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Por:   •  30/3/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.169 Palavras (5 Páginas)  •  1.226 Visualizações

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CONCEPÇÕES LIBERAIS DO SÉCULO XX

A respeito das concepções liberais adotadas no século XX (Filosofia da Educação, cap. 14), de Maria Lucia de Arruda Aranha, observa-se que tem grande foco na escola tradicional e também na Escola Nova.

Primeiramente, é importante ressaltar que nesta época, foram criadas no Brasil as primeiras instituições de ensino, onde eram matriculadas apenas crianças brancas do sexo masculino, de classe alta (que aprendiam matemática, leitura, música e ginástica). Do outro lado, para atender as crianças de classe baixa, foi instituído creches, onde as mães deixavam seus filhos para trabalharem. As mulheres que trabalhavam nessas instituições não necessitavam de formação profissional, pois sua tarefa principal não era educar e sim cuidar das crianças, mantendo-as em segurança enquanto suas famílias trabalhavam.

Foi possível entender segundo a leitura do capitulo que, a escola tradicional nasceu em um mundo ainda de certa forma estável, no qual a educação se fazia com base em modelos ideais. Ou seja, a escola transmitia a maior quantidade do conhecimento acumulado e valorizava um ensino intelectualista. Podemos dizer que graças à industrialização da sociedade, que tornou mais complexa a vida urbana fazendo com que a educação exigisse reformas radicais, e que acabaram expressando diversas teorias pedagógicas e experiências escolares efetivas como a Escola Nova, a qual conhecemos hoje, pelo impacto que causou, pelas esperanças desencadeadas e, posteriormente, pelas críticas que, se não anularam muitos de seus méritos, puderam, no entanto, iluminar novos caminhos.

Desde o século XVI até o século XX, segundo a autora, foi um período em que a escola tradicional sofreu inúmeras críticas e transformações. Por conta da sua avaliação negativa (vista com desprezo e muitas vezes de maneira caricaturada), sobretudo pelas pedagogias inovadoras. É difícil delimitar um conceito tão extenso quanto o de escola tradicional. Sob essa denominação articulam-se as mais diversas tendências no decorrer de pelo menos quatro ou cinco séculos. Então, a escola tradicional nos deixou o legado, uma vez que as teorias inovadoras se posicionaram contra ela. E que é bem verdade que outros tentaram caminhos diferentes, e sempre houve criticas a pedagogia tradicional burguesa.

Compreende-se que a escola novista é típica representante da pedagogia liberal. Devido ao fortalecimento do capitalismo, a partir da Revolução Industrial, onde se realçaram valores como a livre concorrência, a competição, a aceitação do desafio do novo, a afirmação da individualidade e a liberdade de pensamento. Com a crescente industrialização da sociedade, com suas rápidas transformações, foi preciso que houvesse a ampliação da rede escolar. Bem como uma escola que preparasse para o novo, e que encontravam na adequada escolarização uma promessa de mobilidade social, para esperanças de superação das desigualdades sociais. Mas, porém, houve também ilusões da escola nova, onde os teóricos estavam convencidos de que a verdadeira democracia seria instaurada pela “escola redentora”, na qual todos poderiam garantir “um lugar ao sol” a partir de seu talento e esforço. Segundo Dewey, os benefícios da educação seriam estendidos a todos, indistintamente. Sendo assim, a escola teria a função democratizadora de “equalizar” as oportunidades. Embora reconheçamos os aspectos inovadores da contribuição de Dewey, sobretudo quanto à oposição à escola tradicional. Essa pedagogia se funda na aceitação e não no questionamento dos valores burgueses. Enfim, devemos compreender que cada um tem seu modo de escolha, seja ela uma pedagogia tradicional ou qualquer outra.

CRÍTICAS A ESCOLA

Sobre as Criticas a escola (Filosofia da Educação, cap. 15), segundo Aranha, vimos que a escola adquiriu diversas faces no correr da historia, até o momento. E que a escola nova pretendeu revolucionar os métodos vitalizando a escola tradicional, por mais petrificada tenha sido. No entanto, seu ideal de democratização não foi atingido, pois como já visto, a escola reproduz as formas de dominação social. O foco do capitulo foi para Ivan Illich, que fundou uma universidade livre. Segundo ele, um dos grandes mitos da nossa época está na crescente institucionalização, em que todos os nossos passos se acham enquadrados e submetidos a instituições criadas para “proteger” e “orientar”, mas que na verdade circulam as ações humanas, ou seja, retira dos indivíduos a capacidade de decidir por si próprio. Enfatiza também que não é verdade que as crianças só aprendem na escola, e que eles realizam maior parte de seu aprendizado fora dela. Deixa claro então que o sistema escolar é um fenômeno moderno.

Por fim quando se diz que só se pode ensinar na escola, são criadas expectativas prejudiciais, já que a escola promete o que não é capaz de cumprir. Afastada do mundo da produção, vive o paradoxo de querer preparar para o mundo ao mesmo tempo que corta os contatos com ele, o que concordo com ele nessa parte. A escola assim ajuda a alimentar o mito do progresso, da competência e do consumo. Ao mesmo tempo em que cria nas pessoas o anseio pelo diploma escolar, acaba excluindo a maioria delas que não tem acesso à escola se achando inferiores, perpetuando as desigualdades sociais. Enfim, a proposta dele é uma revolução moral, empenhada em conscientizar os indivíduos para mudança e em converter cada um.

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