de seu tempo, esquecidos dos valores nacionais.

Enredo dos Cantos

Canto III

Após Camões invocar a inspiração de Calíope, musa grega da poesia épica, Vasco da Gama começa a contar ao rei Melinde a história de Portugal. Principia pela localização geográfica do país no mapa da Europa: estrofe 20 - “Eis aqui quase cume da cabeça / De Europa toda, o Reino Lusitano / Onde a terra se acaba e o mar começa / E onde Febo repousa no Oceano”. Fala das origens de Portugal, do primeiro herói, Viriato, o Pastor da Serra da Estrela, que resistiu à dominação romana.

Na Guerra de Reconquista, que os povos já cristianizados moveram contra árabes invasores, no século XII, surge o Reino de Portugal e a Primeira Dinastia, a Casa de Borgonha. O terceiro canto contém a história de todos os reis dessa dinastia, destacando-se seu fundador, Afonso Henriques de Borgonha vencedor da Batalha de Ourique, contra os árabes, ao lado de Egas Moniz, símbolo nacional de lealdade e honradez. Ainda sob a Dinastia de Borgonha, no reinado de D. Afonso IV, ocorre o episódio de Inês de Castro, aquela “que depois de ser morta foi rainha".

Nosso enfoque, porém, se dá a partir da estrofe 118 até 135. Camões no terceiro canto narra a história de Inês de Castro e Dom Pedro filho do Rei Afonso IV e da rainha Beatriz de Portugal. Naquela época era de costume a noiva pertencer ao reino de Castela e fazer parte da família real, foi assim que Dom Pedro conheceu sua futura esposa Constança e sua dama de companhia Inês de Castro. Ao ver Inês Dom Pedro se apaixona, porém a dama de companhia não poderia casar-se com ele, já que ela era de uma descendência bastarda do rei Sancho IV rei de Castela (não convinha ao reino manchar sua descendência).

Pedro se casou com Constança, mas mantia encontros escondidos com Inês. A corte na tentativa de afastá-los a enviou ao convento de Santa Clara a enclausurando por alguns anos, mesmo assim, através de um canal que passava por dentro do convento, Dom Pedro envia cartas de amor a sua amada com um barquinho feito de madeira. Com medo da reputação da coroa, o rei obrigou que a amante de seu filho fosse exilada no castelo de Alburqueque. Assim que Dona Constança morre (durante o parto do seu terceiro filho), Dom Pedro enfrenta seu pai e vai buscar sua amada, indo em seguida morar com ela ao norte de Portugal onde Inês gerou três filhos.

O rei receoso de que seus netos bastardos, futuramente tomassem o trono, e com a influência de seus conselheiros, chega a uma decisão. Sabendo da ausência de seu filho vai até Inês com mais

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