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Idos da educação nas sociedades

Relatório de pesquisa: Idos da educação nas sociedades. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/2/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.592 Palavras (11 Páginas)  •  313 Visualizações

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Quando alguém nasce, já encontra uma sociedade formada. Durante a vida, essa pessoa participa de inúmeras instituições sociais e entra em várias relações sociais. Essas situações sociais implicam comportamentos padronizados. Por exemplo, na instituição casamento, cada sociedade especifica comportamentos padronizados tanto para os maridos como para as esposas. A idéia que temos do que é ser um bom marido ou uma boa esposa corresponde a comportamentos que se aproximam dos padrões ideais estipulados pela sociedade.

A caracterização da força que a sociedade exerce sobre os indivíduos, podemos dizer que até mesmo as nossas formas de pensar e sentir são social-mente condicionadas. Por exemplo, a frase "Tempo é dinheiro" só faz sentido numa sociedade onde tanto o dinheiro como o tempo possuem enorme importância social; em uma sociedade que valoriza tanto o dinheiro que acredita que todos os momentos das nossas vidas devem ser usados para sua obtenção. Essa frase, por exemplo, não faria nenhum sentido em sociedades indígenas.

Além disso, fazer parte de um grupo implica também participar da forma como o grupo vê o mundo, isto é, dos seus pensamentos. Assim, fazemos parte de um grupo quando assumimos como nossas a visão de mundo, as crenças e os valores desse grupo. O grupo impõe-nos, portanto uma forma de pensar.

Um ponto importante a ser ressaltado é que as pressões da sociedade no sentido de moldar o nosso comportamento não são vistas necessariamente como mecanismos impositivos que visam restringir ao máximo a nossa liberdade.

Diante desses argumentos, não há como negar que a sociedade surge para nós como uma força externa que visa moldar e homogeneizar nosso comportamento, segundo as situações sociais vivenciadas.

Dessa forma, geração após geração, ao vir ao mundo, encontramos uma ordem social que preexiste à nossa chegada e certamente subsistirá quando de nossa partida. O indivíduo tem seu destino indissoluvelmente ligado à sociedade.

Quando olhamos para a história da humanidade, observamos que as sociedades atuais se organizam muito mais sob esses princípios que as sociedades dos tempos passados. Os homens lutam para se tornarem mais livres e mais iguais. Dada a enorme importância que a realidade social tem para a vida dos indivíduos, algumas questões devem ser levantadas: podemos chegar a entender como se organiza a sociedade? Podemos compreender como a realidade social se altera? Podemos usar esse conhecimento para diminuir os sofrimentos humanos? A sociologia surgiu porque alguns estudiosos acreditaram que podiam responder com um sim a todas essas perguntas.

Como um campo do conhecimento humano, a sociologia se preocupa em classificar, definir e explicar os fenômenos sociais (FERREIRA, 1993, p.10-12).

De acordo com esse contexto, veremos que cada sociedade de nossa História apresentou uma educação específica, que refletia o momento histórico e social da época.

Seção 2 - Tipos de Educação nas Sociedades

Apresentaremos aqui algumas ideias, baseadas em Ferreira (1993), que resumem as características da educação nas sociedades.

Educação nas comunidades primitivas

A educação nas comunidades primitivas era exclusivamente informal. Não existiam escolas ou qualquer outra instituição de ensino. A ação educativa era realizada pela somente pela família. Onde parte da educação consistia no ensino das tarefas práticas que os jovens precisariam saber para serem considerados adultos. Era um tipo de “educação prática”, onde os parentes mais velhos, e do sexo masculino, ensinavam aos meninos as “coisas” que um adulto do sexo masculino teriam de saber, como por exemplo: caçar, pescar, guerrear e produzir os instrumentos que utilizariam nessas atividades. As meninas aprendiam com suas parentes, do sexo feminino, tudo o que uma mulher adulta precisaria para administrar uma casa. Acreditavam que, aproximadamente aos 13 anos, o jovem já dominava todo o conhecimento necessário para se tornar um membro adulto da tribo.

Contudo, a educação não se resumia somente à preparação dos indivíduos para a realização de atividades práticas. A socialização se dava na participação das atividades cotidianas da comunidade. Sendo que, no interior das famílias é que eles vão aprendendo os papéis correspondentes aos de marido ou mulher, avós ou tios. Onde, nas atividades coletivas, dependendo do sexo, o jovem interiorizava por meio de mecanismos de controle social os papéis de guerreiro ou de preparadora de alimentos etc. Exemplo, ao ouvirem histórias de guerras e caçadas, os meninos aprendiam o que a tribo esperava dos homens adultos. Nas rodas de conversas, ouviam as lendas que falavam da experiência passada da tribo, indicativas do que a tribo esperava de seus membros (FERREIRA, 1993).

Esse tipo de educação ocorre pelo contato direto com o outro indivíduo, nas ações cotidianas. Nas atividades que envolviam a coletividade ou que dela falavam, os jovens reforçavam o sentimento de pertencimento no grupo. Nas cerimônias religiosas ou festivas os vínculos dos indivíduos com a coletividade eram fortalecidos. Por meio do conto das lendas e dos mitos os indivíduos que pertenciam às comunidades primitivas adquiriam a consciência de que eles estavam unidos há muitos e muitos anos, fortalecendo ainda mais esse laço que os unia. Isso contribuía para desenvolver em cada um o sentimento de identidade, de pertencer a uma comunidade que transcenderia mera existência atual.

Esse tipo de comunidade desconhecia a escrita. A forma que encontravam para a transmissão da cultura era basicamente oral. As lendas eram repassadas de pai para filho e de geração para geração. Assim, a experiência acumulada pelos mais velhos era bastante valorizada, pois os velhos eram a “fonte do saber” (FERREIRA, 1993).

Educação nas sociedades escravistas da Antiguidade Clássica

“Na história da humanidade muitas comunidades primitivas sofreram um processo de transformação e se tornaram sociedades escravistas. As sociedades escravistas típicas apresentam algumas características comuns”.

Podemos dizer que uma característica dessa transformação foi o fato de que algumas famílias se apossaram das melhores terras que se destinavam à agricultura, surgindo assim a “propriedade privada” dos meios de produção.

Com a propriedade privada

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