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REFLEXÕES SOBRE MINHA ESCOLARIZAÇÃO

Por:   •  18/4/2017  •  Resenha  •  684 Palavras (3 Páginas)  •  246 Visualizações

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DISCIPLINA: EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E SOCIEDADE.                            

ALUNA: LETÍCIA BERALDI MANCIA                                         MATRÍCULA: 1245562

PROFESSORES: NILSON E DOMINGOS

REFLEXÕES SOBRE MINHA ESCOLARIZAÇÃO

        Na minha trajetória escolar cursei a maioria do ensino fundamental e os três anos referentes ao Ensino Médio em um colégio estadual localizado na cidade de Guaratuba, no Litoral do Paraná. A saber: Colégio Estadual 29 de Abril.

        Na época (2002~2007) Guaratuba contava apenas com três escolas que ofereciam ensino médio e como qualquer escola estadual, esta carecia de recursos e professores, bem como de infraestrutura, pois atendia cerca de 900 alunos que residiam tanto nas imediações e bairros distantes como também da Zona Rural da cidade.

        De acordo com a SEED-PR o objetivo principal da escola é “formar cidadão críticos que conheçam seus direitos e deveres, conscientes do que desejam para seu futuro e preparados para interagir no mundo globalizado e competitivo no qual está inserido” [1].

        Ao analisarmos o objetivo proposto e também o cotidiano escolar vivido por mim percebemos que esta escola não é uma escola que pretende preparar o aluno para o vestibular e o nível superior. Isto acontece porque a maior parte dos alunos que finalizam o Ensino Médio não parte para o ensino superior.

        Um dado interessante de qual me lembro, foi de que da turma que terminou o E.M comigo em 2007, de aproximadamente 35 alunos, apenas oito continuaram os estudos e decidiram por fazer uma faculdade.

        A maioria desses colegas já precisava trabalhar durante os três anos e, ao terminar os estudos já estava empregado. Dessa maneira a partir do momento que a maior parte dos egressos do E.M parte para o mercado do trabalho, a escola assume a caracterização atribuída por Althusser como "APARELHO IDEOLÓGICO DO ESTADO (AIE)".

        Como exemplo dessa influência, temos que em nenhum momento participamos de feiras de profissões e cursos de universidades, mesmo as realizadas pela UFPR no campus Matinhos/Caiobá, ou mesmo nas faculdades próximas em Joinville e Paranaguá. Muito menos éramos incentivados a realizar o ENEM ou vestibulares e não existiam simulados ou questões retiradas de provas dessas provas nas aulas.

        Freitag destaca que para Althusser a escola preenche a função básica das relações materiais e sociais de produção assegurando a reprodução da força de trabalho, transmitindo as qualificações e o savoir faire (tato; energia e inteligência) necessários para o mundo do trabalho. A escola contribui de duas formas para o processo de reprodução da formação social do capitalismo: por um lado reproduzindo as forças produtivas, por outro lado, reproduzindo as relações de produção existentes.

        Fazendo este blend reflexivo entre o artigo apresentado pela professora Barbara Freitag e as minhas experiências escolares pude constatar o quanto o sistema educacional público estadual preocupou-se em preparar os alunos apenas para o mercado de trabalho, sem possibilitar uma escolha diferente. Isso constata-se também pela visão de Establet e Poulantzas, tais autores deixam claro que os aparelhos ideológicos do estado (escola, igrejas, meios de comunicação em massa, família) contribuem para reprodução da divisão em classes.

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