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Uma Elegia para o Cânone

Por:   •  20/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  866 Palavras (4 Páginas)  •  744 Visualizações

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Uma Elegia para o Cânone

Originalmente, o Cânone significava a escolha de livros nas instituições de ensino.

Resenhar livros ruins, segundo W. H Auden faz mal ao caráter. Ler os melhores escritores vai nos tornar melhores cidadãos. Conforme Oscar Wilde, a arte é inteiramente inútil, ainda diz que toda poesia é sincera, palavras endossadas por Bloom.

O poema de posse do Presidente Clinton, de Maya Angelou, obra elogiada pelo New York Times, juntando a todas as outras obras canônicas.

A arte e a paixão de ler bem e em profundidade, que era a base, dependia de pessoas que eram leitoras assíduas desde crianças

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O estético na opinião de Bloom, é uma preocupação mais individual que social.

A crítica literária é uma arte antiga, segundo Bruno Sell, foi inventada por Aristófanes. A crítica cultural é mais uma triste ciência social, mas a crítica literária, como uma arte, sempre foi e sempre será um fenômeno elitista.

O cânone tinha um relacionamento entre leitor e escritor, era uma lista de livros de estudos obrigatórios, que será visto como literária Arte da Memória, e não ao sentido religioso da palavra. A memória é sempre uma arte, mesmo quando atua involuntariamente.

Para Bloom, o interessante é a fuga ao estético. Para Freud, fuga é metáfora para repressão, para esquecer inconsciente, mas proposital. Longinus, diria que os ressentidos esqueceram o prazer, Nietzche chamaria de sofrimento.

O estético reduziu a ideologia, um poema não pode ser lido como um poema, mas como um documento social, uma tentativa de superar a filosofia. A meta é preservar a poesia plena e pura. Nossas tradições sempre estiveram em fuga do estético: moralismo platônico e ciência social aristotélica.

Freud definiu que nós temos expectativas ansiosas, uma obra literária também desperta expectativas que precisa cumprir, senão deixará de ser lida.

O conceito de imortalidade de uma obra acha-se em Petrarca e é desenvolvido por Shakespeare em seus sonetos. Dante na Divina Comédia classificou tudo, não secularizou nada. Para ele, seu poema era profecia.

O cânone secular significava um catálogo de autores aprovados, com início em meados do século XVII, o cânone, palavra religiosa em sua origem, tornou-se uma escolha entre textos que lutam pela sobrevivência.

Uma teoria de formação do Cânone é apresentada por Alastair Fowler, no livro Kinds of literature (tipos de literatura), Fowler observa que as “mudanças no gosto literário podem estar relacionadas a reavaliações de gêneros que tias obras representam”. Em cada era, alguns gêneros são tidos como mais canônicos que outros.

Os que se opõem ao Cânone insistem em que sempre haverá uma ideologia envolvida em sua formação; vão ainda mias longe e falam de uma ideologia de formação do cânone. Estabelecer ou perpetuar um cânone é um ato ideológico em si. Um exemplo de anticanonizadores é Antônio Gramsci. Bloom classificou como a pior das épocas para a crítica literária, não achou relevante a restrição de Gramsci.

A originalidade é o grande escândalo que o ressentimento não consegue aceitar, e Shakespeare continua sendo o escritor mais original que um dia conheceremos.

Toda originalidade literária forte se torna canônica.

Só existem poucas obras que parecem ainda mais essenciais ao Cânone Ocidental que Paraíso Perdido, de Milton-as grandes tragédias de Shakespeare, Caterburry Tales [Cantos de Catuário] de Chaucer, a Divina Comédia de Dante, a Torá, os Evangelhos, Dom Quixote de Cervantes, os épicos de Homero.

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