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DEFINISÕES PSICOLÓGICAS

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Por:   •  25/9/2013  •  Seminário  •  433 Palavras (2 Páginas)  •  577 Visualizações

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CAPÍTULO 19

O juízo de realidade e suas alterações (o delírio)

DEFINISÕES PSICOLÓGICAS

O ajuizar, isto é, produzir juízos, é uma atividade humana por excelência. Segundo Nobre de Melo (1979), por meio dos juízos o ser humano afirma a sua relação com o mundo, discerne a verdade do erro, assegura-se da existência ou não de um objeto perceptível (juízo de existência), assim como distingue uma qualidade de outra (juízo de valor). Ajuizar quer dizer julgar. Todo juízo implica, certamente, um julgamento, que, por um lado, é subjetivo, individual e, por outro, social, produzido historicamente, em consonância com os determinantes socioculturais. É preciso lembrar que as alterações do juízo de realidade são alterações do pensamento. Tais alterações são descartadas em capitulo próprio devido à importância e à extensão que o tema apresenta em psicopatologia.

Juízos falsos podem ser produzidos de inúmeras formas, sendo ou não patológicos. Em psicopatologia, a primeira distinção essencial a se fazer é entre o erro não determinado por processo mórbido (por transtornos mentais) e as diversas formas de juízos falsos determinados transtornos mentais, sendo a principal delas o delírio.

DISTINÇÃO FUNDAMENTAL: ERRO SIMPLES VERSUS DELÍRIO

A primeira constatação é que não existe limite nítido, fácil e decisivo entre o erro e o delírio. O erro se origina da ignorância, do julgar apressado e com base em premissas falsas. O erro ocorre no julgar quando:

1. Tomam-se coisas parecidas ou semelhantes por iguais ou idênticas, isto é, confusão de coisas semelhantes. Por exemplo um camelo ser considerado um cavalo (são um tanto semelhantes, mas de fato diferentes), ou tomar-se uma pessoa simpática, bem-apresentada, como boa, honesta, confiável, etc., ou, inversamente, com aparência desagradável, expressão rude, como má pessoa ou desonesta.

2. Atribui-se, a coincidências ocasionais ou fortuitas, a forca de relações consistentes de causa-efeito: “Sempre que me cair um dente alguém conhecido irá morrer”.

3. Aceitar ingenuamente as impressões de nossos sentidos como verdades indiscutíveis (erros por enganos dos sentidos): “O sol gira em torno da terra”.

Os erros são passiveis de serem corrigidos pela experiência, pelas provas e pelos dados que a realidade oferece. Uma boa parte dos erros de ajuizamento, de apreciação, é determinadas por situações afetivas intensas ou dolorosas, que impedem que o individuo analise a experiência de forma objetiva e lógica. Segundo a escola psicopatológica de Jaspers (1979), os erros são psicologicamente compreensíveis, admite-se que possam surgir e persistir em virtude de ignorância, fanatismo religioso ou político, enquanto o delírio tem como característica principal a incompreensibilidade. Nessa concepção, não se pode compreender psicologicamente o delírio.

Os tipos de erros mais comuns, não determinados (necessariamente) por transtorno mental, são os preconceitos, as crenças culturalmente sancionadas, as superstições e as chamadas idéias prevalentes.

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