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Alfabetização

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Por:   •  10/7/2013  •  Tese  •  7.269 Palavras (30 Páginas)  •  356 Visualizações

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FACULDADE BRASILEIRA – FABRA

LUZIA DAS CHAGAS FERREIRA SILVA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

(Artigo Científico)

ESPERA FELIZ – MG

2013

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Luzia das Chagas Ferreira Silva

(Autora do Artigo)

Marcelo Cloteguer Campinhos

(Orientador)

RESUMO

O artigo a seguir visa demonstrar a importância da alfabetização e aquisição do código da escrita e da leitura. Isso se faz pelo domínio de uma técnica: grafar e reconhecer letras, usar o papel, entender a direcionalidade da escrita, pegar no lápis, codificar, estabelecer relações entre sons e letras, de fonemas e grafemas; a criança perceber unidades menores que compõem o sistema de escrita (palavras, silabas, letras)

Se, no início da década de 80, os estudos acerca da psicogênese da língua escrita trouxeram aos educadores o entendimento de que a alfabetização, longe de ser a apropriação de um código, envolve um complexo processo de elaboração de hipóteses sobre a representação linguística; os anos que se seguiram, com a emergência dos estudos sobre o letramento, foram igualmente férteis na compreensão da dimensão sociocultural da língua escrita e de seu aprendizado. Em estreita sintonia, ambos os movimentos, nas suas vertentes teórico-conceituais, romperam definitivamente com a segregação dicotômica entre o sujeito que aprende e o professor que ensina. Romperam também com o reducionismo que delimitava a sala de aula como o único espaço de aprendizagem.

Reforçando os princípios antes propalados por Vygotsky e Piaget, a aprendizagem se processa em uma relação interativa entre o sujeito e a cultura em que vive. Isso quer dizer que, ao lado dos processos cognitivos de elaboração absolutamente pessoal (ninguém aprende pelo outro), há um contexto que, não só fornece informações específicas ao aprendiz, como também motiva, dá sentido e “concretude” ao aprendido, e ainda condiciona suas possibilidades efetivas de aplicação e uso nas situações vividas. Entre o homem e o saberes próprios de sua cultura, há que se valorizar os inúmeros agentes mediadores da aprendizagem (não só o professor, nem só a escola, embora estes sejam agentes privilegiados pela sistemática pedagogicamente planejada, objetivos e intencionalidade assumida).

Palavras-chave: Alfabetização; Letramento; Práticas Pedagógicas; Simbologia da grafia; Criança.

INTRODUÇÃO

Apesar dos esforços despendidos para melhorar a educação no Brasil, a escola pública, hoje, ainda é alvo de muitas críticas nas suas práticas didáticas e nos resultados de aprendizagem dos alunos. Também têm sido considerados altos os índices de crianças que frequentam a escola e que, concluindo o primeiro ciclo do Ensino Fundamental, não se apropriam da escrita alfabética. As razões para esse quadro de insucesso dos alunos na aquisição e desenvolvimento de duas das mais importantes capacidades de uso da linguagem (leitura e escrita) têm sido objeto de vários estudos. No entanto, o principal problema é que nas abordagens de avaliação das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita inexiste um modelo teórico consistente dos processos de identificação dessas dificuldades. Nesse contexto, tentando contribuir de alguma forma para a compreensão desse fenômeno que ocorre em nossas escolas, a proposta deste estudo foi traçar um quadro teórico acerca das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita, demonstrando de que forma a utilização de práticas e metodologias diferenciadas pode contribuir para amenizar essas dificuldades na fase de alfabetização.

No início da década de 80, os estudos acerca da psicogênese da língua escrita trouxeram aos educadores o entendimento de que a alfabetização, longe de ser a apropriação de um código, envolve um complexo processo de elaboração de hipóteses sobre a representação linguística; os anos que se seguiram, com a emergência dos estudos sobre o letramento, foram igualmente férteis na compreensão da dimensão sociocultural da língua escrita e de seu aprendizado. Em estreita sintonia, ambos os movimentos, nas suas vertentes teórico-conceituais, romperam definitivamente com a segregação dicotômica entre o sujeito que aprende e o professor que ensina. Romperam também com o reducionismo que delimitava a sala de aula como o único espaço de aprendizagem.

Reforçando os princípios antes propalados por Vygotsky e Piaget, a aprendizagem se processa em uma relação interativa entre o sujeito e a cultura em que vive. Isso quer dizer que, ao lado dos processos cognitivos de elaboração absolutamente pessoal (ninguém aprende pelo outro), há um contexto que, não só fornece informações específicas ao aprendiz, como também motiva, dá sentido e “concretude” ao aprendido, e ainda condiciona suas possibilidades efetivas de aplicação e uso nas situações vividas. Entre o homem e o saberes próprios de sua cultura, há que se valorizar os inúmeros agentes mediadores da aprendizagem (não só o professor, nem só a escola, embora estes sejam agentes privilegiados pela sistemática pedagogicamente planejada, objetivos e intencionalidade assumida).

A AQUISIÇÃO DO CÓDIGO DA ESCRITA E DA LEITURA PELA CRIANÇA

Ao longo das últimas décadas, têm-se intensificado os estudos da área de alfabetização com o objetivo de compreender sua natureza, seus aspectos constitutivos e seus determinantes, de modo a superar a forma reducionista e, até mesmo, simplista como se pensava – e ainda se pensa, em alguns contextos – esse processo.

O saber ler e escrever tornou-se,

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