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Processo profundo de instalação de uma criança em uma aula para crianças

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Por:   •  4/6/2014  •  Resenha  •  520 Palavras (3 Páginas)  •  233 Visualizações

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Processo de inserção da criança surda em classe de crianças ouvintes

Desde pequenas, as crianças surdas enfrentam dificuldades de aprendizado, pois em sua imensa maioria, são provenientes de famílias de pessoas ouvintes que desconhecem a Língua de Sinais. Dessa forma, o conhecimento dessas crianças é prejudicado, tendo em vista que são educadas somente na língua de pessoas ouvintes, e muito conteúdo acaba passando desapercebido.

Com relação às escolas, há uma política de integração do aluno surdo com os alunos ouvintes, porém, o que se observa é que não existe uma preocupação com as necessidades especiais deste aluno. Para aprender, o aluno acaba tendo que ler lábios e se comportar como uma criança que ouve. Novamente isso prejudica seu aprendizado.

Para tentar minimizar este problema, surge a proposta da abordagem bilíngue. Essa, visa a inserção do aluno surdo no ensino regular, com as aulas ministradas através de Língua de Sinais e o Português, e considera que o aluno terá acesso a conhecimentos de forma que possa trabalhá-lo nas duas línguas. Mas a inserção do aluno surdo em classe de alunos ouvintes, contudo, não leva em consideração que a língua dos surdos não é conhecida pelos colegas e professores. Portanto, mais que incentivar a integração desses alunos, deve-se, antes de tudo, prever os recursos básicos necessários para que esta integração seja eficaz. Além disso, a abordagem bilíngue enfrenta dificuldades como falta de professores surdos habilitados em Libras, preconceito com a Língua de Sinais e dificuldade de aceitação da comunidade surda pelos demais cidadãos.

Há autores que defendem a política de integração, dizendo que ela favorece a comunicação oral e a adaptação da pessoa surda com a sociedade. Eles consideram que essa política trata o diferente como igual, pois o insere no ambiente que é amplamente dominado por ouvintes. Já existem aqueles que são contra, pois dizem que isso desmereceria a Língua de Sinais e desconsideraria as peculiaridades culturais do aluno surdo, além do despreparo dos professores para atendê-los.

Uma das soluções propostas é a inserção de um intérprete de Língua de Sinais na sala de aula, que favoreceria o aprendizado da criança surda, fazendo com que ela adquira novos conhecimentos, porém deixando o professor livre para ministrar sua aula, como de costume. Isso valorizaria a língua dos surdos e faria com que o aluno se desenvolvesse mais adequadamente. Contudo, a presença de um intérprete em sala de aula, nem sempre significa aprendizado completo. Às vezes, uma atividade que é dada a uma criança ouvinte, não faz sentido para uma criança surda, a forma com que o professor trabalha o conteúdo pode não ser motivadora para esse aluno.O professor deve, então, repensar sua metodologia de aula, de forma a incluir todas as crianças. Veja-se, por exemplo, na leitura de uma história. Os personagens só vão fazer sentido para a criança surda se ela tiver conhecimento prévio sobre o que se trata. Deve-se introduzir o assunto anteriormente, explicando-se ou mostrando material visual. Da mesma forma, as tarefas para serem feitas em casa, têm que fazer sentido. O professor deverá ater-se a esses detalhes para ajudar no desenvolvimento educacional pleno desse aluno surdo.

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