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Texto histórico como resultado da transição do discurso para a escrita

Resenha: Texto histórico como resultado da transição do discurso para a escrita. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/8/2014  •  Resenha  •  356 Palavras (2 Páginas)  •  349 Visualizações

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Neste trabalho procuramos levantar algumas questões em torno do texto histórico enquanto resultado da passagem da fala para a escrita e as possíveis alterações sofridas na transmissão dos registros dos eventos passados, que circulam de um código a outro, de um significado a outro. Ao final, a proposta é chamar a atenção para a questão da leitura, interpretação e compreensão dos textos históricos quando consideramos algumas observações levantadas por linguistas, particularmente observando as posições de Luiz Antônio Marcuschi e suas contribuições para o debate da passagem da fala para a escrita, e alguns mais ligados ao campo da hermenêutica, aqui percebidas a partir de Paul Ricoeur e suas reflexões a partir de uma teoria da interpretação.

Palavras-chaves: texto histórico, discurso, interpretação, hermenêutica.

historiador, desde sua formação inicial, passando pelo seu percurso no campo de pesquisa histórica e que desemboca no seu fazer historiográfico tende a ver o texto histórico como um documento escrito que abriga informações senão verídicas e/ou pelo menos aproximadas dos fatos do passado. Entretanto, tais documentos em geral são provenientes do processo de transcrição da fala para a escrita pelos personagens do passado, resultando num texto histórico que sofreu alterações entre os sentidos que possuía com a fala (que se dá num campo de possibilidades dialógicas) e o novo sentido que adquire com a escrita (tornando-se discurso fixado). Temos aqui uma importante questão a refletir em torno de nossos textos históricos ou documentos escritos que merece uma discussão, visto que tais questões passam despercebidas a muitos historiadores no seu ofício de escrita da história.

Muito já se falou dos limites do texto histórico enquanto documento principal do trabalho do historiador, evoluindo-se para a ampliação e diversificação dos documentos históricos. No séc. XIX, o documento era sobretudo o texto. Mas, já na época, Fustel de Coulanges “sentia os limites desta definição” e, em 1862, na Universidade de Estrasburgo, passou a defender que “onde faltam os monumentos escritos, deve a história demandar às línguas mortas os seus segredos... Deve escrutar as fábulas, os mitos, os sonhos da imaginação... Onde o homem passou, onde deixou qualquer marca da sua vida e da sua inteligência, aí está a história”.II

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