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Anestesio

Por:   •  16/5/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.899 Palavras (8 Páginas)  •  244 Visualizações

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ANESTÉSICOS LOCAIS EM ODONTOLOGIA

Prof. Fábio Henrique Lozano Monteiro

CLÍNICA INTEGRADA

UNIP - SOROCABA

        O controle da dor operatória depende fundamentalmente da anestesia local.

        Pode-se estimar que anualmente cerca de 250 milhões de tubetes de anestésicos locais são utilizados no Brasil (Ranali et al., 1996).

HISTÓRICO

 A procura de substâncias que amenizem a dor do paciente é antiga, a história relata o uso:

  • Ópio
  • Embriaguez
  • Asfixia (isquemia cerebral e desmaio momentâneo)
  • Pancadas na cabeça
  • Contenção por vários auxiliares

  • Einhorn 1905 – procaína – tipo éster, derivado da cocaína, grande atividade vasodilatadora, não realizava anestesia pulpar

  • Löfgren 1945 – lidocaína - primeiro anestésico tipo amida (+ potente e – alergênico)
  • 1961 – prilocaína

Atualmente

“Eu odeio agulhas”

“Eu odeio estar aqui”

“Eu odeio anestesia”

“Eu sou um covarde convicto”

“Você não irá me machucar, irá ?”

“Meu amigo disse que isto é muito doloroso

ANESTÉSICOS LOCAIS

        Compostos orgânicos lipossolúveis que promovem um bloqueio reversível da condução nervosa dos nervos periféricos sem alterar o nível de consciência, através da inibição da geração e da condução do estimulo nervoso e apresentando como principal alvo de ação a membrana celular.

PROPRIEDADES IDEAIS

  • Analgesia no menor tempo possível
  • Tempo da ação suficiente para a realização de todos procedimentos
  • Baixa toxicidade sistêmica (tec. conjuntivo - grande quantidade de terminações nervosas e vasos sanguíneas)
  • Não devem causar danos as estruturas nervosas (ação reversível)

ESTRUTURA QUÍMICA

CARACTERÍSTICAS:

HIDROSSOLÚVEIS – difundir-se nos líquidos orgânicos (ponto de aplicação até as fibras ou tronco)

LIPOSSOLÚVEIS – penetrar através das membranas das fibras nervosas (núcleo aromático)

MECANISMO DE AÇÃO

        Quando utilizamos uma solução anestésica, realizamos a insensibilização da sensação de dor, temperatura e pressão nesta ordem de analgesia e quando o anestésico começa a ser reabsorvido temos o retorno exatamente na ordem inversa

BIOTRANSFORMAÇÃO

  • Uma vez absorvido, o anestésico distribui-se amplamente por todo organismo, (podendo atravessar as barreiras hematoencefálica e placentária, chegando ao feto).
  • Metabolização hepática (grupo amina)
  • Metabolização plasmática (grupo éster)
  • Excreção renal

SOLUÇÕES ANESTÉSICAS

GRUPO AMINA:

  • Lidocaína
  • Bupivacaína
  • Prilocaína
  • Mepivacaína
  • Articaína

DURAÇÃO DO EFEITO ANESTÉSICO

        Duração relaciona-se diretamente à irrigação sanguínea do tecido adjacente à fibra nervosa, assim como ao tempo de contato da solução anestésica. (A solução anestésica é vasodilatadora)

 

        Substância vasoconstritora, diminui a irrigação tecidual e conseqüentemente aumento o tempo de contato do anestésico com a fibra.

VASOCONSTRITORES

AMINAS SIMPATOMIMÉTICAS

  • Adrenalina (epinefrina)
  • Noradrenalina (norepinefrina ou levarterenol)
  • Levonordefrin (neocorbefrin)
  • Fenilefrina

FELIPRESSINA

  • Felipressina (octapressin)

VASOCONSTRITORES

  • ADRENALINA – vasoconstritor mais utilizado e mais potente (1:50.000, 1:100.000)
  • NORADRENALINA – menor potência, maior toxicidade,(1:30.000 ou mais), contra indicada (  da irrigação tecidual, podendo levar a necrose tecidual)
  • FENILEFRINA – menor potência, maior estabilidade (crise hipertensiva com duração mais prolongada)

ADRENALINA e NORADRENALINA -    podem causar problemas de ordem geral, como palpitação, taquicardia, fibriliação ventricular

VASOCONSTRITORES

 FELIPRESSINA –  análogo sintético da vasopressina (hormônio antidiurético), por não pertencer ao grupo das aminas não age sobre receptores alfa e beta adrenérgicos, não induzindo assim a alterações de pressão arterial. (promove a vasoconstrição nas veias)

  Os anestésicos locais quando aplicados sem vasoconstritor, são absorvidos mais rapidamente devido as sua propriedades vasodilatadoras. Muitas vezes na tentativa de se obter uma anestesia de duração mais prolongada, pode-se atingir níveis plasmáticos tóxicos com maior facilidade.

   Quando se deseja uma anestesia pulpar com duração maior, deve-se utilizar soluções de lidocaína, mepivacaína ou prilocaína associadas a um vasocontritor. Além de diminuir a toxicidade pelo uso de menor volume de solução e pela absorção mais lenta, evita-se a necessidade de novas injeções diminuindo o estresse do paciente.

CONTRA INDICAÇÕES DE ANESTÉSICOS COM VASOCONSTRITOR TIPO AMINA

  • Hipertensão severa não tratada ou não controlada (sistólica acima de 200mm HG ou diastólica acima de 115mm HG)
  • Doença cardiovascular grave:
  • Menos de 6 meses após infarto do miocárdio
  • Menos de 6 meses após AVC
  • Cirurgia recente de ponte de artéria coronária
  • Angina pectoris instável
  • Arritmias cardíacas refratárias
  • Insuficiência cardíaca congestiva não tratada ou não controlado
  • Diabetes mellitus não controlada
  • Hipertireoidismo ( atividade metabólica nos tecidos – hipertenso, insuf. cardíaca)
  • Feocromocitoma (tumores que produzem catecolaminas)
  • Sensibilidade aos sulfitos (conservantes alimentos e antioxidantes anestésicos)
  • Pacientes tomando antidepressivos tricíclicos (tofranil, tryptanol) ou beta bloqueadores inespecíficos (propanolol, nadolol)(alteração brusca de pressão)
  • Usuários de cocaína ou crack (alteração brusca de pressão)

MÉDICOS

  • A maioria dos procedimentos odontológicos causa menor ou maior grau de ansiedade e medo aos pacientes
  • Os anestésicos locais sem vasoconstritor produzem uma anestesia pulpar de curta duração
  • A incorporação de vasoconstritores aos anestésicos locais tem a finalidade de diminuir a toxicidade do sal  e aumentar o tempo de duração da anestesia
  • O ato anestésico inclui aspiração prévia e injeção lenta para se evitar injeção intravascular acidental e superdosagem relativa
  • Durante o estresse, a liberação de adrenalina e noradrenalina endógena do sistema de armazenamento para o sistema cardiovascular aumenta em cerca de 40 vezes quando comparado aos níveis de repouso.
  • Pacientes com comprometimento das artérias pode-se desencadear isquemia, arritmias, dores anginosas e até infarto do miocárdio, aumento de pressão predispondo ao AVC

        Anestésicos com concentrações de adrenalina de 1:100.000 contém 0,018mg de adrenalina por tubete.

IDOSOS

  • PRILOCAÍNA é contra indicada em pacientes portadores de arritmia cardíaca recebendo antiarrítmicos como a tocainida (aumentar a toxicidade)
  • Em altas doses pode provocar metemoglobinemia que pode induzir a cianose ( pacientes com alteração na série vermelha e que estejam fazendo uso de paracetamol)

GESTANTES

        O anestésico local deve ser aquele que proporcione a melhor anestesia a gestante

        DEVEM CONTER AGENTE VASOCONSTRITOR EM SUA COMPOSIÇÃO COM OBJETIVO DE RETARDAR A ABSORÇÃO DO SAL ANESTÉSICO  PARA A CORRENTE SANGUÍNEA

GESTANTES

        Todos os anestésicos locais por serem lipossolúveis atravessam a barreira placentária. A prilocaína é a que atravessa mais rapidamente e também a que menos se liga a proteínas plasmáticas portanto está mais livre atravessando em maior quantidade a barreira plasmática.

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