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Semantica

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Por:   •  13/9/2014  •  1.521 Palavras (7 Páginas)  •  840 Visualizações

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Passo 1: As frases seguintes são expressões idiomáticas da língua portuguesa e, portanto, são utilizadas no sentido figurado. Explique o que cada uma delas significa:

Arregaçar as mangas:

Descascar o abacaxi:

Enfiar o pé na jaca:

Pensar na morte da bezerra:

Pendurar as chuteiras:

Passo 2: Leia a piada abaixo, prestando atenção aos sentidos literal e figurado de palavras e expressões e responda as questões que se seguem.

O bêbado estava sentado em um velório, ao lado do caixão do falecido, quando chega uma senhora ao lado e diz:

- Coitado, morreu igual um passarinho!

Mais tarde chega uma pessoa perto do caixão e pergunta ao bêbado:

- Como foi que ele morreu?

O bêbado diz:

- Deram uma estilingada nele!

A causa do humor está na interpretação de uma expressão da piada, que pode ser considerada em seu sentido literal e em seu sentido figurado.

Qual é essa expressão?

Na piada, ela está sendo usada em sentido literal ou figurado?

O que ela significa?

A resposta do bêbado mostra que ele entendeu essa expressão:

Em seu sentido literal ou figurado?

Que resposta ele poderia ter dado caso tivesse entendido a expressão em seu outro sentido?

Passo 3: Se entendermos a expressão “morreu como um passarinho” como estando em seu sentido figurado, reconhecemos a atuação de um dos processos analógicos aprendidos na Aula-tema 3.

Qual é esse processo?

Analise cada componente dessa expressão, comprovando o processo analógico que você apontou no item a.

Dica: Utilize o template disponibilizado (Clique Aqui ), para organizar suas respostas e reflexões e, posteriormente, apresentá-las no AVA.

Passo 4: Poste para o seu tutor a Atividade na data indicada.

ão imaginamos alguém oferecendo voluntariamente seu braço para que alguém o torça, ou alguém retirando da chuva um cavalo pequeno que esteja se molhando, ou alguém que, em vez de lebre, esteja comprando um gato. Do primeiro enunciado, entenderemos que alguém não irá, por exemplo, reconhecer seus erros, ou ceder a alguma pressão ou pedido. Do segundo, entenderemos que alguém deve desistir ou deixar de ter esperança em relação a algum fato. Do terceiro, que em uma apuração de desvio de verbas envolvendo políticos, ninguém será punido ou indiciado.

Somos capazes de atribuir esses sentidos a essas expressões já que, no contexto em que são ditas, não há elementos capazes de sustentar outra significação. Num contexto de luta de braço, por exemplo, até seria possível imaginar um sentido diferente para o enunciado 1, estritamente ligado à situação. Essas diferenças de interpretação relacionam-se ao sentido literal e ao sentido figurado, também chamados de denotativo e conotativo, respectivamente.

O sentido literal, portanto, relaciona-se ao sentido original, impessoal, tal como aparece geralmente na primeira acepção do dicionário, um sentido mais “livre” de contexto. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação – de uma palavra, expressão ou frase.

O sentido figurado, por sua vez, relaciona-se ao significado ampliado de uma palavra, deixando de apresentar apenas a noção ou ideia básica inicial. O sentido figurado ou conotativo – a conotação – remete a novos conceitos e imagens, por meio de associações que o contexto ou situação propicia.

Vimos, como na linguagem cotidiana, é comum a exploração do sentido conotativo, pois ele é útil para expressar opiniões, emoções, impressões sobre fatos de nossa realidade. A linguagem poética, presente não só na poesia, como também na música, faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num trabalho contínuo de criar ou modificar o significado. Leia o trecho da música Cálice, de Chico Buarque, composta no período de grande terror que representou a Ditadura Militar no Brasil entre os anos 60 e 70. Na época, compositores militantes compunham músicas com sentido figurado para expressar sua contrariedade e inconformismo com o sistema. Muitos deles tiveram suas músicas censuradas. Cálice foi uma delas.

Pai, afasta de mim esse cálice

Pai, afasta de mim esse cálice

Pai, afasta de mim esse cálice

De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga

Tragar a dor, engolir a labuta

Mesmo calada a boca, resta o peito

Silêncio na cidade não se escuta

Sérgio Soeiro1, em 18 de setembro de 2009, fez uma consistente e bem fundamentada interpretação dos sentidos conotativos encontrados nessa música. Veja o que ele diz:

Pai, afasta de mim esse cálice → Sintetiza uma súplica por algo que se deseja ver à distância. Boa parte da música faz uma analogia entre a Paixão de Cristo e o sofrimento vivido pela população aterrorizada com o regime autoritário. O refrão faz uma alusão à agonia de Jesus no calvário, mas a ambiguidade da palavra “cálice” em relação ao imperativo “cale-se”, remete à atuação da censura.

De vinho tinto de sangue → O “cálice” é um objeto que contém algo em seu interior. Na Bíblia esse conteúdo é o sangue de Cristo, na música é o sangue derramado pelas vítimas da repressão e torturas.

Como beber dessa bebida amarga → A metáfora do verso remete à dificuldade de aceitar um quadro social em que as pessoas eram subjugadas de forma desumana.

Tragar a dor, engolir a labuta → Significa a imposição de ter que aguentar a dor e aceitá-la como algo banal e corriqueiro. “Engolir a labuta” significa ter que aceitar uma condição de trabalho subumana de forma natural e passiva.

Mesmo calada a boca, resta o peito → Os poetas afirmam que mesmo a pessoa

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