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AULA IDEAL

Por:   •  18/8/2015  •  Seminário  •  1.567 Palavras (7 Páginas)  •  9.224 Visualizações

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Índice

1. Introdução        

2. Aula ideal        

3. Conclusão        

Referências bibliográficas        

        


1. Introdução

O presente trabalho trás no seu escorrer o tema "Aula ideal".

Uma aula ideal é aquela que usa métodos que favoreçe o protagonismo dos estudantes, facilita e estimula a interacção dos estudantes entre si e com o professor. O professor numa aula ideal assume  papel de facilitador da aprendizagem e não de “enciclopédia ambulante” e ao mesmo tempo ajuda os estudantes a usufruir do seu direito de participação (enquanto direito do homem e mulher).

A aula ideal adopta o estilo de educação democrática, pois os alunos interagindo com seus colegas fazem a experiência de negociação de ideias, de renuncia das próprias ideias, para aderir as ideias dos outros quando è necessário, valorizando assim a complementaridade e sentirem-se sujeitos activos e responsáveis do próprio processo de aprendizagem.


2. Aula ideal

As aulas, como forma de organização do ensino, podem ser vista na forma de série que vai desde as estruturalmente simples até as complexas; nas aulas mais complexas se incluem unidades estruturais mais simples” (DANILOV e SKATKIN, 1984, p. 245).

Uma aula é assim, uma operação docente, processo nuclear, que possibilita a concretização do desenho curricular e a dinâmica do ensino, estruturada, essa operação, com quatro elementos básicos que permitem a configuração dos princípios didácticos: o objectivo, o conteúdo, a táctica e o controle.

Naturalmente, como toda operação docente, se dará em tempo e espaço. Mas esse tempo e esse espaço dependerão das características da docência que demarcarão seus limites.

Cada professor tem seu próprio estilo de desenvolver ou executar as operações didácticas denominadas aulas. A efectividade de cada uma dela depende da criatividade do docente. Não obstante, exista essa flexibilidade e diversidade de tipos e formas de desenvolver cada aula, existe em qualquer aula uma estrutura mínima sistemática que a define como tal. Essa estrutura interna de cada aula deve fluir em correspondência ao sistema de aulas envolvidas dentro da docência.

A aula, como momento planejado e organizado do ensino traz consigo características que requerem do professor a necessidade de sistematização de seu trabalho junto aos alunos, pois é preciso definir os objectivos que se pretende atingir, pensar sobre os problemas e desafios que devem ser superados no momento da aula, as características dos grupos de alunos a que essa aula se destina, os conhecimentos que serão desenvolvidos, os recursos didácticos a serem seleccionados, enfim trata-se de um processo amplo, que terá sua concretização no encontro com os educandos. (ZANON & MENDES, 2009)

A aula depende em grande medida do tratamento que ocorre entre professores e alunos, seja considerando a assimetria a simetria, a verticalidade a horizontalidade, desses determinantes de tratamento resultam a disciplina/indisciplina, interesse/desinteresse. Isso se relaciona com o que Freire acentuou “[...] o bom professor é o que consegue enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio [...]” (1996, p.96).

De acordo com Libâneo, em qualquer tipo de aula, deve existir a preocupação de verificação das condições prévias, bem como de orientação dos estudantes para a consecução dos objectivos previstos, de consolidação e de avaliação. Além disso:

Conforma o tipo de aula, a matéria, os objectivos e conteúdos (estudo de assunto novo, formação de habilidades, discussão, exercícios, aplicação, de conhecimentos etc.), escolhe-se o método de ensino, dentro das variações de cada um. Nos métodos expositivo e de elaboração conjunta, os alunos estão ocupados ao mesmo tempo com o mesmo assunto. No método de trabalho relativamente independente, a tarefa escolar se concentra no trabalho silencioso dos alunos; a tarefa pode ser igual para todos ou diferenciada para alguns; assegura um acompanhamento mais de perto dos alunos, conforme seu ritmo de aprendizagem. No método de trabalho em grupo, os alunos resolvem em conjunto uma tarefa, possibilitando a orientação e ajuda entre professor e alunos, bem como alunos-alunos (LIBÂNEO, 2008: 191-192).

A aula ideal é aquela que utiliza métodos de aprendizagem centrados  no estudante. Isto significa que as aulas são adaptadas às necessidades de aprendizagem dos estudantes, os tópicos são pertinentes para a vida e o professor usa métodos participantes. Na aula ideal os alunos trabalham juntos e exploram o tópico.

A aula ideal oferece a possibilidade de organizar de distintas maneiras o trabalho com os estudantes. Numa aula ideal, é recomendável trabalhar com todos os alunos da classe ao mesmo tempo, outras vezes é recomendável que o professor trabalhe com os estudantes separados em pequenos grupos.

O trabalho em grupo se manifesta quando o professor separa aos estudantes da classe em pequenos grupos ou equipes de trabalho e lhes atribui determinada tarefa. A função do professor, neste caso, consiste em orientar, sugerir, corrigir aos alunos na realização da tarefa. Os alunos, por sua vez, trabalham colectivamente. As tarefas atribuídas podem ser iguais para todos os grupos ou diferentes. No primeiro caso, o professor procura que todas as equipes, ao realizar a mesma tarefa, cheguem a conclusões iguais.

A organização do trabalho em grupos de alunos, ao permitir a solução colectiva das tarefas, adquire um grande valor educativo, pois favorece a formação de hábitos de colaboração, ajuda mútua e autocontrole. Além disso, essa forma de trabalhar estimula o interesse tornando a aprendizagem mais efectiva, dado que a busca colectiva os estudantes aplica, seus conhecimentos em novas situações.

Para Doug Lemov, os processos de ensino e aprendizagem são mais eficientes se os alunos se enxergarem dentro de um ambiente notoriamente académico, voltado essencialmente à actividade escolar.

O trabalho grupo oferece ao aluno a oportunidade de estabelecer troca de ideias e opiniões, desenvolvendo as habilidades necessárias à prática da convivência com as pessoas.

Numa aula o trabalho em grupo colabora para:

  • Completar, fixar e enriquecer conhecimentos;
  • Enriquecer as diferenças individuais;
  • Desenvolver a capacidade de liderança e aceitação do outro;
  • Desenvolver o senso critico e a criatividade;
  • Desenvolver o espírito de cooperação.

PILETTI (2004: 116), estabelece alguns papeis que os alunos podem desempenhar no grupo para facilitar o desenvolvimento do trabalho.

  • Papel de coordenador - orienta e controla a acção do grupo tendo em vista os objectivos.
  • Secretario: regista o plano de trabalho a ser desenvolvido, as ideias apresentadas em relação ao assunto e as conclusões.
  • Relator: lê e apresenta as conclusões do grupo ao professor e aos colegas.

Ainda segundo este autor, o trabalho em grupo desenvolve-se em três etapas, que são:

  • Planejamento: os alunos determinam os objectivos a atingir, apontam alternativas para a acção a desenvolver, prevêem os recursos a utilizar e definem os papeis de cada elemento do grupo.
  • Acção do grupo: executa-se a acção planeada através dos seguintes passos:
  1. Colecta de dados e material - cada aluno procura colectar dados e matérias relativos ao assunto e estudo. Esse trabalho pode ser feito na escola, em casa ou através de excursões, visitas e entrevistas.

O professor deve estimular os alunos a pesquisar em diversas fontes: livros, revistas, enciclopédias, etc.

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