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Intuição e Intelecito x Insaei

Por:   •  10/12/2018  •  Resenha  •  402 Palavras (2 Páginas)  •  209 Visualizações

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Rudolf Arnheim, em seu livro Intuição e Intelecto na Arte, de 1986, inicia o capítulo intitulado A duplicidade da mente: intuição e intelecto afirmando que alguns educadores desprezam a intuição, valorizando apenas o intelecto dos seus alunos, ressaltando que para as disciplinas consideradas principais apoiam-se no pensamento intelectual, enquanto às manifestações artísticas sustentam-se na intuição. Arnheim afirma que a intuição não é um dom, mas uma capacidade cognitiva relacionada com os sentidos e percepção sensorial, sendo tão importante quanto o intelecto na aquisição do conhecimento, pois ambos são processos cognitivos e se relacionam com a percepção e o pensamento de forma complexa.

Dirigido por Hrund Gunnsteinsdottir e Kristín Ólafsdóttir, o documentário Insaei, o poder da intuição, de 2016, tem por objetivo mostrar o quanto é importante conhecer a nossa essência e quem somos por dentro para conseguirmos nos colocar no lugar do outro. A palavra irlandesa Insaei significa “mar de dentro”, que sugere “ver o interior”, conhecer a si mesmo bem o suficiente para ser capaz de se colocar no lugar de outras pessoas, ver de dentro para fora.

De acordo com Malidoma Somé, sábio do oeste africano, a intuição é o que nos une, e, na correria do cotidiano, no mundo cheio de afazeres e distrações, estamos nos afastando cada vez mais da natureza e perdendo a capacidade, ou melhor dizendo, a habilidade de usar a intuição. O documentário não nos apresenta apenas críticas superficiais sobre o comportamento no automatismo da sociedade, mas nos chama a atenção para a urgência de reestabelecer a conexão com a nossa natureza interior e com o próximo.

Após estudos, neurocientistas, artistas e líderes espirituais concordam que nós, seres humanos, só usamos uma parte da nossa capacidade e isto trouxe consequências desastrosas para o planeta, o que me leva a concluir que, uma vez reestabelecida a conexão interna e individual e, posteriormente, conectar-se com o próximo, fazendo o pleno uso da intuição, a convivência em comunidade seria mais agradável.

A parte de documentário que mais me chamou a atenção foi a da artista performática Marina Abramovic. Nascida na Sérvia, em 30 de novembro de 1946, seu trabalho explora as relações entre o artista e a plateia, os limites do corpo e as possibilidades da mente. Uma de suas falas que mais me marcou é que a regra número um é ir rumo ao desconhecido. Não seria esta uma forma de buscar novas conexões e deixar a intuição sobrepor-se ao intelecto?

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