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A Educação E O Conceito De Transferencia

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Por:   •  24/9/2014  •  418 Palavras (2 Páginas)  •  268 Visualizações

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A palavra transferência, nos remete a ideia de deslocamento, substituição, passagem, troca, e também, de acordo com o dicionário, “ato pelo qual se declara ceder ou transferir a outrem a propriedade de algo”  (FERREIRA, 1995). 

Na visão psicanalítica de Freud, aprender supõe a presença de um professor, o qual será colocado numa determinada posição, que pode ou não propiciar a aprendizagem. Freud nos mostra que um professor pode ser ouvido quando está revestido por seu aluno de uma importância especial. Portanto, para Freud, a importância não está nos conteúdos a serem ministrados pelo professor, mas sim no campo que se estabelece entre o mesmo e seu aluno, campo este que estabelece as condições para o aprendizado, sejam quais forem os conteúdos. (KUPFER, 1989) 

Kupfer (1989) afirma que na relação em sala de aula, entre um professor e seu aluno, pode se manifestar um fenômeno ocorrido na psicoterapia, entre um indivíduo e seu terapeuta, onde afetos e sentimentos do paciente, herdados da relação estabelecida em sua infância, com seus pais, se dirigem à figura do analista, dificultando e tornando-se uma barreira para a análise. A esse mecanismo, dá-se o nome de transferência.

Na sala de aula, a posição ocupada pelo professor nos remete a relação de subordinação dos filhos aos pais, em casa. O professor, aquele que tudo sabe, detém o poder e o comando da situação, ocupa uma posição de superioridade em relação ao seu aluno, mero receptor passivo de conhecimento.

“É difícil dizer se o que exerceu mais influência sobre nós e teve importância maior foi a nossa preocupação pelas ciências que nos eram ensinadas, ou pela personalidade de nossos mestres” (FREUD, 1996). Com esta frase, Freud introduz a ideia da importância da relação professor-aluno para um desempenho escolar satisfatório.

Numa sala de aula, que é o que nos interessa aqui, o professor seria o objeto de admiração ou idealização, e o aluno representaria o paciente, estabelecendo um vínculo, o qual, por sua vez, propiciaria o surgimento de sentimentos, amistosos ou não. No caso da transferência estabelecida ser positiva, os sentimentos amistosos do aluno dirigidos à figura do professor, podem servir de estímulo à dedicação do estudante em cumprir com suas obrigações e empenhar-se na aula daquele determinado professor.

No caso de estabelecer-se uma transferência negativa  (ZIMERMAN, 1999) entre um aluno e seu professor, os sentimentos abarcados seriam de inveja, ciúme e rivalidade. Tais sentimentos funcionariam como um entrave para o sucesso da aprendizagem, já que o aluno demonstraria um desinteresse e até mesmo uma possível agressividade para com a figura do professor.

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