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Asdasdasd

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Por:   •  2/3/2015  •  1.364 Palavras (6 Páginas)  •  482 Visualizações

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A primeira modalidade de conhecimento que devemos considerar nas Ciências Sociais é o senso comum. Trata-se de um conhecimento popular distinto do código culturalmente dominante e refere-se a um conjunto de opiniões, recomendações, conselhos, práticas e normas relativas à vida individual e coletiva numa sociedade. Portanto, o senso comum diz respeito a princípios normativos populares - conhecimento convencional que se fundamenta na tradição, nos costumes e vivências cotidianas.

O saber adquirido pelo senso comum orienta as ações pessoais e coletivas da imensa massa da população, tanto daqueles excluídos dos benefícios sociais e do conhecimento científico dominante, quanto as classes sociais mais favorecidas, isso porque podemos localizar repertórios geradores de sensos comuns até mesmo nas letras, nos veículos de imprensa (TV, rádio, jornais, revistas, internet etc.) e nos “formadores de opinião”, desde articulistas políticos até pretensos intelectuais. Deve-se, portanto, a esse conhecimento popular, ao bom senso e ao senso comum, a garantia e as condições mínimas de vida com critério, inteligência, discernimento e reflexão prévia diante dos problemas cotidianos.

Mais do que simples costumes e tradições, a vida e a prática popular têm demonstrado que, embora limitado, o bom senso, o conhecimento popular, o senso comum asseguraram e continuam assegurando as condições de vida tanto em sociedades simples quanto em sociedades complexas. São notáveis, por exemplo, os conhecimentos e práticas desenvolvidos por povos indígenas: conhecimentos, domínios e práticas cobiçados pelas multinacionais, principalmente em questões medicinais. Reconhecendo que o senso comum é um saber qualitativamente diferenciado do saber científico e acadêmico, devemos nos colocar, contudo, na disposição de reconhecer os méritos que necessitam ser atribuídos ao senso comum que muito têm acrescentado à construção de novos saberes para a vida humana em sociedade.

Material Teórico

Mesmo assim, não se trata de negar, no cotidiano, o bom senso, o conhecimento popular, pois dele depende a vida de milhões de pessoas sobre a Terra, desde aqueles que não tiveram e continuam não tendo acesso à escola de qualidade e à convivência social mínima, até aqueles que se julgam “portadores de verdades absolutas”.

1.2. Senso Crítico

O senso crítico depende do harmonioso crescimento de duas dimensões da consciência: a reflexão sobre si e a atenção sobre o mundo. Se apenas uma delas progride, há uma deformação, um abalo no desenvolvimento do senso crítico.

Suponhamos, por exemplo, o crescimento só da consciência do outro. Essa atenção unilateral ao mundo, sem a reflexão sobre si mesmo, conduziria à perda da identidade pessoal, à exaltação dos objetos externos, ao alheamento. Por outro lado, imaginemos o crescimento só da consciência de si. Essa reflexão em torno do eu, sem atenção sobre o mundo, conduziria ao isolamento, ao fechamento interior, ao labirinto narcisista.

O escritor alemão Wolfgang Goethe (1749-1832) dizia que o homem só conhece o mundo dentro de si se toma consciência de si mesmo dentro do mundo. Assim, o desenvolvimento da conscientização humana depende da superação do isolamento e do alheamento. Trata-se de um processo dialético, que se move do eu ao mundo e do mundo ao eu; do fazer ao saber; do saber ao refazer, e assim por diante.

1.3. Conhecimento Científico

O progresso científico, de modo geral, é produto da atividade humana, por meio da qual o Homem, compreendendo o que o cerca, passa a desenvolver novas descobertas. E, por relacionar-se com o mundo de diferentes formas de vida, o Homem utiliza-se de diversos meios de conhecimento, por intermédio dos quais transforma o meio em que vive, trazendo contribuições para a sociedade.

O conhecimento científico procura alcançar a verdade objetiva dos fatos (objetos) e existe porque o ser humano tem necessidade de aprimorar-se constantemente e buscar explicações sobre a realidade, a natureza das coisas e o comportamento das pessoas.

Pela percepção sensorial (aquilo que percebemos por meio de nossos sentidos), o ser humano adquire crenças particulares, recebe informações sobre os sentimentos e as motivações das pessoas, recebe normas e definições do mundo através dos pais, dos professores, dos escritores, formando uma visão sobre o mundo. No entanto, é necessário desenvolver um espírito crítico a partir da necessidade de obtenção de conhecimentos mais seguros que os fornecidos por outros meios.

A ciência foi desenvolvida primordialmente a partir de necessidades humanas, que prescindiriam da compreensão sobre os motivos e formas pelas quais uma gama variada de fenômenos ocorreriam. Há várias formas de se explicar o mesmo tipo de ocorrência (a chuva, por exemplo): se disséssemos que “chove porque Deus quer”, estaríamos recorrendo a uma explicação religiosa; se disséssemos que “São Pedro está lavando o céu”, estaríamos utilizando da mitologia; quando recorremos à meteorologia, estamos utilizando a ciência.

O que difere a ciência de outros tipos de conhecimento é o seu grau empírico, ou seja, a qualidade do conhecimento que produz tem o status de “prova”, que permite o estabelecimento de leis gerais que explicam a mais variada gama de ocorrências. Por sua vez, a “prova” só é possível de ser obtida pela ciência porque utiliza criteriosos processos de investigação, envolvendo rigorosa metodologia de coleta e análise de dados, bem como procedimentos de experimentação, que resultam no conhecimento científico, desenvolvido primordialmente no séc. XVIII com a consolidação do método experimental, e difundido no séc. XIX, com sua ampliação para diversas áreas de conhecimento.

Ciência significa Conhecimento; mas, no sentido que buscamos aqui, não se trata de qualquer tipo de conhecimento, senão aquele que persegue suas respostas utilizando rigorosos procedimentos metodológicos. Pode ser:

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