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Pai Contra Mãe de Machado de Assis

Por:   •  6/5/2019  •  Resenha  •  760 Palavras (4 Páginas)  •  227 Visualizações

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Pai contra mãe de Machado de Assis

        Este é um conto que tem de autoria de Machado de Assis, considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos. Ele foi um autor mulato, em que venceu as mais difíceis situações para que pudesse se torna um escritor.

Nascido no Rio de Janeiro, no ano de 1839.  Machado de Assis vivenciou o terrível tempo da escravidão brasileira, por ser de cor negra sofreu muito preconceito. Tornou-se órfão de mãe ainda jovem, foi criado por sua madrasta. Foi ainda, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, sendo o primeiro presidente dela.

Alguns críticos da literatura dividem as obras dele em duas fases, a primeira sendo mais romântica, em que suas obras tratam mais dos sentimentos, de relações amorosas. Enquanto a segunda, é considerada a fase realista, nesta, ele trata de assuntos do psicológico humano, tratam da mente do homem, suas vontades, necessidades, manias, qualidades e defeitos.

Este conto foi escrito em um contexto de escravidão, então nós podemos retirar desse texto uma crítica sociológica quanto à realidade que o povo negro, e a população pobre viviam. Podemos ainda, retirar um paradoxo na posição do personagem Cândido, pois este faz de tudo para se mantiver perto do filho e salva-lo da morte, exalta o amor pelo descendente. Porém, sem hesitação permite que uma mãe seja separada de sua cria, indo de contra ao princípio de amor por um filho que ele luta.

Pai contra Mãe é um conto narrado em terceira pessoa no qual narra à história de um homem caçador de escravos conhecido como Candido Neves. A luta pela sobrevivência leva Candido a perseguir a escrava Arminda que havia fugido até captura-la e entrega-la a seu dono. A historia acontece no Rio de Janeiro no tempo do império, mas o tema abordado é a escravatura período de pobreza para uns e riquezas para outros, além de muito trabalho para os negros que eram tratados como mercadorias.

A escravatura foi uma forma adotada para se ter uma mão de obra boa e barata, todos os grandes barões do café e da cana de açúcar no Brasil disponibilizavam dessa “ferramenta”, a escravatura durou desde o período colonial até pouco antes do final do Império. Machado vivenciou esse acontecimento. E como o autor escreve sobre seu tempo Machado escreveu esse conto para enfatizar a miséria e a desigualdade, ou melhor, não deixa de ser uma critica a escravidão e aos ricos do momento.

Machado de Assis participou da abolição da escravatura, porém, nesse período de libertação dos escravos, houve retenção por parte dos senhores, não foram todos que de imediato cumpriram com a lei. A obra que nos foi proposta retrata minuciosamente a apropriação do homem branco sobre os negros, tratando-os como simples objeto de trabalho, e um meio para torna-los ricos. É perceptível o mundo capitalista que vivem, sendo o principal comércio a mão de obra dos negros.

A sociedade tinha os negros como os piores serem existentes, isso quando se quer os viam como seres humanos. Logo no início do texto, o narrador descreve uma situação digna de repúdio: a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Ou seja, o tratamento com os de pele escura não devia ser piedosa, mas sim cruéis, eles não aprenderiam se não pela dor.

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